O Sumiço Dos Herdeiros

História do Zé Carioca, de 1975.

Estamos novamente na ilha-fortaleza do Coronel Zé Do Engenho, para mais uma “sessão mistério” inspirada em antigas histórias de terror e clássicos da literatura do gênero policial. Esta é a continuação da história chamada “Herdeiros Trapaceiros”, já comentada neste blog.

Como já foi explicado, e vemos novamente aqui, o acesso à casa é restrito e perigoso. O rio que cerca a ilha é infestado de piranhas e jacarés, e o acesso se dá por avião e barco. É impossível sair ou entrar sem permissão ou sem ser percebido.

Esse tipo de fortaleza tem uma grande desvantagem, que reside justamente no acesso difícil. Se o ocupante do lugar é realmente quem de direito, então tudo bem. Mas se inimigos ardilosos conseguirem se infiltrar, o local acaba se transformando em uma perigosa armadilha.

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O interessante é ver que papai imprime a cada um dos primos do Zé uma personalidade diferente. Assim, além de “especialista em café”, o Zé Paulista é o certinho da turma, sempre querendo fazer as coisas direito, como usar o telefone para chamar a polícia, o que não será possível, é claro. Outro primo de personalidade forte é o corajoso Zé Pampeiro, que é quem vai acabar bancando o detetive e descobrindo a solução do mistério.

Já o Zé Carioca, personagem principal da trama, vai passar a história inteira “desaparecido”. À medida que o mistério se aprofunda todos os que não estão na sala no primeiro quadrinho se tornam suspeitos, a começar com a Dona Currupaca, que logo na primeira página serve um café “esquisito” e em seguida some. Será que ela colocou alguma coisa na bebida? E será mesmo que todos os presentes na primeira cena são mesmo inocentes? Será que todo mundo ali é mesmo quem diz ser?

E cadê o Zé, afinal? Terá ele sido a primeira vítima dos vilões, fugido de medo (todo mundo sabe que ele não é nada destemido), ou será ele mesmo o vilão? Será que ele realmente teria a coragem de se voltar contra a própria família? E quem está dentro da armadura medieval, em nome de tudo o que é mais sagrado??? (Lembrando que a armadura já aparece logo no primeiro quadrinho, o que poderia livrar o personagem oculto de culpa, mas a atitude furtiva de seu ocupante não o isentará lá muito aos olhos do leitor transformado em detetive.)

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Com o passar das páginas essas perguntas todas serão respondidas, enquanto a perseguição dos vilões à família de papagaios vai se tornando cada vez mais explícita e o embate entre os bons e os maus cada vez mais direto, até o confronto final.

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O Comprador De Bondes

História do Zé Carioca, de 1976.

Diferentemente do “Comprador de Fazendas”, que é um golpista, o “Comprador de Bondes” é a vítima de um golpe. O tema de hoje vem do folclore do Rio de Janeiro e da fama que alguns moradores da cidade tinham, desde os anos 1940, de serem vigaristas. Ao que parece, houve um tempo em que era comum ver na cidade pilantras de todos os tipos aplicando golpes em turistas e demais forasteiros, especialmente aqueles mais ingênuos, vindos do interior ou de outro estado.

O chamado “conto do vigário” de modo geral consiste em fazer algum incauto achar que vai ganhar muito dinheiro com algum negócio absurdo proposto, no meio da rua mesmo, por um desconhecido. Um dos mais antigos e comuns, praticados até hoje com surpreendente eficácia, é o “golpe do bilhete premiado”. Outros golpes modernos, principalmente no Rio de Janeiro, envolvem locais turísticos como o morro do Corcovado ou os altos preços praticados na cidade. O potencial turista, especialmente nas Olimpíadas que se aproximam, deve pesquisar bastante e ficar atento.

Nesses casos, onde a ganância da própria vítima é explorada de maneira bastante hábil, há pouco o que se possa fazer para reverter a situação, afinal, a rigor não houve crime. A vítima entregou seu dinheiro de boa vontade em troca de algo que na verdade não vale nada. Ir à polícia, ou acionar advogados em tentativas desesperadas de reaver o dinheiro perdido de pouco adianta.

No caso do Zé Queijinho, é um lote de antigos bondes que “vão para sucata”, como se esse fosse o nome de um local na cidade. E provavelmente, essa coincidência linguística foi o estopim da ideia toda.

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Feito o estrago, a única maneira de reaver o dinheiro é ser mais esperto do que o golpista, e aplicar, nele também, um (contra) golpe de igual teor. Mas é claro que a história não fica só nisso, e o hilário final nos devolverá ao começo, como era costume de papai fazer.

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Os Visitantes

História do Zé Carioca, de 1974.

Volta e meia, os primos do Zé vão visitá-lo no morro, no Rio de Janeiro. Até aí, tudo bem, se eles não calhassem de aparecer, na maioria das vezes, quando o Zé está desempregado (o que é bem comum, diga-se de passagem).

ZC Visitantes

Isso, aliado à presença de certos “animais de estimação”, como o Bode Cheiroso e a Cabra Gabriela, que comem literalmente tudo o que lhes aparece à frente do focinho, sempre é receita certa para uma boa confusão.

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Como ele terá de hospedar o Zé Queijinho por alguns dias e como sempre está com a despensa vazia, ele sugere que o primo arranje um emprego (quem sabe assim ele desanima de ficar por muito tempo?), um plano que de um modo ou de outro acaba dando até certo.

Interessante é que o Zé, apesar das calúnias de que ele “não gosta de trabalhar” e apesar de a ideia original dele nesta história ter sido arranjar um emprego para o primo (e não exatamente para si próprio), não é totalmente contra ter um emprego de vez em quando, e acaba ele também arranjando um, de vigilante numa escola, durante as férias. Ou seja, é um trabalho fácil e sem muita complicação, bem ao gosto do papagaio.

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O Sumiço Da Gabriela

História do Zé Carioca, de 1975.

Esta é mais uma daquelas histórias nas quais o Zé Queijinho, primo mineiro do Carioca, convida o Zé e o Nestor para irem à Vila-Fim-Do-Mundo (aquela que fica depois de onde Judas perdeu as botas) investigar um mistério. É que o primo sabe que eles são detetives no Rio, e na sua ingenuidade de matuto acredita que é uma ocupação séria.

Desta vez temos o sumiço da cabra Gabriela, mascote do Zé queijinho, a poucos dias de um grande concurso de cabras leiteiras na vila. O Zé, que aparentemente andou lendo livros de Agatha Christie, logo vai raciocinando como um clássico detetive desse tipo de história. Papai me dizia que o primeiro passo para desvendar uma trama dessas é descobrir quem é que tem o motivo para cometer o crime.

Desse modo, todas as suspeitas apontam para o “Coroner” Pafúncio e a nova cabra que ele acaba de mandar vir da capital, chamada Amélia. Cabra essa, aliás, que chegou no mesmo ônibus que o Zé e o Nestor.

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O nome “Amélia” me lembra uma antiga canção de nome “Saudades da Amélia“, de Ataulfo Alves e Mário Lago. Isso me faz pensar que o nome “Gabriela” pode muito bem ter sido inspirado na canção tema da heroína de “Gabriela Cravo e Canela“, de Jorge Amado. Conhecendo o estilo de papai como eu conheço, a ideia faz sentido.

Mas investigar a fazenda do coronel não vai ser fácil: além dos 20 capangas e dos dois cães de guarda, o lugar tem também uma “onça de guarda”. Se, com o passar dos anos, o Zé até que “chegou a um acordo” com jacarés e crocodilos (o outro terror animal das histórias criadas por papai), as onças nunca deixaram de ser um problema. A ideia do Zé para entrar às escondidas na fazenda do coronel rival até que é boa, mas ele esquece que felídeos são animais “tridimensionais”, que não se limitam a ficar apenas no chão:

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Mas como sempre acontece nas histórias de papai nada é tão simples, e nem sempre o raciocínio dos livros policiais se aplica. A solução do sumiço da cabra é só metade da história, que continua recheada de surpresas até o último quadrinho.

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Férias No Rio

História do Zé Carioca, de 1979.

De vez em quando, os parentes “regionais” do Zé Carioca resolvem visitá-lo. Todos juntos. Ao mesmo tempo. E ainda por cima sem combinar nada, nem com o Carioca, e nem entre si. Eles vão chegando, um de cada vez, em rápida sucessão. É uma coisa que acontece meio que por acaso, meio que por sincronicidade.

Pior: se acomodam no casebre do primo quase sem pedir licença e sinceramente esperam dele (que nunca tem dinheiro nenhum) que os hospede na casinha feita de caixas de sabão (onde mal cabe um papagaio só, o que dirá meia dúzia) e alimente por um mês inteiro. E agora, José?

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Mais do que o aparecimento das visitas (cada novo Zé adicionando um pouco mais de complicação à trama), a graça da história fica por conta das tentativas desastradas do Carioca de se livrar das visitas inconvenientes, mas com o cuidado de não parecer rude, para não ofender os parentes. Assim, ele vai inventando desculpa atrás de desculpa, e a cada uma delas se complica mais.

A solução da história amarra as pontas soltas do tema “férias no Rio” de maneira surpreendente, mas se eu contar, perde a graça. Esta história (e as outras que eu comentei esta semana, e mais algumas que já foram comentadas neste blog) pode ser lida no mais recente Almanaque do Zé Carioca (Edição 24), o que traz o Zé na rede amarrada ao coqueiro na capa, e que ainda deve estar nas bancas na região sudeste.

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Um Natal Inesquecível

História do Zé Carioca, de 1974.

É véspera de Natal, o Zé como sempre está sem dinheiro nenhum, e seus primos regionais de repente começam a aparecer do nada para passar as festas com ele. E agora, José?

Um por um, vão chegando Zé Queijinho, Zé Paulista, Zé Jandaia e Zé Pampeiro, cada um trazendo uma árvore de Natal de presente. Quer dizer, todos, menos o Zé Pampeiro, que trouxe DUAS árvores de Natal. Todas pinheiros naturais, menos a do Zé Paulista, que é artificial, mas pelo menos já veio com os enfeites. Mas como o Zé queijinho trouxe a cabra Gabriela, algumas delas acabam sendo “vitimadas” pelo bicho, incluindo a árvore artificial.

ZC Natal

Mas o Zé Carioca estaria contente se o problema fosse só as árvores. Como é que ele vai alimentar essa cambada toda de parentes, assim sem aviso prévio e sem dinheiro? Situações desesperadas exigem, é claro, medidas desesperadas, e o Zé resolve (argh) trabalhar como entregador de presentes de uma loja para conseguir algum dinheiro, enquanto manda o Nestor distrair a turma com alguma história mirabolante.

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O mais engraçado é que os primos acreditam nas mirabolâncias do Nestor, e saem em busca do Zé. No final é claro que tudo se resolve e todos têm a sua feliz e farta ceia, mas não exatamente com o dinheiro que o Zé ganhou trabalhando.

O Natal é realmente uma época mágica, onde tudo pode acontecer, tornando cada um deles realmente um acontecimento inesquecível. É neste espírito que desejo aos leitores deste blog um Feliz Natal, e um próspero Ano Novo.

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Um Chamado Do Fim Do Mundo

História do Zé Carioca, publicada pela primeira vez em 1982.

Mais uma vez o Zé e o Nestor são chamados pelo primo mineiro, o Zé Queijinho, para resolver um mistério no lugar onde ele mora, a Vila Fim do Mundo.

Papai começa com uma cena conhecida desse tipo de história: nossos heróis viajando numa velha e surrada jardineira (a mesma, aliás, usada em “O Crime da Cabra” de 1976, já comentada aqui), na “segunda classe”, ou seja, no teto do lado de fora, para economizar no dinheiro da passagem. É óbvio que “o barato sai caro”, e essa é a segunda piada da história, a primeira sendo a própria jardineira.

Chegando ao destino, o primo Zé Queijinho está às voltas com um suposto fantasma, que já afugentou quase todo mundo de lá. A princípio, como em “A Onça e o Valente” de 1978, também já citada aqui, parece que o Zé – desta vez acompanhado do Nestor – vai passar a história toda se escondendo do tal fantasma, mas no final acaba perdendo o medo e ajudando a solucionar o mistério.

O interessante é que a aparição do fantasma vai acontecendo à medida que o Zé Queijinho vai contando a história do que está acontecendo na vila, para um maior efeito de horror cômico (um gênero de quadrinhos aparentemente inventado por papai. Não é “humor negro”, exatamente, mas algo bem mais leve, e por isso mesmo muito mais engraçado).

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No final a trama é bem mais de mistério policial do que de horror, apesar da presença de elementos como fantasmas e mulas sem cabeça, coisas comuns no folclore e imaginário do povo dos confins do Brasil.

O Crime Da Cabra

Esta história do Zé Carioca, publicada pela primeira vez em 1976, é inspirada na peça de teatro do mesmo nome, escrita em 1965 por Renata Pallottini.

Conta-se que durante o período da ditadura a peça chegou a ser censurada. A obra conta a história de uma cabra que comeu o dinheiro no exato momento em que um comprador discutia o preço do animal com o comerciante. A peça então se desenvolve numa discussão em torno de quem seria o proprietário da cabra: quem ia comprar, ou quem ia vender? A tese defendida por Renata Pallottini era que o animal deveria pertencer à pessoa de maior necessidade.

Censurada ou não, eu me lembro que papai levou a família para assistirmos a peça no teatro do SESC de Campinas, no final de 1975 ou início de 1976. Íamos muito lá, aliás. Ele gostou muito do que viu, e resolveu adaptá-la para os quadrinhos.

É claro que a versão dele é um pouco diferente. Da peça original, o único elemento que fica é a cabra que come dinheiro, aqui representada pela Gabriela, a cabra do Zé Queijinho, o primo mineiro do Zé Carioca.

O mineiro vai então ao Rio para chamar o carioca, e acaba convencendo o primo a voltar com ele para Minas e tentar conversar com o delegado, que prendeu a Gabriela e quer “de volta” 5 mil cruzeiros que ele *diz* que a cabra comeu, juntamente com um colchão velho.

Pela placa no ônibus que  dupla toma para chegar lá, aprendemos que a “Vila Fim do Mundo”, onde mora o Zé Queijinho, fica ainda mais longe do que onde o Judas perdeu as botas…

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Outra coisa interessante é a cara do tal delegado, que me lembra algo saído das primeiras histórias do Mickey, aquelas que ainda eram desenhadas pela equipe do velho Walt. Alguém com uma memória um pouco melhor que a minha pode me ajudar com essa cara? Não sei se estava no rascunho original de papai, ou se foi inserção do Renato Canini…

Ze Finorio

De fato, o Zé dá uma de “advogado de cabra”, e usa a inexistência de leis que tratem de crimes cometidos por cabras no Código Penal Brasileiro para exigir a soltura do animal.

A Onça E O Valente

Nos tempos de criança de papai, quando ele morava na fazenda, o povo do interior costumava se reunir na praça para conversar, e se divertia contando vantagens principalmente sobre dois tipos de atividades que eram comuns entre o povo do campo naquela época: a caça e a pesca.

Dentre as caçadas, as mais perigosas, que exigiam mais coragem do caçador, eram certamente as de onças. Era uma tradição que vinha desde os tempos da colonização, quando o “espírito” da onça, sua força e ferocidade, era uma parte importante da cultura indígena.

Esta história do Zé Carioca publicada em 1978 é uma típica lorota de caçador de onças. Pois, afinal, “quem conta um conto aumenta um ponto”, e não raro essas histórias de caçador continham muitos exageros dos fatos reais, ou eram totalmente inventadas. Quem não conhece, por exemplo, a história de pescador “daquele peixe que escapou”, que era deeeesse tamanho? Então:

O fato é que o Zé Queijinho, primo mineiro do Zé Carioca, está às voltas com uma enorme onça que está tentando transformar a cabra Gabriela em jantar.

Outro fato é que, enquanto o Nestor e o Zé Queijinho tentam manter a onça afastada, o Zé Carioca passa a história inteira desmaiando de medo a cada vez que ouve alguém pronunciar a palavra “onça”.

E a graça da história toda é essa: seria apenas mais uma “história de onça”, se não fosse a “valentia” do personagem que deveria ser o protagonista.

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Mas é claro que, uma vez de volta ao Rio de Janeiro, a história que o Zé conta para a Rosinha é bem outra, para a surpresa e indignação do Nestor.