Este é o primeiro capítulo original da História de Patópolis, publicado pela primeira vez em 1982.
A coisa toda se baseia nas teorias que pregam que o continente americano teria sido descoberto pelos vikings por volta do ano 1000, uns 500 anos antes da chegada de Cristóvão Colombo.
O antepassado viking do Peninha tem muita coisa em comum com o pato moderno, a começar pelas frequentes demissões do jornal onde trabalha sob a batuta do antepassado viking do Tio Patinhas. Boa parte da graça da história tem a ver com esse paralelo, combinado com uma dose generosa de piadas “de viking”.
Mas não podemos nos esquecer de que esta é a história de como Patópolis se iniciou, e a coisa toda é bem mais complexa do que parece ser. Sempre brincando, papai apresenta ao leitor conceitos sérios, como a revolução cultural e tecnológica que resulta do contato entre os índios e os vikings.
Não parece, de tão acostumados que já estamos com ela, mas a escrita é uma tecnologia. Ela nos permite pensar de modo simbólico, e esse exercício mental dá a quem sabe ler e escrever uma marcada superioridade intelectual sobre quem não sabe. Essa era uma tecnologia “avançada” que os vikings tinham, na forma de Runas, e que os índios da América do Norte ainda não tinham.
Desse modo, o desenvolvimento da “Pedra do Jogo da Velha” pelo antepassado do Peninha acaba sendo uma verdadeira revelação e um acontecimento com o mesmo efeito devastador que a primeira Revolução Industrial da era moderna teve sobre os meios de produção e as relações de trabalho na Europa do século XIX.
Por fim, temos o mapa da viagem de Pena Rubra até o continente americano e ao local onde teoricamente fica Patópolis… no Hemisfério Norte, inequivocamente! (Papai faz inclusive a “gracinha” de trazer o barco até quase o Brasil, quase, só para depois levá-lo para o norte de novo.)
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