História do Morcego Vermelho, de 1973.
A inspiração vem de antigas séries para TV com temática de monstros criadas no Japão (como por exemplo a do Spectreman), nas quais a poluição das cidades modernas produzia monstros que causavam todo tipo de desastre, como se os males causados pela falta de cuidado das pessoas com o meio ambiente pudessem criar vida e voltar para se vingar.
Esses filmes são, no final das contas, lendas moralizantes ambientalistas, uma maneira sutil de educar as crianças para que não poluam. Afinal, de um modo ou de outro, essa poluição toda vai acabar prejudicando a todos.
Em todo caso, a história criada por papai tem bem menos dessa pegada “ambientalística” e mais de um humor que explora a bizarrice do monstro, os sustos mútuos e as correrias pela cidade para fazer o leitor rir. Não há um único momento parado, todos os personagens estão em constante movimento, do início ao fim da história.
Uma piada recorrente, aliás, é exatamente a do medo mútuo que o monstro e o herói têm um pelo outro. O Morcego Vermelho certamente não é o herói mais corajoso do mundo, muito pelo contrário, mas sua vantagem é estar muito ciente do tamanho da responsabilidade que vem com a fantasia. Ele sabe que não pode desapontar o povo de Patópolis. Assim, ele enfrenta seus medos e faz o melhor que pode para combater a ameaça.
Já o monstro é na verdade um robô criado pelo Dr. Estigma, e todos nós já sabemos que um cérebro eletrônico é apenas tão bom quanto sua programação. Apesar de ser imune às balas dos revólveres da polícia, seu comportamento quase humano, modelado aliás na personalidade do próprio vilão, será sua própria ruína.
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