O Mancha Branca

História do Pateta, de 1973.

A ideia para a história parece ter sido uma reflexão sobre a cor do manto do Mancha Negra e sobre a cor “oposta”, o branco. Que existe um Mancha Negra, todos nós sabemos. Mas como seria se o oposto, um “Mancha Branca”, também existisse? E a personalidade desse “Mancha”, seria má ou seria o oposto?

E será que existem “Manchas” de outras cores? O próprio “Mancha Branca” fala em “Mancha Cor de Rosa”, o Mancha Negra ameaça bater nele até transformá-lo em “Mancha Roxa”, e no mundo real temos até uma torcida de futebol com o nome de Mancha Verde, e um símbolo que deixa poucas dúvidas quanto à fonte da inspiração:

Mancha-Verde-1

O que acontece é que o Mancha Negra fugiu da cadeia novamente. Até aí, nada de novo. A surpresa vem quando o Pateta também desaparece de repente. O bilhete deixado na parede da casa do Mickey, alegando o rapto do Pateta, tem letras invertidas e uma assinatura inspirada na do bandido, mas completamente branca. O vilão pode ser mau, mas se há uma coisa que ele não faz é escrever errado. Isso é coisa de gente com pouca inteligência, e o Mancha Negra pode ser tudo, menos bobo.

Para piorar, os crimes praticados pelo Mancha Branca são bem toscos, e o bandido logo sai atrás do imitador para tirar satisfações. O interessante é que essa cara comprida mesmo por baixo do capuz, a calça azul e os grandes sapatos bicudos são bastante familiares.

Mancha Branca

A sensação geral criada é de confusão, e um certo desconcerto. O leitor menos desconfiado passará a história toda tentando imaginar o que o personagem comprido fantasiado com um lençol pretende, já que a fantasia realmente não engana ninguém, enquanto o leitor mais atento logo intuirá do que se trata. O fato é que logo o vilão estará novamente na cadeia, e o mistério do Mancha Branca será finalmente revelado.

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