O Comprador De Bondes

História do Zé Carioca, de 1976.

Diferentemente do “Comprador de Fazendas”, que é um golpista, o “Comprador de Bondes” é a vítima de um golpe. O tema de hoje vem do folclore do Rio de Janeiro e da fama que alguns moradores da cidade tinham, desde os anos 1940, de serem vigaristas. Ao que parece, houve um tempo em que era comum ver na cidade pilantras de todos os tipos aplicando golpes em turistas e demais forasteiros, especialmente aqueles mais ingênuos, vindos do interior ou de outro estado.

O chamado “conto do vigário” de modo geral consiste em fazer algum incauto achar que vai ganhar muito dinheiro com algum negócio absurdo proposto, no meio da rua mesmo, por um desconhecido. Um dos mais antigos e comuns, praticados até hoje com surpreendente eficácia, é o “golpe do bilhete premiado”. Outros golpes modernos, principalmente no Rio de Janeiro, envolvem locais turísticos como o morro do Corcovado ou os altos preços praticados na cidade. O potencial turista, especialmente nas Olimpíadas que se aproximam, deve pesquisar bastante e ficar atento.

Nesses casos, onde a ganância da própria vítima é explorada de maneira bastante hábil, há pouco o que se possa fazer para reverter a situação, afinal, a rigor não houve crime. A vítima entregou seu dinheiro de boa vontade em troca de algo que na verdade não vale nada. Ir à polícia, ou acionar advogados em tentativas desesperadas de reaver o dinheiro perdido de pouco adianta.

No caso do Zé Queijinho, é um lote de antigos bondes que “vão para sucata”, como se esse fosse o nome de um local na cidade. E provavelmente, essa coincidência linguística foi o estopim da ideia toda.

ZC bondes

Feito o estrago, a única maneira de reaver o dinheiro é ser mais esperto do que o golpista, e aplicar, nele também, um (contra) golpe de igual teor. Mas é claro que a história não fica só nisso, e o hilário final nos devolverá ao começo, como era costume de papai fazer.

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Olimpíadas No Olimpo

História do Peninha, de 1984, escrita e publicada por ocasião das Olimpíadas de Los Angeles, que aconteceram naquele mesmo ano.

Se, em 1972, o “Pateta Olímpico” representava as Olimpíadas da Era Moderna, a história que comento hoje nos leva de volta aos tempos da Grécia antiga.

O fato é que Zeus está entediado, lá no alto do Monte Olimpo, e Hermes, o mensageiro dos deuses, é enviado à terra abaixo para ordenar aos mortais que divirtam o deus supremo. Os escolhidos, mais por obra do acaso do que desígnio, e aliás bem em linha com as vertentes mais fatalistas do modo de pensar da Era Clássica, são o Peninha, em sua identidade como “Penóibos”, e seu sobrinho Biquinho, aqui chamado de “Bikinhos”. Os finais em “OS” são comuns em nomes e sobrenomes gregos até hoje, e muito usados também para fazer graça com eles.

Peninha Olimpo

O interessante é que existe mesmo, desde tempos antigos, uma cidade na base do monte, chamada Litókhoro. Era ali perto, aliás, que Alexandre O Grande e seu pai, o rei Felipe da Macedônia, faziam suas oferendas aos deuses.

Papai faz, aqui, um esforço usar apenas os nomes gregos dos deuses, mas é muito fácil e muito comum que as pessoas façam confusão entre os nomes gregos e romanos dessas divindades. Alguns, como Hermes e Zeus, são mais conhecidos. Mas outros, como Hefestos e Apolo, podem ser mais facilmente identificáveis por seus nomes romanos. Era comum papai confundir um pouco, e usar o nome romano do deus do Sol em lugar do grego.

Peninha Olimpo1

Hoje vemos, também, uma espécie de “origem” da Companhia Teatral Peninha. Assim como há Metralhas em todas as épocas e civilizações, ao que parece há também diferentes “encarnações” da CTP.

Peninha Olimpo2

No final das contas, apesar de todas as confusões e bagunças da trama, que servem para divertir o leitor até mais do que aos deuses, esta é mais uma daquelas aulas informais de história que ele gostava de dar, com informações históricas corretas até o último detalhe, incluindo as datas. Nossa história começa no ano 780 antes de Cristo, e termina quatro anos depois, em 776 AC. Se isso causar estranheza a alguém, é preciso lembrar que os anos antes de Cristo contam-se de trás para frente, como uma espécie de “contagem regressiva”.

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Os Metralhas Invulneráveis

História dos Irmãos Metralha, publicada uma só vez em 1975.

Este é mais um plano “quase perfeito” dos Metralhas que vai dar errado por causa de um pequeno detalhe. Mas, mais do que isso, é mais uma daquelas sacadas quase proféticas de papai.

O método de criação é o típico de papai: trocadilhos em nomes, como o autor do livro que o Intelectual está lendo no primeiro quadrinho (“Como Fugir da Prisão, por Celso Miço”), e uma série de pequenas piadas infames que vão, aos poucos, minando qualquer (ainda que improvável) resistência do leitor ao riso.

Metralhas invulneraveis

O problema é que a própria arma dos bandidos vai se virar contra eles, como um feitiço contra o feiticeiro, e é aqui que está a “profecia”: com aproximadamente 40 anos de antecedência, temos um vislumbre de uma das armas não letais que já estão em uso hoje, a arma de espuma pegajosa.

Metralhas invulneraveis1

Afinal, não é surpresa nenhuma que os Metralhas sejam presos no final. O interessante, como sempre, é ver não apenas como isso vai acontecer, mas também testemunhar todas as trapalhadas e reviravoltas de mais um plano maléfico “infalível” e mirabolante.

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A Fonte da Juventude – Inédita

História do Urtigão, escrita e rafeada em 19 de junho de 1993, e nunca publicada.

Trata-se de uma “batalha de esperteza” entre o Urtigão e o Juca Piau ao redor do antigo mito da fonte da juventude, que também já foi bastante trabalhado por papai, em histórias para vários personagens, como o Mickey, por exemplo.

Lendo daqui, eu pessoalmente acho a história boa o suficiente. Não é, talvez, uma grande obra prima (é óbvio que ele escreveu melhores), mas “funciona”. O problema é que a pessoa da lapiseira azul não pensava assim, e passou pelas páginas riscando liberalmente, por mera vontade de não comprar a história. Ou isso, ou leu e não entendeu patavina do roteiro que, convenhamos, não é tão complicado assim.

Eu até fui ao Inducks pesquisar para ver se havia algum “Nhô Pafúncio” da turma do Urtigão que papai pudesse por algum descuido ter descaracterizado, e não encontrei. Talvez não seja absolutamente necessário que o velho capiau seja mostrado como avô, exatamente, do Juca, mas o fato de ser não prejudica a trama. Não há motivo nenhum para a “riscação” toda, sinceramente.

Já o lago, obviamente, tem uma parte rasa e uma parte funda. São raros, aliás, os corpos de água que têm uma profundidade uniforme. É um laguinho, não uma piscina de condomínio. Será que isso é tão difícil de entender? Ou é mesmo preciso subestimar a inteligência do leitor e explicar? (E de novo a implicância com o uso da expressão “devera”… Quem era essa pessoa??? Dou um doce para quem me contar.)

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Os Oito do Forte

História do Gordo, de Ely Barbosa, escrita em agosto de 1987 e publicada pela Editora Abril na revista número 13 do personagem em janeiro de 1988.

Brincadeiras infantis da infância de papai eram um tema recorrente em suas histórias, e ele usou várias vezes a brincadeira do “Forte”, para vários personagens, como o Pena Kid e o Mickey, por exemplo. A diferença, aqui, é que o Forte não se propõe a ser Apache nem da Legião Estrangeira, mas faz referência a um episódio da História do Brasil.

Gordo forte

A “Revolta dos 18 do Forte de Copacabana” aconteceu em 1922 para expressar um descontentamento dos soldados de baixa patente das Forças Armadas com o modo de governo da época.

A trama, aqui, mistura um pouco da malandragem que o Gordo, na versão de papai, “herdou” do Zé Carioca, com uma briga entre moleques e um pequeno mistério sobre os reais motivos da briga. Há, também, um pouquinho de desconstrução do machismo, mostrando que não existem brincadeiras “de menino” e “de menina”.

Gordo forte1

Papai aproveita, como costumava fazer sempre que possível, para citar os nomes de todos os personagens ao longo das páginas, para que o leitor que não conhecesse os personagens não se sentisse alienado. Mas, mesmo colocando a turma toda, e incluindo a turminha rival e bichos de estimação como o Bode Cheiroso e o chihuahua El Tigre, o máximo de integrantes que papai consegue reunir para defender o Forte é oito. Dez a menos. Daí o título da história.

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Zé Bolinha

História do Zé Carioca, de 1975.

(Ao escrever esta história mal sabia papai que, após deixar os quadrinhos, ele próprio se veria trabalhando como segurança, inclusive no turno noturno.)

Mas ao contrário do Zé, ele não fazia a “proeza” de acordar de hora em hora para bater o ponto. Sempre foi um segurança muito sério, e gostava de sua nova profissão. Mas é claro que os quadrinhos sempre foram a paixão de sua vida.

Já no caso do Zé, parecia o trabalho perfeito. Mas só parecia. Patrão nenhum gosta de ver seus empregados dormindo em serviço, o Tio Patinhas que o diga.

O fato é que, logo após ser demitido, o papagaio malandro começa a engordar misteriosamente. Quem prestar bastante atenção ao primeiro quadrinho, como em um jogo dos 7 erros, já vai ter uma ideia do que pode estar acontecendo.

ZC bolinha

A história segue entre as gozações da turma da Vila Xurupita, que logo o apelida de “Zé Bolinha” por conta do formato da barriga, e os esforços da Rosinha para tentar ajudar o Zé a emagrecer. Interessante é o nome de um impresso que cai de suas mãos quando ela entra no barraco do namorado.

Anos mais tarde, em 1982, mamãe viria a colecionar os fascículos de um livro publicado pela Editora Abril e chamado, justamente, “Coma e Emagreça”. (Se eu ainda tivesse alguma dúvida de que papai era, além de tudo, “meio vidente”, agora não teria mais.) Este livro, completo e já encadernado, está em nossa estante até hoje.

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Ao que parece não foi só papai que achou que este seria um nome sugestivo para um livro de receitas “light”, dado o aparente paradoxo entre os conceitos “comer” e “emagrecer”.

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A Volta Do Homem Elástico

História do Morcego Vermelho, publicada uma vez só em 1979.

O Homem Elástico foi criado por papai em 1973 para ser adversário do Morcego. Ele foi usado em apenas duas histórias, diga-se de passagem. Aquela na qual ele foi criado e nesta. E apesar de ser, sem dúvida, muito “elástico”, ele não é exatamente um homem, mas sim um robô.

A trama parece respeitar a passagem real do tempo: o criador do robô, o perigoso Dr. Estigma, está preso desde 1973, e sua invenção do mal foi incorporada à ala da polícia no Museu de Patópolis. Assim, quando ele volta a atacar, surge um mistério policial para ninguém botar defeito: será um novo robô? Um novo inventor/operador? Quem poderá estar por trás de tudo isso?

Enquanto nosso herói não desvenda o mistério com a ajuda do Donald, sempre alternando identidades entre Peninha e Morcego Vermelho, o leitor se diverte com as correrias pela cidade, as trapalhadas e as entaladas na Lata de Lixo Morcego. Como sempre, papai vai deixando pistas ao longo dos quadrinhos, na esperança de que o leitor as siga e chegue às suas próprias conclusões.

MOV elastico

O plano dos bandidos, também como sempre, é bem bolado, mas uma máquina eletrônica é apenas tão boa quanto a sua programação. Um erro bobo e completamente hilário porá fim, desta vez definitivamente, às estrepolias do Homem Elástico.

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As Caçadoras da Arca Perdida – Inédita

Esta é a segunda “história testamento” de papai, de três que ele escreveu em sua fase final. A personagem principal é a Margarida, juntamente com as amigas do “Clube da Aventura”, e ela foi composta em 12 de junho de 1993.

Esta trama é uma impressão da vivência de papai na Terra Santa, uma ode a Jerusalém e ao Estado de Israel, e é claramente inspirada no filme sobre o mesmo tema do personagem Indiana Jones. Tanto, que desta vez ele se coloca como um dos personagens centrais, sob o nome de Professor Said Mulla, um arqueólogo árabe da Autoridade das Antiguidades de Israel.

Said era o apelido dele na Abril (e fui eu quem comentou com ele, ainda nos anos 1980, que parecia um nome árabe) e “Mulla” é uma brincadeira que mistura o título Mullah, uma espécie de líder religioso muçulmano, e o nome de um animal que é resultado do cruzamento de um jumento com uma égua. O nome do personagem acaba soando como “saí de mula”.

A importância que papai dava à história se vê no uso das folhas de Rough que a Editora enviava pelos correios, que eram poucas para a criatividade e produção intensas dele. Assim, ele as guardou para as criações realmente importantes, do ponto de vista dele, é claro. Esta é uma história que dificilmente se encaixaria no “modelo Disney”, por toda a carga política que o tema “Israel” carrega, por si só..

A história versa sobre o paradeiro da famosa Arca da Aliança, que – dizem – pode estar no Egito (teoria do Indiana Jones), lá mesmo no Monte do Templo, escondida em algum canto (teoria pouco provável, especialmente após as escavações criminosas dos Palestinos sob o  Monte, nos chamados “estábulos de Salomão”), na Etiópia, ou até mesmo em Oak Island, na costa do Canadá.

Papai acreditava mais na narrativa do desaparecimento da Arca no livro bíblico de II Macabeus, no qual se relata que o profeta Jeremias a teria escondido em uma caverna no Monte Nebo, que hoje fica na Jordânia.

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Sobre estes anúncios

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A Galinha Marciana

História da Turma do Lambe-Lambe, de Daniel Azulay, escrita em abril de 1982 e publicada pela Editora Abril em setembro do mesmo ano, na revista número 5 da série.

É uma comédia de erros desencadeada pela falta de comunicação entre o Professor Pirajá e a Galinha Xicória. Ele inventa algo importante, mas não quer contar a ela o que é. O problema é que ele resolve esconder tudo, fórmula e invenção, justamente na cozinha. Daí até a empregada encontrar e fazer a maior confusão são dois palitos.

Interessante é a sacada do “desmaio ao contrário”: já que ela não pode cair para baixo, por força da poção que tomou, então ela acaba indo bater no teto.

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O resto da trama é uma confusão e histeria coletiva com o tema “discos voadores”, na qual até mesmo a galinha flutuante é confundida com um “marciano”. A coisa toda lembra um pouco várias outras histórias de invenções e UFOs que papai escreveu naqueles tempos para a Disney.

E a “lição de moral” é clara: quem vive em uma casa com outras pessoas não deve ter segredos absolutos, nem escondê-los onde possam ser facilmente encontrados. O mesmo vale para materiais perigosos, como certos produtos de limpeza, por exemplo. Uma comunicação franca e verdadeira, por mais que você ache que a outra pessoa não vai entender, e mesmo que seja só para dizer “não mexa nisso”, é sempre a melhor política.

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Os Sete Anões Maus

História do Mancha Negra, de 1976.

Não era incomum para papai repetir nomes de histórias, ou fazer variações sobre um tema. Já vimos isso acontecendo em outras postagens deste blog. Há outra história dele com os Sete Anões Maus e a Madame Min, de 1980, já comentada aqui, que parece ser uma versão melhorada desta que vemos hoje.

O que vemos aqui é um daqueles casos em que o editor mudou o nome da história. Mas quem for pesquisar nas listas de trabalho verá, em novembro de 1975, uma história de nove páginas chamada “Mancha Negra E Os 7 Anões (II)”. E quem for pesquisar no Inducks por histórias do Mancha com “7 Anões” vai acabar encontrando estas duas, e mais nenhuma outra.

Outros sinais de que papai passou por aqui são a citação de todos os nomes dos Anões, que ele sempre costumava repetir em quase todas as histórias que escrevia para eles, para que o leitor soubesse mais ou menos quem é quem, e a cena de briga na qual só aparecem onomatopeias, que ele usava bastante para vários personagens.

Mancha anoes Mancha anoes1

A trama é bem ao estilo de papai: perdido na Floresta Negra, lugar mágico onde até as árvores e plantas são vilãs e costumam morder, o Mancha Negra encontra com os Sete Anões Maus e idealiza um plano para se aproveitar deles. Enquanto isso, os Anões também têm ambições de passar a perna no Mancha. É o velho ditado em ação: “não existe honra entre ladrões”.

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Obviamente, o plano de assalto não pode dar certo, mas o pior não é isso. Em uma espécie de “requinte de crueldade” de papai, o Mancha vai se dar duplamente mal, ser preso e inclusive passar por doido. Pois é, o crime não compensa.

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