O Navio-Fantasma

História do Donald e do Peninha, de 1977.

Enviados pelo Tio Patinhas a uma localidade no litoral para um trabalho, os dois primos se vêm às voltas com o que parece ser um caso de aparição de fantasmas, completo com uma misteriosa caravela que aparece e desaparece aparentemente do nada.

Como sempre fazia quando compunha esse tipo de história, papai faz o mistério e o suspense aumentarem a cada quadrinho que se adiciona aos demais, mas também deixa pistas para que o leitor possa tirar suas próprias conclusões, com uma série de silhuetas escuras à espreita pelos cantos (mesmo que nosso amigo leitor precise, talvez, de uma lente de aumento para perceber do que se trata).

Quem serão essas pessoas, e quais serão as intenções delas? Também como sempre, nada nem ninguém é o que parece ser, e é melhor que o leitor atento desconfie de tudo e de todos, porque tudo é muito misterioso e muito suspeito. Na verdade, nem mesmo a função dos repórteres de A Patada na trama é o que parece ser.

Uma pista bastante óbvia do que pode realmente estar acontecendo é a ausência do pato muquirana do escritório, quando o Donald finalmente consegue encontrar um telefone fixo para tentar falar com o tio. (Pois é, houve um tempo em que nem se sonhava com telefones celulares, e esse tipo de desencontro era algo muito comum.) Se o Patinhas não está onde deveria estar, então onde está ele?

É preciso não esquecer que, na literatura de mistério policial na qual esta história se insere e à qual faz homenagem, nada acontece por acaso e o vilão é geralmente o personagem que menos levanta suspeitas.

Papai tira sua inspiração não apenas das tramas clássicas de estilo policial, de suspense, de terror e de mistério, mas também das histórias de piratas e ilhas do tesouro, completas com mapas antigos e grandes pedras em forma de caveira.

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Assombração Do Porão Do Barão

História do Peninha desenhista, de 1980.

Esta é a segunda (e última, infelizmente) história composta “pelo Peninha” para os “seus” personagens de “terrir”. Na primeira história eles eram apenas mais um dos elementos de uma trama que acontecia, em sua maior parte, na redação de A Patada entre o Tio Patinhas e seu sobrinho no contexto da visita de um crítico de artes.

Mas a história da Assombração do Porão e do Barão da Mansão foi apenas vislumbrada, daquela vez. Não houve realmente um roteiro, entre eles, que um leitor pudesse ter acompanhado. Hoje esse pequeno inconveniente será sanado e a história será conduzida mais ou menos no “estilo Pena Kid”: o Peninha compõe, e o Tio Patinhas dá seus palpites.

O interessante é que as histórias da Assombração do Porão da Mansão do Senhor Barão estão, para o Peninha, na mesma situação na qual estiveram, para papai, as histórias do Pena Kid: proibidas pela chefia da redação, pelo menos por algum tempo. Do mesmo modo, assim como papai acabou ganhando novamente a permissão para fazer histórias do Vingador do Oeste, aqui vemos o Peninha na mesma situação.

De resto, a trama na história desenhada pelo Peninha gira em torno de uma disputa entre as assombrações para ver quem é que conseguiu realmente assustar o Barão. O desfecho será, como sempre acontece, bastante óbvio, por um lado, e completamente surpreendente, por outro. Quem conhece o estilo das histórias de mistério de papai logo irá desconfiar.

O fato de o texto “do Peninha” ser todo rimado em “ão”, a rima mais pobre da língua portuguesa, só adiciona à graça da coisa toda, em uma trama mantida propositadamente “bobinha” para caracterizar o “estilo do Peninha” de fazer quadrinhos.

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O Fantasma da Ópera

História do Scubidu e sua turma, escrita em setembro de 1978 e publicada pela Editora RGE em abril de 1979 na revista “Bionicão” número 9.

A associação de “fantasmas” com “óperas” é um clássico de todos os tipos de literatura. Mas a verdade é que até mesmo “O” Fantasma da Ópera é um “falso fantasma”, uma pessoa de carne e osso que vagueia pelas sombras de um grande teatro enquanto planeja suas maquinações.

Desse modo, e como sempre, o caso aqui é mais policial do que paranormal. Esse é o estilo escolhido pelos donos dos personagens, com o qual papai não concordava muito, mas seguia assim mesmo. O mistério, na verdade, nem é sobre o que está acontecendo, mas sobre os métodos do bandido disfarçado de fantasma e aqueles que serão usados para prendê-lo.

O vilão era sempre um ex-funcionário ou coisa parecida, alguém que quer prejudicar o dono de um negócio ou estabelecimento comercial, e ele sempre acabará preso no final.

A diferença nessas histórias de papai para os investigadores de fantasmas, é que sempre acaba aparecendo um fantasma de verdade no final. Era o modo dele de “protestar” contra o seco materialismo do criador dos personagens.

Hoje também aprendemos que o Scubidu, o personagem principal, é capaz de ver os fantasmas de verdade. Talvez seja por isso que ele tem tanto medo deles, ao contrário de seus amigos humanos. Eles não acreditam em assombrações, e talvez seja por isso mesmo que eles não são capazes de vê-las.

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Biquinhoboy, Meu Tesouro!

História do Pena das Selvas, de 1984.

Esta é a história de apresentação do personagem Biquinhoboy, criado por papai para ser um alter-Ego do Biquinho na turma da selva, do mesmo modo que o Biquinho participa das histórias do Peninha.

A diferença é que o Biquinhoboy é um adotado do Pena das Selvas, e não exatamente um sobrinho. É a coisa mais próxima de um filho que se vê em histórias Disney.

Considerando que o Pena das Selvas é uma mistura de Jim das Selvas com Tarzan, o Biquinhoboy é inspirado no filme “Tarzan e o Menino das Selvas” de 1968. Aliás, o próprio Biquinho é um patinho abandonado que foi criado por porcos-espinho, em alusão ao Mogli, criado por lobos, e ao próprio Tarzan, criado por macacos. Além disso, a menção a “meu tesouro” no título da história é uma alusão à história do Biquinho chamada “É a Fase”, de 1982, já comentada aqui.

O resto da história são sátiras dos antigos filmes de heróis da selva, juntamente com menções à cultura popular (na primeira página o Biquinhoboy está batucando “bum bum paticumbum prugurundum”, em uma referência a um samba-enredo da Império Serrano do ano de 1982) e até mesmo lembranças das brincadeiras de infância.

Quando as crianças se juntavam para brincar de mocinho e bandido, forte apache ou mesmo de aventura na selva, era comum que um “chefe” da brincadeira começasse a mencionar “leis” para a atividade, que geralmente eram inventadas na hora, à medida que a coisa toda ia se desenrolando, em um esforço de usar os outros para ganhar alguma vantagem.

Mas é claro que nem sempre os outros participantes da brincadeira aceitavam a tudo em silêncio, e acabavam encontrando maneiras de virar essas “leis” em favor de si mesmos.

As menções a Mbonga (Tarzan) e a Guran (Fantasma) servem para adicionar referências e também para dar pistas sobre que tipos de livros as crianças dos tempos de papai liam para depois ir brincar de faz de conta.

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Duelo Na Cidade-Fantasma

História do Zorro, de 1973.

Parte da graça em ser escritor de histórias em quadrinhos é poder colocar o herói em apuros aparentemente insuperáveis, só para depois inventar uma maneira de fazer com que ele escape espetacularmente.

(Eu sei que dia é hoje e que tipo de história eu me propus a comentar às sextas-feiras, mas é também meu aniversário e eu gosto do Zorro. Pronto.) 😉

Ao libertar o que parece ser um prisioneiro político e depois tentar fugir (lembrando novamente que, em 1973, em plena ditadura militar, qualquer alusão a presos políticos era uma afronta ao sistema), o Zorro comete um erro de julgamento e vai parar em uma cidade fantasma. Se fosse qualquer outro lugar, especialmente se ele fosse bem povoado, seria mais fácil se misturar aos simpatizantes e sumir na multidão. Mas em um lugar perfeitamente vazio há anos, qualquer presença humana pode ser notada facilmente.

Depois de propor o problema, papai começa então a trabalhar a solução. A premissa, aqui, é que os soldados são tão burros e supersticiosos quanto o herói é astuto e inteligente. Apesar do maior número e do poder das armas, eles não serão páreo para o Zorro, que consegue enganar até mesmo o rastreador indígena que está a serviço dos soldados.

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Certos povos, como os indígenas no continente americano e os nômades do Oriente Médio, especialmente os beduínos em Israel, foram e são parte valiosa de qualquer exército (e também de equipes de arqueólogos e pesquisadores em geral). Eles conhecem com absoluto domínio o terreno, cada pedra, cada árvore, o clima, sabem se guiar pelas estrelas, e sabem notar qualquer distúrbio que possa indicar que alguém tenha passado ou esteja se escondendo por ali.

Mas esta é a única vantagem dos soldados. De resto, para atrapalhar ainda mais, papai trabalha firmemente a noção de que o lugar pode ser assombrado, de que o lugar é realmente assombrado, e de que um fantasma pode aparecer a qualquer momento.

Esse “pânico” todo que ele vai imprimindo aos personagens tem a finalidade de envolver o leitor para que, quando um nada simpático novo personagem for apresentado, até mesmo este último ficará na dúvida sobre o que está vendo. Será que o fantasma apareceu mesmo?

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O Caso do Fantasma Comilão

História do Escubidu, escrita em meados de 1978 e publicada em dezembro do mesmo ano pela RGE (Rio Gráfica e Editora) na revista Festival HB número 4.

Esta é uma colaboração entre meu pai e minha mãe, uma “história a quatro mãos”, por assim dizer. A ideia é dela, incluindo o desfecho (eu me lembro de ter ouvido os dois conversando sobre o assunto, ainda naquele tempo), e o desenvolvimento é dele.

O que acontece é que mamãe percebeu que nas histórias de fantasma da turma do Escubidu o vilão é sempre um falso fantasma. Ou é alguém se fazendo passar por ser sobrenatural para cometer algum crime, ou um fenômeno natural que é confundido com um fantasma.

Assim, se perguntava ela, o que aconteceria se houvesse mesmo um fantasma de verdade? Quem é que pode dizer que não existem fantasmas, assim com tanta certeza? Não seria esta uma visão de mundo materialista demais para histórias infantis?

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Para manter a fidelidade à descrição dos personagens papai colocou um falso fantasma e um golpe criminoso na trama, enquanto ao mesmo tempo usou com maestria a ideia de mamãe. A “marca registrada” de papai está nos nomes do dono da confeitarie e seu ajudante: Oscar A. Melo e Zé Docinho, respectivamente.

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Os Ladrões-Fantasmas

História do Morcego Vermelho, de 1977.

Esta é mais uma história misteriosa, na qual coisas estranhas e sem explicação aparente começam a acontecer do nada.

Nosso herói está andando em seu patinete-morcego, quando é interrompido por um tipo baixinho com uma vassoura na mão. A roupa dele lembra o uniforme dos Irmãos Metralha… Será o Primo Meio Quilo disfarçado? Mais uma vez, o leitor é convidado a investigar junto com o herói.

A coisa começa a complicar quando o velhinho desaparece de repente, bem diante dos olhos do Morcego. Ele simplesmente some, fazendo “puf” e deixando para trás somente uma fumacinha.

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Nas próximas páginas a coisa vai ficando cada vez mais sinistra, até que o Morcego e o Donald, que se encontram na rua, começam a ver fantasmas! Mais do que ver, eles começam a falar com fantasmas! E não são meras assombrações. São os espectros de famigerados bandidos de todos os tempos, tanto verídicos quanto fictícios, como Arsene Lupin, o Pirata Morgan, Clopin Trovillefou, e outros menos cotados.

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O Morcego até sabe lutar contra bandidos de carne e osso, mas… fantasmas? Para complicar mais ainda, o velhote aparece de novo, se dizendo chefe dos fantasmas e exigindo que o herói tire a máscara. Será esse o fim do Morcego Vermelho?

No fim tudo se revela como um plano do Bruxinho Peralta para derrotar o Morcego Vermelho. Uma vez desmascarado o vilão, seus sortilégios perdem a capacidade de assustar. São apenas inofensivos monstrinhos da famosa máquina de criar monstrinhos, e apesar de assustadores, não podem fazer mal a ninguém.

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Menos assustadora que os monstrinhos é certamente a biografia de meu pai que escrevi, à venda por um preço até muito simpático:

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Um Chamado Do Fim Do Mundo

História do Zé Carioca, publicada pela primeira vez em 1982.

Mais uma vez o Zé e o Nestor são chamados pelo primo mineiro, o Zé Queijinho, para resolver um mistério no lugar onde ele mora, a Vila Fim do Mundo.

Papai começa com uma cena conhecida desse tipo de história: nossos heróis viajando numa velha e surrada jardineira (a mesma, aliás, usada em “O Crime da Cabra” de 1976, já comentada aqui), na “segunda classe”, ou seja, no teto do lado de fora, para economizar no dinheiro da passagem. É óbvio que “o barato sai caro”, e essa é a segunda piada da história, a primeira sendo a própria jardineira.

Chegando ao destino, o primo Zé Queijinho está às voltas com um suposto fantasma, que já afugentou quase todo mundo de lá. A princípio, como em “A Onça e o Valente” de 1978, também já citada aqui, parece que o Zé – desta vez acompanhado do Nestor – vai passar a história toda se escondendo do tal fantasma, mas no final acaba perdendo o medo e ajudando a solucionar o mistério.

O interessante é que a aparição do fantasma vai acontecendo à medida que o Zé Queijinho vai contando a história do que está acontecendo na vila, para um maior efeito de horror cômico (um gênero de quadrinhos aparentemente inventado por papai. Não é “humor negro”, exatamente, mas algo bem mais leve, e por isso mesmo muito mais engraçado).

ZC fim do mundo

No final a trama é bem mais de mistério policial do que de horror, apesar da presença de elementos como fantasmas e mulas sem cabeça, coisas comuns no folclore e imaginário do povo dos confins do Brasil.

Antenágora e o Fantasma!

História de terror, publicada pela Editora Taika na revista Almanaque do Além 130 (Nº AM-2, Mês 7) de 1970.

Na verdade, é uma história mais “espírita” do que de terror, propriamente, porque descreve um encontro bastante benigno entre um filósofo grego e um fantasma.

Os créditos desta história dão conta que a ideia original é de Edgar de Souza, adaptada para os quadrinhos por papai e com letras de Dolores Maldonado. O desenhista, apesar de não estar claro nos créditos, parece ser o próprio Edgar, que provavelmente pediu a papai uma história para que ele a pudesse desenhar. A julgar por outras histórias desenhadas por ele nesta mesma revista, incluindo a da Boneca, já comentada aqui, este parece ser o caso.

Esta é uma adaptação de uma história aparentemente contada em “O Manuscrito de Saragoça”, filme gótico de 1965, que por sua vez é inspirado em um livro clássico de literatura fantástica chamado “Manuscrito Encontrado em Saragoça”, de 1804.

Antenágora, o personagem principal, é provavelmente Atenágoras de Atenas, filósofo grego e apologista cristão no tempo em que o paganismo ainda era a religião oficial. Como todo bom cristão, ele não acredita em “superstições”, como fantasmas, até que se depara com um deles.

Mas, ao invés de fugir com medo, o filósofo, sempre pragmático, segue a aparição até um canto da propriedade, onde descobre alguns esqueletos enterrados sem demarcação e manda dar a eles um enterro digno no cemitério da cidade, efetivamente acabando com o distúrbio psíquico em sua nova residência. Os mortos só queriam ter paz.

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O Fantasma Do Castelo

História do Pateta, de 1982.

Para começar, esta história foi criada em 1973. Será que alguma outra história de papai passou esse tempo todo, nove anos, esperando numa gaveta até ser publicada?

Outra coisa interessante aqui é que o cachorro Pluto, que acompanha o Pateta na aventura, faz comentários em pensamento sobre o que vê, no mesmo estilo de outros personagens animais de papai, como o Alazão de Pau, o Cão do Urtigão, e até o gato Ronron.

Pateta nanico

 

Uma das marcas registradas do estilo de escrita de papai também está presente, nos trocadilhos usados nos nomes dos personagens. Assim, temos os primos (aparentemente escoceses) Macnan Nico, um baixinho, e Mac Chato (por motivos óbvios).

A Escócia, aliás, tem uma longa tradição de castelos assombrados, talvez com a maior concentração deles em todo o mundo. E além disso, se a “Ratagônia” é uma referência a ratos, já que o Mickey está lá, o quê seria a Patagônia?

A história em si usa vários dos elementos das antigas histórias de terror: uma noite chuvosa, um castelo lúgubre, um fosso cheio de jacarés ferozes e uma história de fantasma. Há também elementos de história policial, ou de mistério, onde dois primos disputam a propriedade do imóvel, que ganharam de herança.

Pateta nanico castelo

O elemento de humor fica por conta da comédia de erros e das trapalhadas. Não há uma página sem uma queda de alguém por cima dos outros e/ou sem alguém que venha rolando escada abaixo.

Pateta nanico escadas

 

O Pateta também chega perto de solucionar o mistério várias vezes, sempre meio por acaso,  mas nem mesmo com tudo concluído ele é capaz de “juntar os pontos” e entender o que aconteceu.