O Mancha Negra Contra O Manual Do Mickey

História do Mancha Negra, promocional para o Manual do Mickey e publicada uma única vez em 1973.

O vilão descobre que o Mickey está escrevendo um manual, e vai até a casa do rato “assuntar”. Movido por seu grande Ego, o Mancha quer saber o que está sendo escrito sobre ele. Não quer que seu maléfico nome seja “manchado” pelo texto. Ele espera o Mickey ir dormir e entra na casa pela janela para folhear o manual, descobrir as partes que falam dele, e rasgá-las, de preferência.

Mais engraçado do que ver o Mancha procurando freneticamente alguma informação sobre si mesmo no manuscrito é ler os comentários que ele faz, todos do ponto de vista de um bandido. Para ele, grandes bandidos do mundo real, como Al Capone, são “sem importância”. Se ofende quando vê o “pé de chinelo” Bafo de Onça sendo citado antes dele, James Bond é um “espião mixuruca”, e por aí vai:

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Mas enquanto o personagem vai lendo e comentando a seu próprio modo os tópicos que serão publicados, ele vai ao mesmo tempo sutilmente aguçando a curiosidade do leitor em ler o tal manual. É uma propaganda “quase subliminar” ao mesmo tempo descarada, engraçadíssima e bastante persuasiva.

Quando o Mancha consegue finalmente encontrar a parte que fala dele e rasgar tudo, já está quase amanhecendo e o telefone toca de repente. O mais incrível é que o telefonema é da Editora Abril, e quem está falando com o Mickey é o Roberto (Civita?). É só aí, ao ouvir a conversa do rato, que o vilão descobre que aquilo que ele rasgou era a prova final antes da impressão, ou seja, uma mera cópia. Os originais já estão na gráfica, prontos para a impressão do livro. Não adiantou nada rasgar.

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