A Escola de Samba (Inédita)

História do Zé Carioca, composta em Israel em 19/03/1993 como parte da última fase da produção.

Esta pode ser considerada mais uma das “histórias-testamento”, juntamente com “As Caçadoras da Arca Perdida”. Ela versa sobre o Grêmio Recreativo e Escola de Samba Unidos de Vila Xurupita, e sua crônica falta de fundos.

A situação apresentada no “splash panel” é a mais trágica possível, mas (porque os bons não podem se dar tão mal assim em uma história Disney) a solução criativa encontrada para desfazer a injustiça levará a um desfecho muito melhor do que o esperado, com direito até a desfecho apoteótico e quadrinho de página inteira no final.

Os vários turistas estrangeiros que chegam à “escola” de samba para pedir (e pagar!) por aulas são um reflexo da vivência de papai em Israel, onde se pode ter contato com pessoas de várias partes do mundo, e da falta de conhecimento delas mesmas sobre o Brasil e a cultura brasileira. Muita gente no exterior realmente acredita que se ensina samba nas “escolas” de samba, a qualquer um que se inscreva em um curso.

Outras referências são o “Carnaval da Mamãe Eu Quero”, música famosa lançada por Carmem Miranda em 1937. Ou seja, “mil novecentos e minha avó mocinha”, e outras expressões similares. Quer dizer, faz um tempão.

A menção a “Rio de Janeiro, França e Bahia” é uma referência a “Europa, França e Bahia”, frase de “Macunaíma” de Mário de Andrade, de 1927.

É a última das inéditas que faltava comentar, porque o papel é um pouco grande demais para o meu scanner. Por isso, tive de levar para escanear em uma gráfica. Mas ai está: