História do Scubidu e sua turma, escrita em setembro de 1978 e publicada pela Editora RGE em abril de 1979 na revista “Bionicão” número 9.
A associação de “fantasmas” com “óperas” é um clássico de todos os tipos de literatura. Mas a verdade é que até mesmo “O” Fantasma da Ópera é um “falso fantasma”, uma pessoa de carne e osso que vagueia pelas sombras de um grande teatro enquanto planeja suas maquinações.
Desse modo, e como sempre, o caso aqui é mais policial do que paranormal. Esse é o estilo escolhido pelos donos dos personagens, com o qual papai não concordava muito, mas seguia assim mesmo. O mistério, na verdade, nem é sobre o que está acontecendo, mas sobre os métodos do bandido disfarçado de fantasma e aqueles que serão usados para prendê-lo.
O vilão era sempre um ex-funcionário ou coisa parecida, alguém que quer prejudicar o dono de um negócio ou estabelecimento comercial, e ele sempre acabará preso no final.
A diferença nessas histórias de papai para os investigadores de fantasmas, é que sempre acaba aparecendo um fantasma de verdade no final. Era o modo dele de “protestar” contra o seco materialismo do criador dos personagens.
Hoje também aprendemos que o Scubidu, o personagem principal, é capaz de ver os fantasmas de verdade. Talvez seja por isso que ele tem tanto medo deles, ao contrário de seus amigos humanos. Eles não acreditam em assombrações, e talvez seja por isso mesmo que eles não são capazes de vê-las.
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