História de terror, publicada pela Editora Taika na revista Almanaque do Além 130 (Nº AM-2, Mês 7) de 1970.
Na verdade, é uma história mais “espírita” do que de terror, propriamente, porque descreve um encontro bastante benigno entre um filósofo grego e um fantasma.
Os créditos desta história dão conta que a ideia original é de Edgar de Souza, adaptada para os quadrinhos por papai e com letras de Dolores Maldonado. O desenhista, apesar de não estar claro nos créditos, parece ser o próprio Edgar, que provavelmente pediu a papai uma história para que ele a pudesse desenhar. A julgar por outras histórias desenhadas por ele nesta mesma revista, incluindo a da Boneca, já comentada aqui, este parece ser o caso.
Esta é uma adaptação de uma história aparentemente contada em “O Manuscrito de Saragoça”, filme gótico de 1965, que por sua vez é inspirado em um livro clássico de literatura fantástica chamado “Manuscrito Encontrado em Saragoça”, de 1804.
Antenágora, o personagem principal, é provavelmente Atenágoras de Atenas, filósofo grego e apologista cristão no tempo em que o paganismo ainda era a religião oficial. Como todo bom cristão, ele não acredita em “superstições”, como fantasmas, até que se depara com um deles.
Mas, ao invés de fugir com medo, o filósofo, sempre pragmático, segue a aparição até um canto da propriedade, onde descobre alguns esqueletos enterrados sem demarcação e manda dar a eles um enterro digno no cemitério da cidade, efetivamente acabando com o distúrbio psíquico em sua nova residência. Os mortos só queriam ter paz.