História do Professor Pardal, de 1973.
Ao que parece, o chapéu voador do Professor Pardal também é invenção de papai. A engenhoca é inspirada em histórias estrangeiras nas quais, para denotar um menino bobo, ou burro, coloca-se em sua cabeça um ridículo boné com uma pequena hélice. A indagação de papai parece ter sido: “e se eles realmente pudessem voar”?
Ele escreveu as primeiras duas histórias para o aparelho uma em seguida da outra, em 1972, e elas foram publicadas com poucas semanas de intervalo, entre março e maio de 1973. Isso mostra que, para ele, nenhuma história é “definitiva”, e nada é tão bom que não possa ser melhorado pelo menos um pouco. Esta primeira história já é boa, e a segunda é genial, por comparação.
Curioso é o disfarce e a desculpa que os Metralhas inventam para atrair o inventor até seu covil. É claro que o Pardal não se deixa enganar por muito tempo, mas até aí, já é tarde demais para escapar ao sequestro. Capturado, o inventor é então obrigado a fabricar chapéus voadores para todos.
Eles serão, é claro, usados para um plano maligno que parece perfeito mas que, como sempre, vai falhar por causa de detalhes, erros de cálculo, pequenos esquecimentos e coisas assim. O crime não compensa, decididamente, e não existe crime perfeito. O que nos leva ao título desta história. Afinal, os Metralhas só sabem usar a cabeça se for para colocar chapéu.
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