Pedrão, o fim do mistério

Como prometido, revelo hoje os pormenores da inspiração por trás do desenvolvimento por papai do personagem “Pedrão”, da turma do Zé Carioca. Ele muito frequentemente se inspirava nas personalidades e outras características de familiares e amigos para compor seus personagens, e neste caso não foi diferente.

A diferença, aqui, foi a relutância dele em contar a história toda. Este foi realmente um mistério que perdurou por muitos anos, e que demandou bastante esforço para puxar pela memória e chegar a uma dedução. Quase um trabalho de detetive.

O Pedrão, na verdade, é um daqueles personagens que sempre estiveram presentes nas histórias do Zé Carioca e que, mais do que criado, foi “adotado” por papai. Mas assim como no caso do próprio Zé, papai foi responsável por tecer toda uma personalidade autenticamente brasileira para ele.

ZC frutas 1

Aconteceu que, em conversa com o editor Paulo Maffia, da divisão de quadrinhos infanto-juvenis e Disney da Editora Abril, papai teria revelado que havia se inspirado em um amigo para compor o personagem, mas não quis revelar exatamente quem. Disse que não podia, desconversou, mudou de assunto, e a coisa ficou por isso mesmo.

Quando, já após o falecimento de meu pai, o Paulo me perguntou se eu sabia algo sobre este caso, eu tive de dizer que não, porque nunca havia conversado com meu pai em detalhes sobre este personagem em especial. Eu sinceramente cheguei a pensar que não haveria solução para este mistério, e esqueci o assunto.

Passaram-se mais alguns anos, e o Paulo me pediu, recentemente, algumas fotos para a publicação especial sobre o Zé carioca que será lançada em breve. O pedido foi por fotos de família que evidenciassem o vínculo de meu pai com a cidade do Rio de Janeiro, com exemplos de visitas à cidade. Separei algumas fotos de minha infância, e entre elas uma da visita que fizemos, em família, ao Jardim Botânico da cidade, em 1978, e fui mostrá-las à minha mãe, para que ela me desse sua opinião.

Ivan Rio de Janeiro 1978

Ao ver a foto ela ficou pensativa, como quem lembra de coisas há muito esquecidas, e disse: “sabe, seu pai tinha um tio que morava em uma casa que ficava dentro do Jardim Botânico…” Nesse momento eu me lembrei de meu pai, acocorado na minha frente em um gramado do local naquele mesmo dia, contando exatamente a história desse tio: ele era funcionário público, e havia ganho do governo permissão para viver em uma casa que ficava, para todos os efeitos, dentro do parque. Ele era um senhor bonachão, que adorava festas, amava uma boa feijoada e costumava hospedar o meu pai sempre que ele ia ao Rio de Janeiro em férias, desde os tempos de adolescente e até a época em que ele se casou com mamãe.

Essa casa tinha um pomar em toda a sua volta, e além disso esse meu tio avô, que se chamava Amador Camargo Simões, costumava também colher jacas na Mata da Tijuca, logo atrás da casa. Ora, nas histórias de papai onde o Pedrão aparece, ele sempre tem um pomar, ou pelo menos uma jaqueira, no quintal de casa.

Para mim o mistério já estava resolvido neste momento, mas mamãe continuou, com mais uma lembrança: “esse tio tinha um filho e uma filha, e o rapaz não gostava nadinha de trabalhar”. Esse moço, de nome Wilson, havia inventado uma maneira de viver uma vida sossegada, por assim dizer. Ele trabalhava apenas meio período como representante comercial de uma indústria farmacêutica, fazendo visitas aos médicos seus clientes de manhã, e à tarde dedicando-se ao “dolce far niente”, uma expressão em italiano que quer dizer “a doce arte de não se fazer nada”. Ia à praia, jogava futebol, e de modo geral vivia de sombra e água fresca. Qualquer semelhança com um certo papagaio malandro não é, ao que parece, mera coincidência.

Mas nem todos na família concordavam com esse estilo de vida, e o rapaz era visto por alguns como uma espécie de “ovelha negra”. Acho que foi ele que, desconfortável com a situação, pediu a meu pai que prometesse não contar nada a ninguém. Provavelmente não queria ser alvo de (mais) chacotas. E papai, fiel a seus amigos, manteve a palavra até o fim.

Resta agora, nesta nossa história, somente mais um detalhe: o nome da prima de papai, irmã do Wilson, filha do tio Amador. Era uma moça muito bonita, de corpo escultural, o verdadeiro ideal de beleza da brasileira. Seu nome era Vera, e meu pai a chamava, meio de brincadeira, como um trocadilho, de Prima Vera. Quem conhece bem a obra de papai sabe que nas histórias dele o Nestor tem uma prima com exatamente este mesmo nome, e uma aparência bastante semelhante à da prima de papai na vida real.

ZC Paixao

Para mim, o mistério está resolvido. Infelizmente, com o passar dos anos, a família perdeu o contato com esses primos após o falecimento do pai deles, em meados da década de 1980. Seria interessante poder conversar com eles, que também já devem estar velhinhos, e retomar os laços familiares.

Lista de Trabalho XVIII

Nem tudo o que é mencionado nestas listas foi publicado. Algumas coisas são apenas ideias, outras são testes, ou outros tipos de projetos. Nem tudo está em ordem cronológica: às vezes, ele ia anotando conforme se lembrava de um projeto mais antigo. Além disso, algumas histórias foram compradas e nunca publicadas. Outras eram compradas e publicadas, mas com nomes diferentes, a critério do editor. E mais, nem tudo são quadrinhos. Há colunas para jornais e revistas, projetos de publicidade e vários outros tipos de textos.

De modo geral, primeiro vem o nome da história, seguido do nome do personagem principal e do número de páginas. “Rep” significa “Republicada”, e “Ref” ou “p/ Ref” é “para reformular”. Numerais romanos simbolizam a versão (I, II, III…) de uma história que voltou, foi reescrita, e em seguida enviada de volta.

Maiúsculas entre parênteses (T), (JR), (L) indicam colaboração dos outros membros da família na história. Pode ser desde uma ideia sugerida, até uma história inteira ditada para papai desenhar o rafe.

De Dezembro de 1987 a Janeiro de 1988

  • Palhaço Peteca – Projeto
  • (T) A Volta da Planta Carnívora – Patrícia 10
  • A Máquina Misteriosa I – Patrícia (p/ Ref)
  • A Carta de Amor I – Gordo (Ref)
  • Faço Carreto – Gordo 8
  • Contrato com Ely Barbosa – Modelo
  • O Desfile Sem Modos I – Patrícia (p/ Ref)
  • Pinoquiaquinho II – Nenê 8
  • O Tesouro Perdido II – Patrícia 9
  • O Príncipe Quicomarinho – Nenê (p/ Ref)
  • A Casa Maluca II – Nenê 10
  • Beto Bom de Bola II – Patrícia (p/ Ref de novo)
  • A Carta de Amor II – Gordo 2
  • A Nave Espacial II – Gordo 9
  • Baile a Fantasia II – Gordo (p/ Ref de novo!)
  • Aventura Submarina – Pardal (Rep)
  • Pesquisa Através do Tempo – Donald (Rep)
  • Uma História de Natal – Patinhas (Rep)
  • Deu Zebra! – Zé carioca (Rep)
  • Ora, Pipocas! – Zé carioca (Rep)
  • Mensagem de Natal – Jornal “Roteiro”
  • (T) Doce Paisagem II – Nenê 8
  • Copa 58 – Projeto/Pesquisa – Gordo 10
  • A Copa é Nossa! (Parte 1) – Gordo 8
  • A Copa é Nossa! (Parte 2) – Gordo 10
  • Cai, Cai, Balão! I – Gordo (Ref)
  • Previsões para 1988 – Rádio Central
  • É Proibido Proibir – Pena Kid (Rep)
  • Noite de São João – Patrícia 9
  • O Dia dos Namorados – Gordo 8
  • O Acampamento Modelo – Peninha (Rep)
  • O Acampamento Misterioso – Escoteiros (Rep)
  • Superpateta X Vespa Vermelha – Superpateta (Rep)
  • O Restaurante Ideal – Pardal (Rep)
  • A Máquina Fabulostática – Pardal (Rep)
  • O Arraial do Gordo – Gordo 8
  • (T/I) O Cupido Desiludido – Nenê 10
  • (T) A Máquina Misteriosa II – Patrícia 10
  • O Príncipe Quicomarinho II – Nenê 10
  • Beto Bom de Bola II – Patrícia 9
  • O Baile a Fantasia III – Gordo 8
  • O Desfile Sem Modos II – Patrícia 8
  • O Super Bolão II – Gordo (p/ Ref)

De Fevereiro de 1988 a Março de 1988

  • Nenê Babá e os 40 Ladrões I – Nenê (p/ Ref)
  • O Super Bolão III – Gordo 10
  • O Rei dos Cães – Escoteiros (Rep)
  • Zé Carioca na Avenida – Zé Carioca (Rep)
  • Viva Eu, Viva o Entrudo – Zé Carioca (Rep)
  • Um Paulista na Corte do Rei Momo – Zé Carioca (Rep)
  • Vila Xurupita na Avenida – Zé Carioca (Rep)
  • A Infância do Zé Carioca – Zé Carioca (Rep)
  • Afinal, Que Rei Sou Eu? – Zé Carioca (Rep)
  • O Rei do Carnaval – Zé Carioca (Rep)
  • Férias no Rio – Zé Carioca (Rep)
  • Zé do Carnaval – Zé Carioca (Rep)
  • O Terrível TRR! I – Terremoto (p/ Ref)
  • O Monstro do Espaço – Gordo 10
  • Um Trabalho Para Patetoque – Pateta (Rep)
  • O Conde Dráculo – M. Vermelho (Rep)
  • O Fantasma do Castelo – Pateta (Rep)
  • A Onça e o Valente – Zé carioca (Rep)
  • O Vampiro – Morcego (Rep)
  • Quem Tem Medo do Lobo Mau? – Lobão (Rep)
  • A Coroa do Rei – Zé Carioca (Rep)
  • Delícias de um Acampamento – Donald (rep)
  • A Grande Caçada – Patrícia 8
  • Cai, Cai, Balão II – Gordo (p/ Ref)
  • Uma Tijolada na Ideia – Patrícia 8
  • O Sucessor – Zé Carioca (Rep)
  • Trr! Prr! Grr! – Terremoto 7
  • Surpresas na Festa Surpresa – Terremoto 7
  • Pernas, para Que te Quero? – Gordo 8
  • Perdido na Cidade Perdida – Nenê das Selvas 8
  • O Monstro do Lago – Morcego Vermelho (Rep)
  • O Invencível Mancha Negra – Mancha Negra (Rep)
  • A Lição que Faltava – Pardal (Rep)
  • O Ajudante do Ajudante – Pardal (Rep)
  • O Inventor Pateta – Pateta (Rep)
  • O Misterioso Sr. Bzung – Zé Carioca (rep)
  • Nenê Babá e os 40 Ladrões II – Nenê 9
  • O Inventor Eletrônico – Pardal (Rep)
  • Cai, Cai, Balão III – Gordo 9
  • O Torneio de Aeromodelos – Gordo 9
  • (T) A Epidemia de Raiva I – Patrícia (p/ Ref)
  • Olimpíadas no Bairro I – Gordo (p/ Ref)
  • O Terrível Trr II – Terremoto 8

De Março de 1988 a Abril de 1988

  • Uma Ideia Bem Mastigada – Pardal (Rep)
  • Os Perdedores da Arca Caçada – Patrícia 8
  • A Chegada do Ano Novo III – Nenê (*?)
  • (T) A Dúvida Cruel – Nenê 7
  • Futebol de Botão I – Gordo (p/ Ref)
  • O Cavaleiro Mascarado Ataca Novamente – Terremoto 8
  • A Volta dos Bat-Heróis I – Gordo (p/ Ref)
  • (T/I) O Ano do Dragão – Patrícia 8
  • A Noite do Boi-Tatá – Patrícia 7
  • O Sombra Sabe! I – Gordo (p/ Ref)
  • Amigo É Pra Essas Coisas – Mickey (Rep)
  • Ama Seca Por Acaso – Donald (Rep)
  • Quem Tem Telhado de Vidro… – Donald (Rep)
  • Em Briga de Cão e Gato… – Donald (Rep)
  • A Cerca, Ora, a Cerca! – Donald (Rep)
  • Férias Forçadas – Donald (Rep)
  • Quem Tem Telhado de Vidro… – Donald (Rep)
  • Currasco Mal Passado – Donald (Rep)
  • Folhas ao Vento – Donald (Rep)
  • O Acampamento Ideal – Donald (Rep)
  • Vizinho é Pra Essas Coisas – Donald (Rep)
  • Nada Como A Boa Vizinhança – Donald (Rep)
  • Israel – 40 Anos de Independência – Diário do Povo
  • Israel – 40 Anos “briefing”
  • O Reino de Israel
  • A Declaração de Balfour
  • O Holocausto
  • A Assembléia da ONU
  • Nasce Israel
  • Uma Pátria para os Palestinos
  • A Pátria Palestina e a Paz
  • Caramuru, Uh! – Terremoto 7 (Patrícia 24, Set 1988)
  • O Acampamento na Floresta – Nenê 8
  • A Paixão da Lena – Gordo 9
  • A Epidemia de Raiva II – Patrícia (p/ Ref)
  • Olimpíadas no Bairro II – Gordo 8
  • Eu Não Creio em Bruxas… – Jarbas 10
  • A Ocasião Faz o Ladrão – Urtigão (Rep)
  • A Volta do Mil caras – Huguinho (Rep)
  • O Grande Cebolão – Zezinho (Rep)
  • O Ladrão Misterioso – Luisinho (Rep)
  • O Ataque dos Pés Pretos – Urtigão (Rep)
  • O Caso do Ladrão Roubador – Urtigão (Rep)

De Maio de 1988 a Junho de 1988

  • (T) A Epidemia de Raiva III – Patrícia 8
  • A Volta do Monstro I – Gordo (p/ Ref)
  • A Roça do Primo – Fininho 8
  • Teatro de Bonecos – Nenê 10
  • A Poção Mágica – Gordo 8
  • A Planta Carnívora Ataca Novamente – Patrícia 7
  • A Noite do Povo Pequeno – Patrícia 8
  • (T) A Malhação I – Fofura (p/ Ref)
  • O Quilombo dos Palmares – Fofura 7
  • O Robô Trapalhão Parte 3 – Patrícia (p/ Ref)
  • O Palácio de Cristal – Fofura 9
  • Patetoque, o Detetive – Pateta (Rep)
  • O Conde Dráculo – Morcego Vermelho (Rep)
  • A Janela do Castigo – Metralhas (Rep)
  • Morcegos do Outro Mundo – Morcego Vermelho (Rep)
  • Bomba! Bomba! – Pardal (Rep)
  • O Borrachomóvel – Pardal (Rep)
  • O Vira Lata De Lata – Pardal (Rep)
  • Uma Ideia Bem Mastigada – Pardal (Rep)
  • Ih, Deu Rolo! – Pardal (Rep)
  • Mancha em Duplicata – Mancha Negra (Rep)
  • O Planeta dos Fora da Lei – Mancha Negra (Rep)
  • Um Grande Furo – Peninha (Rep)
  • Paz, Amor e Disco Voador – Zé Carioca (Rep)
  • Futebol de Botão II – Gordo (p/ Ref)
  • A Volta dos Bat-Heróis V -0 Gordo (p/ Ref)
  • O Sombra Sabe! II – Gordo 8
  • A Volta de Francoelho I – Nenê (p/ Ref)
  • Nenê e o Pé de Feijão – Nenê (p/ Ref)
  • A Chegada do Ano Novo IV – Nenê (p/ Ref)
  • A Última do Papagaio – Patrícia 9
  • Eh! Eh! Eh! Fumacê (Parte II) – Fofura (p/ Ref)
  • O Doutor das Bonecas – Terremoto 7
  • Patrícia, a Bruxinha – Patrícia 8
  • O Sumiço de El Tigre – Gordo 8
  • O Robô Trapalhão Parte 4 – Patrícia 8
  • Problemas do Coração – Zé Carioca (Rep)
  • Uma História De Amor – Pardal (Rep)
  • O Dia dos Namorados – Zé Carioca (Rep)
  • Morcego Vermelho Conquista a Glória (Rep)
  • A Mancha Cor-de-Rosa – Mancha Negra (Rep)
  • Amor, a Quanto Me Obrigas! – Pardal (Rep)

De Julho de 1988 a Agosto de 1988

  • A Moda Turbilhão – Margarida (Rep)
  • Meu Querido Diário… – Margarida (Rep)
  • O Clube Feminino – Margarida (Rep)
  • O Remédio – Ludovico (Rep)
  • Contrato com Editora Abril (Israel)
  • A Volta do Monstro II – Gordo 8
  • A Malhação II – Fofura 8
  • O Robô Trapalhão (Parte 3) II – Patrícia 7
  • A Lâmpada Maravilhosa – Gordo 10
  • Massinhas de Modelar – Nenê 8
  • A Boneca – Editora Taika (Rep)
  • A Sombra que Anda – Editora Taika 1970
  • Os 900 Dias – Editora Taika 1970
  • Duque de Caxias – Editora Taika 1970
  • Duelo na Cidade Fantasma – Editora Taika 1970
  • Targo Nº 1 – Editora Taika 1970
  • A Ave Ferida – Editora Taika 1970
  • A Visão – Editora Taika 1970
  • O Aventureiro Editora – Taika 1970
  • O Tempo Parou às 3 da Tarde – Editora Taika 1970 (Rep)
  • Férias em Toa-Toa – Zé Carioca (Rep)
  • Guerra é Guerra – Editora Taika 1970
  • Vale o Escrito Nº 1 – Editora Taika 1970
  • O Sol Nasce, O Sol Se Põe – Editora Taika (Rep)
  • Vavavum Nº 1 – Editora Taika 1970
  • O Dr. Morlok Nº 1 – Editora Taika 1970
  • O Feiticeiro Nº 1 – Editora Taika (Rep)
  • Prisioneiro de Guerra – Editora Taika 1970
  • O Dr. Morlok Nº 2 – Editora Taika 1970
  • O Feiticeiro Nº 2 – Editora Taika 1970
  • O Dr. Morlok Nº 3 – Editora Taika 1970
  • O Super Bebê – Editora Taika 1970
  • Tiradentes – Editora Taika 1970
  • Buggy-Uggy Nº 1 – Editora Taika 1970
  • Morte ao Por do Sol – Editora Taika (Rep)
  • Buggy-Uggy Nº 2 – Editora Taika 1970
  • Vale o Escrito Nº 2 – Editora Taika 1970
  • O Morcego Vermelho – Peninha (Rep)
  • Eh! Eh! Eh! Fumacê (Parte 2) – Fofura 10
  • A Chegada do Ano Novo V – Nenê
  • A Volta do Francoelho II – Nenê 9
  • Futebol de Botão III – Gordo 8
  • O Caçador de Caloteiros – Zé Carioca (Rep)

O Incorrigível

História de terror, publicada pela Editora Outubro em 1961.

A única indicação que tenho de que esta história é de papai é a anotação na lista de trabalho. Tenho somente as páginas soltas e meio roídas de rato, com o título da revista – Histórias Macabras -impresso no rodapé. Não sei o número da publicação, e tampouco aparece o nome do desenhista.

Os personagens são um pai e seu filho. O velho é um homem honesto, mas o filho é um ladrão incorrigível. O pai tenta várias vezes colocá-lo no caminho do bem, arranjar para ele um emprego, e até jura que corrigirá o rapaz de qualquer maneira, custe o que custar.

Mas o moço não quer saber de trabalho. Em todo caso, já que os assaltos violentos incomodam tanto ao velho e dão tantos problemas, como prisões e julgamentos, o moço resolve virar ladrão de túmulos. Parece ser o crime perfeito. Os mortos, pelo menos, não reagem. Ou será que reagem?

Esta é mais uma daquelas lendas urbanas moralizantes, que tentam manter o leitor no caminho do bem por meio do medo de algo sobrenatural que possa acontecer como “castigo divino”, quando a lei dos homens é falha.

Ela mexe com vários aspectos psicológicos das pessoas, como o respeito devido aos pais, por exemplo. Será que é preciso respeitar pai e mãe somente enquanto eles estão vivos? Muitas pessoas se vêem “livres” para fazer todas as barbaridades que sempre quiseram, mas que nunca tiveram coragem, quando finalmente falta a autoridade do pai.

Outro elemento é a separação da família. Quando a célula familiar se desintegra, quando os filhos perdem o contato com seus pais a ponto de não saberem se eles estão vivos ou mortos, todo tipo de horror pode acontecer. Tem inclusive algo a ver com Édipo: o homem que não sabe de onde vem, a que família pertence, é capaz de tudo, até matar o próprio pai e se casar com sua própria mãe.

Por último, temos o juramento. Promessa é dívida, é algo que reverbera pelo universo, chegando inclusive a ser uma dívida com Deus, ou pior, com o Diabo. As pessoas fazem juramentos por sua própria conta e risco, e por isso é melhor que prometam somente o que conseguirão cumprir, sob pena de virarem almas penadas após a morte.

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O Melhor Detetive Do Mundo

História do Zé Carioca, de 1983.

O “detetive da moleza” vai entrar em ação novamente (muito a contragosto, diga-se de passagem) para solucionar o desaparecimento de ninguém menos que o Zé Galo, o chato de galochas que vive azarando a Rosinha.

O interessante é que pistas não faltam. Foi deixado para trás um bilhete assinado por um certo “Morsa”, e na casa do chatonildo há um sapato, um navio, lacre, couves e um Rei de Xadrez. Atrás, no fundo da cena, um grande espelho. Esta última pista, que não é mencionada no diálogo, é colocada com o leitor em mente. O nosso detetive chega às suas conclusões, precipitadas como sempre, enquanto a Rosinha tem suas próprias ideias. E Agora, José?

ZC Detetive

Quem conhece literatura, como a Rosinha, que é do tempo em que gente rica também era culta e refinada, ou assistiu com atenção os desenhos animados da Disney, não vai ter dificuldade nenhuma em solucionar a xarada e encontrar o Zé Galo. Já o Zé, humilde papagaio malandro, não vai ter a mesma sorte.

Nem é preciso dizer que a história e as pistas são um convite ao leitor, para que exercite, ele também, seus poderes de dedução, sua memória e sua cultura geral. Ou, pelo menos, que depois de ler o gibi vá pesquisar melhor a literatura envolvida.

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Já leste o meu livro? Quem ainda não leu está convidado a conhecer minha biografia de papai, à sua espera nas melhores livrarias.

Marsupial: http://www.lojamarsupial.com.br/ivan-saidenberg-o-homem-que-rabiscava

Comix: http://www.comix.com.br/product_info.php?products_id=23238

Cultura: http://www.livrariacultura.com.br/p/ivan-saidenberg-o-homem-que-rabiscava-15071096

Monkix: http://www.monkix.com.br/serie-recordatorio/ivan-saidenberg-o-homem-que-rabiscava-serie-recordatorio.html

Tico e Teco e o Teco-Teco

História dos esquilos Tico e Teco, de 1974.

Estes personagens em especial têm uma “pegada” mais infantil, o que demanda um estilo de roteiro bem mais inocente e leve do que a maioria dos outros roteiros de papai. A brincadeira começa com o título da história, que é um jogo de palavras entre os nomes dos bichinhos e o de um tipo de avião monomotor movido a hélice. A própria denominação “teco-teco” é uma onomatopeia do som produzido pelo motor do aparelho.

Os dois pequenos roedores estão cansados de carregar suas avelãs, uma a uma, para sua toca na árvore, e decidem pedir ao Professor Pardal, cujo laboratório fica próximo, uma solução mais prática. O problema é que o inventor viajou, e o Lampadinha está tão triste por ter sido deixado para trás para vigiar o laboratório que nem nota a presença dos esquilos.

Mas alguém nota. No “vácuo” formado pela ausência do inventor do bem, o inventor do mal, Professor Gavião, resolve agir. Sempre em busca de roubar os inventos de seu rival, ele decide usar os esquilos como “inocentes úteis” para entrar no laboratório sem serem notados e tirar de lá um importante protótipo de motor disfarçado de inofensivo aeromodelo.

teco teco

O problema começa quando, para a sorte dos bons e azar dos maus, os dois se revelam muito mais “inocentes” do que “úteis”.

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Já leste o meu livro? Quem ainda não leu está convidado a conhecer minha biografia de papai, à sua espera nas melhores livrarias.

Marsupial: http://www.lojamarsupial.com.br/ivan-saidenberg-o-homem-que-rabiscava

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Monkix: http://www.monkix.com.br/serie-recordatorio/ivan-saidenberg-o-homem-que-rabiscava-serie-recordatorio.html

Zorro Contra Dom Del Oro

História do Zorro, de 1974.

O tema de hoje é uma crítica sutil ao racismo do qual eram vítimas os nativos norte americanos por parte dos conquistadores brancos europeus. Antes o único povo a habitar essas terras, eles acabaram tratados como verdadeiros intrusos em seu próprio território, que ia encolhendo ano a ano como resultado da colonização branca.

Até mesmo guerras aconteceram por causa disso (um povo guerreiro como os “peles vermelhas” não seria conquistado sem luta), e nos filmes de faroeste até a década de 1950 eles eram sempre os vilões, que atacavam cruelmente os acampamentos e vilarejos dos brancos, sempre retratados cheios de inocentes mulheres e crianças.

Antes das histórias do Zorro ganharem popularidade na TV, nos anos 1960, era a história de Davy Crockett, herói nacional, matador e pacificador de índios e “Rei das Fronteiras” (título de um filme – baseado em uma série de TV – de 1955) que tinha maior visibilidade, e com ela, o racismo contra os índios.

Considerados “ladrões, vagabundos e imprestáveis” pelos brancos, e muitas vezes confinados às suas reservas, desempregados, segregados e abandonados a vícios adquiridos dos próprios conquistadores, como o alcoolismo, eles rapidamente se tornaram uma população vulnerável, em situação de risco, e presa fácil de todo tipo de golpe e exploração. Afinal, a quem eles poderiam recorrer, se fossem chantageados ou extorquidos? (Qualquer semelhança, aliás, com a situação dos indígenas brasileiros, desde aqueles tempos do Regime Militar e até os dias de hoje, não terá sido mera coincidência).

São presas fáceis, em suma, para qualquer bandido covarde que apareça. É neste ponto que entra o personagem “Dom Del Oro” (em espanhol “senhor do ouro”, em tradução livre), um pretenso ser sobrenatural que faz aos índios exigências que ele sabe que eles não poderão cumprir, sob pena de terríveis consequências, supondo que eles não poderão se defender, não terão a quem recorrer.

Ou será que terão? Ao ver a injustiça acontecendo bem debaixo de sua janela, Dom Diego, o Zorro, eterno defensor dos fracos e oprimidos, logo se lança escadaria abaixo em defesa de seus amigos.

Zorro DomDelOro

A inspiração vem de mais um seriado cinematográfico, “Zorro’s Fighting Legion”, (ou “A Legião do Zorro” no Brasil), uma produção da Republic Pictures de 1939, na qual Dom Diego luta contra Dom Del Oro no México (se passa quatro anos após a história original, quando a Califórnia estava nas mãos do México). Nesse seriado o Zorro tem, curiosamente, um cavalo branco.

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Já leste o meu livro? Quem ainda não leu está convidado a conhecer minha biografia de papai, à sua espera nas melhores livrarias.

Marsupial: http://www.lojamarsupial.com.br/ivan-saidenberg-o-homem-que-rabiscava

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Monkix: http://www.monkix.com.br/serie-recordatorio/ivan-saidenberg-o-homem-que-rabiscava-serie-recordatorio.html

Lista de Trabalho XVII

Nem tudo o que é mencionado nestas listas foi publicado. Algumas coisas são apenas ideias, outras são testes, ou outros tipos de projetos. Nem tudo está em ordem cronológica: às vezes, ele ia anotando conforme se lembrava de um projeto mais antigo. Além disso, algumas histórias foram compradas e nunca publicadas. Outras eram compradas e publicadas, mas com nomes diferentes, a critério do editor. E mais, nem tudo são quadrinhos. Há colunas para jornais e revistas, projetos de publicidade e vários outros tipos de textos.

De modo geral, primeiro vem o nome da história, seguido do nome do personagem principal e do número de páginas. “Rep” significa “Republicada”, e “Ref” ou “p/ Ref” é “para reformular”. Numerais romanos simbolizam a versão (I, II, III…) de uma história que voltou, foi reescrita, e em seguida enviada de volta.

Maiúsculas entre parênteses (T), (JR), (L) indicam colaboração dos outros membros da família na história. Pode ser desde uma ideia sugerida, até uma história inteira ditada para papai desenhar o rafe.

De Março de 1987 a Maio de 1987

  • A Aula (Reaproveitada) – Menino Maluquinho
  • Os Patos do Deserto – 00-Zéro (Rep)
  • A História de Patópolis (Republicada integralmente)
  • Pena Rubra o Viking – Peninha (Rep)
  • A Invasão dos Piratas – Zé Carioca (Rep)
  • Correio a Cavalo – Mickey (Rep)
  • O Século das Luzes – Pardal (Rep)
  • O Poderoso Metralhão – Metralhas (Rep)
  • A Mãe do Mato – Patrícia 8
  • A Charada Infernal – Menino Maluquinho (Reapr)
  • Gostosuras e Travessuras – Nenê 9
  • A Corrida de Bicicletas – Terremoto 1
  • A Descoberta do Brasil – Terremoto 8
  • Uma Charada Diabólica I – Patrícia (Para reformular)
  • A Bola Maravilhosa – Gordo 12
  • No Tempo dos Bucaneiros – Metralhas (Rep)
  • Na Terra Do Nunca – Zé Carioca (Rep)
  • Zé Pelé – Zé Carioca (Rep)
  • Os Adolescentes – Projeto Abril
  • O Rei da Bateria I – Gordo (Ref)
  • Pipa, Pandorga e Papagaio – Gordo 8
  • A Grande Corrida – Gordo 11
  • O Ladrão de Casaca – Metralhas (Rep)
  • A Copa do Morro – Zé Carioca (Rep)
  • Um Convidado Bem Trapalhão – Bruxas (Rep)
  • Sua Majestade, o Nenê – Nenê 13
  • Um Mistério Muito Louco – Escovão 10
  • Ópera Rock Rural – Peninha (Rep)
  • (T) Operação Resgate – Patrícia 7
  • (T) O Herói das Garotas – Terremoto 7
  • (T) Uma Charada Diabólica – Patrícia 9
  • (T) O Dia dos Pais – Terremoto 1
  • (JR) Pintando o Terremoto – Terremoto 1
  • Viva o Regime e… Abaixo o Gordo – Gordo 10
  • A Sopa de Letrinhas – Terremoto 1
  • A Fabulosa Pescaria – Gordo 9
  • (L) O Quadro – Patrícia 1
  • (JR) O Beijinho – Gordo 1
  • O Perfume – Gordo 9
  • Nos Tempos do Rei Artur – Superpateta (Rep)
  • A Esquecidsa – Patrícia 4
  • A Grande Tourada – Gordo 9
  • (T) Perdidos na Selva – Patrícia 12

De Maio de 1987 a Junho de 1987

  • O Super Nenê – Nenê 9
  • Inimigo é para essas coisas – Gordo 10
  • Uma Reunião Gatastrófica – Bruxas (Rep)
  • A Chaleira Voadora – Pardal (Rep)
  • O Mago Tantã – Bruxas (Rep)
  • A Má Magali – Bruxas (Rep)
  • (T) O Outro – Terremoto 7
  • (L) O Robô Trapalhão – Patrícia 7 (Parte 1)
  • O Navio Pirata – Patinhas (Rep)
  • No Tempo dos Bucaneiros – Metralhas (Rep)
  • Na Terra do Nunca – Zé Carioca (Rep)
  • O Rei da Bateria II – Gordo (p/ Reformular)
  • O Peludão – Nenê 9
  • Vizinho é Pra Essas Coisas – Donald (Rep)
  • O Soldadinho de Chumbo – Nene 10
  • (T) Fofura de Neve – Fofura 10
  • O Rebelde sem Causa – Nenê 10
  • (T) Ih, Deu Bolo! – Fofura 7
  • A Nova Faixa – Tanakara Kid 1
  • A Noite do Saci – Partícia 9
  • A Escalada – Patrícia e Cia 9
  • A Guerra dos 6 Dias – Diário do Povo
  • Falando com os Bichos – Terremoto1
  • Bem Te Ví – Terremoto 1
  • O Rei da Bateria III – Gordo (Ref)
  • A Grande Gincana – Gordo 9
  • (T) A Mãe Coruja – Fofura 7
  • (L) Taca Sal No Sapo! – Patrícia 7
  • A Tablita – Nenê 1
  • (T) O Grito do Ipiranga – Fofura 6
  • O Rei da Bateria IV – Gordo 5
  • Os Pulos – Urucubaca 1
  • O Grande Gênio – Peninha (Rep)
  • Não Pesquei Nada – Peninha (Rep)
  • O Repórter Peninha – Peninha (Rep)
  • A Volta Da Cia. Teatral Peninha – Peninha (Rep)
  • Projeto Sérgio Mallandro – TVS
  • O Filhote Desaparecido – Gordo 6
  • A Grande “Otoridade” – Gordo 10
  • O Tutu Marambá – Nenê 10
  • O Cinto Biruta – Escovão 8
  • Ah, Que Saudades que Eu Tenho… – Peninha (Rep)
  • (T) Um Pouco de Paz e Sossego – Sócrates 9
  • Pega Na Mentira – Nenê 10
  • (L) Fofura, a Bruxa Doutora – Fofura 8
  • O Ataque dos Pés Pretos – Urtigão (Rep)
  • Os Ladrões de Terras – Urtigão (Rep)

De Julho de 1987 a Agosto de 1987

  • Punhos de Campeão – O Gordo 9
  • (T) Um Problema de Memória – Patrícia 6
  • Projeto – Arapuã
  • Arapinha – Lançamento de personagem
  • Ídem – 1º modelo de boneco
  • Idem – Model sheets
  • Arapinha 001 – O Nascimento
  • Arapinha 002 – O Quadro
  • Arapinha 003 – A Borboleta
  • Arapinha 004 – O Horóscopo
  • Orçamentos MPM
  • Zé Relâmpago – Zé Carioca (Rep)
  • O Salva Vidas Boa Vida – Zé Carioca (Rep)
  • A Longa Noite dos Pernilongos – Zé Carioca (Rep)
  • O Tapete Maravilha – Zé Carioca (Rep)
  • A Fada Madrinha – Zé Carioca (Rep)
  • O Superzé – Zé Carioca (Rep)
  • Zé Feijoada – Zé Carioca (Rep)
  • O Capitão do Pérola Negra – Zé Carioca (Rep)
  • A Superfeijoada – Zé Carioca (Rep)
  • Os Supercupins – Superpateta (Rep)
  • O Planetóide Patetóide – Superpateta (Rep)
  • Ninguém Segura o Mancha – Superpateta (Rep)
  • Mágica Trágica – Maga Patalójika (Rep)
  • Zé Dinamite – Zé Carioca (Rep)
  • Zé Cascata – Zé Carioca (Rep)
  • Arapinha 005 – O Coração
  • Arapinha 006 – A Inflação
  • Arqueiro Arteiro – O Gordo 10
  • O Horóscopo – Sapo Urucubaca 1
  • (T) Bolando as trocas – Patrícia 5
  • O Aniversário do Gordo – Gordo 8
  • A Chegada do Ano Novo I – Nenê (P/ Ref)
  • Uma Invasão de dar Pena – Biquinho (Rep)
  • Papai Noel Existe? – Nenê 11
  • Os Oito do Forte – Gordo 10
  • (L) O Robô Trapalhão Parte II – Patrícia 10
  • (JR) O Terrível Nhac-Nhac – Terremoto 7
  • O Acampamento Misterioso I – Gordo (P/ Ref)
  • (T) Livre para Voar – Gordo 10
  • Hoje tem Festa na Aldeia – Patrícia 9
  • Os Superesquilos – Superpateta (Rep)
  • Esse Superpateta… – Superpateta (Rep)
  • (JR) A Fera Terrível I – Gordo (P/ Ref)
  • Escoteiro Arteiro – Biquinho (Rep)
  • A Marca do Zorrinho – Zorrinho (Rep)

De Setembro de 1987 a Outubro de 1987

  • Uma Mão Lava a Outra – Gordo 11
  • O Exermplar Raro – Patrícia 1
  • O Gordo e o Monstro – Gordo 10
  • Quem Quer Casar com Dona Baratinha? – Nenê 9
  • Quem Come Mais Chora Menos – O Gordo 10
  • Histórias do Arco Da Velha – Nenê 12
  • (T) No Reino das Fadas – Fofura 12
  • (T/I) A Casa Assombrada – Patrícia 8
  • A Chegada do Ano Novo II – Nenê 10
  • O Acampamento Misterioso II – Gordo 11
  • (JR) A Fera Terrível II – Gordo 9
  • Zé Milionário – Zé Carioca (Rep)
  • Deu Zebra! – Zé Carioca (Rep)
  • O Adivinhão – Zé Carioca (Rep)
  • O Gigante Demolidor – Fofura 10
  • Pardal Ama Seca – Pardal (Rep)
  • Precisa-se de uma Empregada – Pardal (Rep)
  • Na Idade da Pedra – Pardal (Rep)
  • Nenê Ladino e a Lâmpada Maravilhosa – Nenê 12
  • (T) Um Monte de Abobrinhas – Patrícia 10
  • No Reino das Peças de Xadrez – Nenê 10
  • Castelos de Areia – Nenê 11
  • Bambolê – Gordo 1
  • Pinóquaquinho I – Nenê (p/ Ref)
  • (T) Sa, Se, Si, Só… Supeta! – Nenê 06
  • Não Isqueite a Cabeça – Gordo 9
  • A Cia Teatral Peninha – Peninha (Rep)
  • Ajudando a Atrapalhar – Peninha (Rep)
  • A Propaganda é a Alma do Negócio – Peninha (Rep)
  • Um Grilo no Trânsito – Peninha (Rep)
  • Bruxedos e Trapalhadas – Peninha (Rep)
  • Nem Prática Nem Habilidade – Peninha (Rep)
  • Robinson Peninha – Peninha (Rep)
  • A Volta do Pato Demêncio – Peninha (Rep)
  • Férias Penosas- Peninha (Rep)
  • A Nave Espacial I – Gordo (p/ Ref)
  • O Baile a Fantasia I – Gordo (p/ Ref)
  • O Tira Manchas – Gordo 1
  • Afinal, Que Rei Sou Eu? – Gordo 8
  • (L) Macaco em Loja de Louça – Terremoto 8
  • (T) Doce Paisagem I – Nenê (p/ Ref)
  • O Tesouro Perdido I – Patrícia (p/ Ref)
  • (T/I) Quem tem Medo da Chapéuzinho Vermelho? – Patrícia 10
  • A Casa Maluca I – Fofura (p/ Ref)
  • Quam Siri por Último… – Zé Carioca (Rep)
  • Domingo é Dia de Pescaria – Zé Carioca (Rep)
  • Pescarias No Araguaia – Zé Carioca (Rep)

De Novembro de 1987 a Dezembro de 1987

  • Beto Bom de Bola I – Patrícia (p/ Ref)
  • O Super Bolão I – Gordo (p/ Ref)
  • Palestina Nunca Mais! – Projeto de Livro
  • Idem – Introdução
  • A Praia das Surpresas – Patrícia 8
  • A Vida e a Morte – Rádio Central – Entrevista
  • O Zorrinho não é de Fritar Bolinho – Zorrinho (Rep)
  • Confusão em Los Tamales – 00-Zéro (Rep)
  • Duelo ao Por do Sol – Pena Kid (Rep)
  • Uma Missão Espinhosa – Pena Kid (Rep)
  • Pena Kid Ataca Novamente – Pena Kid (Rep)
  • O Roubo da Diligência – Pena Kid (Rep)
  • Na Tribo dos Pés Chatos – Pena Kid (Rep)
  • Duelo ao Por do Sol – Pena Kid (Rep)
  • Forte Apache – Pena Kid (Rep)
  • O Vale dos Desaparecidos – Pena Kid (Rep)
  • A Cidade Fantasma – Pena Kid (Rep)
  • A Cidade dos Bandidos – Pena Kid (Rep)
  • A História do Alazão de Pau – Pena Kid (Rep)
  • O Cavalo de Ferro – Pena Kid (Rep)
  • Atirar ou Correr – Pena Kid (Rep)
  • Sempre Cabe Mais Um – Pena Kid (Rep)
  • O Disfarce Mais Rápido do Oeste – Pena Kid (Rep)
  • O Bandidão – Pena Kid (Rep)
  • Pena Kid X Joe Mancha – Pena Kid (Rep)
  • Pena Kid X El Sombrero – Pena Kid (Rep)
  • O Norte Contra o Sul – Pena Kid (Rep)
  • Esbanjando Talento – Pena Kid (Rep)
  • Missão Cumprida – Pena Kid (Rep)
  • A Legião dos Renegados – Pena Kid (Rep)
  • As Ovelhas do Senhor Pastor – Pena Kid (Rep)
  • Carnaval em Patópolis – Zé Carioca (Rep)
  • O Circo do Gordo – Gordo 10
  • A Maratona – Gordo 10
  • Zé Bombeiro – Zé Carioca (Rep)
  • O Tesouro de Vila Xurupita – Zé Carioca (Rep)
  • Eugênio, o Gênio – Zé Carioca (Rep)
  • Ora, Pipocas! – Zé Carioca (Rep)
  • Ninguém Segura o Mancha Negra! – Superpateta (Rep)
  • Ano Novo e Judaísmo – Jornal da PUCC

O Ano do Dragão

História da Turma da Patrícia, de Ely Barbosa, composta em março de 1988 e publicada pela Editora Abril na revista Patrícia 24, de setembro de 1988.

O ano em que esta história foi escrita e publicada era realmente um ano do Dragão, de acordo com a tradição chinesa. Nascido em 1940, papai também era, aliás, do signo de Dragão.

De acordo com a anotação na lista de trabalho a ideia para a trama veio de minha mãe e de meu irmão, que muito certamente sugeriram o tema, algumas piadas, ou quem sabe até mesmo cenas inteiras. Depois de décadas vendo meu pai fazer quadrinhos todos os dias, todos nós lá em casa já havíamos “pegado o jeito”, e muitas histórias eram feitas em colaboração. Tanto, que o expediente das revistas do Ely Barbosa citava a família inteira.

Patricia Dragao

Já a história em si se passa durante as festividades do Ano Novo Chinês no Bairro Oriental, e gira em torno de uma disputa para ver quais crianças terão a honra de desfilar dentro do grande e colorido dragão de papel que é o símbolo e ponto central da festa. Como sempre nesse tipo de história, nem todas as crianças interessadas têm permissão para entrar no objeto, e há alguns descontentes. Além disso, várias pistas falsas são apresentadas ao leitor antes que se revele quem, realmente, estaria assim tão insatisfeito a ponto de querer prejudicar o desfile.

Patricia Dragao1

Mas no final, sempre de acordo com a linha editorial ditada pelo criador dos personagens, a confusão é solucionada, os ânimos são acalmados, as crianças são educadas no sentido da tolerância e da colaboração e se chega a um consenso que devolve a paz e a alegria para a festa, quando finalmente todas as crianças poderão fazer o dragão desfilar sem mais contratempos.

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Já leste o meu livro? Quem ainda não leu está convidado a conhecer minha biografia de papai, à sua espera nas melhores livrarias.

Marsupial: http://www.lojamarsupial.com.br/ivan-saidenberg-o-homem-que-rabiscava

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Não Há Mais Inventores Como Os De Antigamente

História do Professor Pardal, de 1973.

Na maioria das histórias do Pardal onde há o aparecimento de seres de outras épocas ou de outras dimensões a culpa é dele mesmo, por causa de algum aparelho que ele esqueceu ligado, ou coisa parecida. Assim, quando de repente coisas estranhas começam a acontecer, com o aparecimento de um personagem estranho, o inventor de Patópolis logo começa a procurar o que é que ele fez de errado.

Mas o problema é justamente esse, ele não fez nada de errado. Muito pelo contrário. Na verdade, ele não fez nada, absolutamente, para causar essa visita. É nisto, basicamente, que esta história difere da maioria das outras do gênero. Quem fez algo foi o outro, um inventor dos tempos da Grécia antiga que inventou uma máquina do tempo adaptada em uma Biga (na falta de um DeLorean, fazer o quê…) Ao que parece, os criadores de De Volta para o Futuro não foram os primeiros a ter a ideia de usar um veículo existente como máquina do tempo.

Pardal Arkipesas

O arrogante inventor Grego, cheio de si, está plenamente convencido de que o tempo dele é o auge do progresso da humanidade. Seu nome, Arkipesas, é uma brincadeira com o do antigo cientista da Antiguidade Clássica Arquimedes. Afinal de contas, enquanto um “mede”, o outro “pesa”. (Eu sei, eu sei… Trocadilhozinho infame. É por isso mesmo que ele é engraçado). Ele passa a história toda tratando o Pardal como um amador, mas acabará provando do próprio remédio, também.

O interessante é que Arquimedes inventou uma maneira de se determinar o volume de um objeto irregular, no caso uma coroa de ouro, usando o deslocamento da água como “ferramenta”. Este é um processo que fica justamente a meio caminho entre medir e pesar, e papai também se refere a esse episódio da vida do cientista na história.

Jogos de palavras abundam nesta história, como a menção a um faraó de nome “Ramsoso II”, que é uma brincadeira com Ramsés, o Grande. Além disso, temos alguns xingamentos disfarçados de “língua estranha”, que também só adicionam à graça da coisa toda.

Pardal Arkipesas1

Realmente, não há mais inventores como os de antigamente, e talvez isso seja uma coisa boa.

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Zorrinhos X Metralhinhas

História do Zorrinho, de 1975.

A Gincana, como brincadeira infantil (e às vezes não tão infantil assim) onde um pouco de tudo pode acontecer, foi um tema ao qual papai voltou algumas vezes ao longo dos anos, tanto em histórias Disney quanto em outras, “não-Disney”.

O potencial humorístico de uma gincana, com os tombos e as confusões que podem acontecer, é grande, e o tema serve também como um resgate das antigas atividades infantis que, já nos anos 1970, estavam se perdendo entre os prédios das grandes cidades.

O título original desta história é “A Grande Gincana”, como atesta a faixa na largada da corrida de sacos, mas, como um pouco antes no mesmo ano outra história de título semelhante escrita por papai já havia sido publicada (A Grande Gincana de Patópolis, já comentada aqui), o editor achou por bem trocar o nome da história por este. Em 1982, quando ela foi republicada pela primeira vez, o título foi corrigido.

Zorrinho gincana

De resto, a trama é o que se pode prever para uma história com esses personagens: as meninas vão participar da gincana, os bandidinhos resolvem atrapalhar só para “zoar”, e os três sobrinhos do Donald se passam por um só Zorrinho para melhor confundir os Metralhinhas e proteger as suas amigas patinhas. O que torna esta história interessante nem é saber o que vai acontecer, afinal, os mocinhos sempre vencem no final de todas as histórias Disney, mas sim ver como eles vão fazer isso.

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