A Babá-Morcego

História do Morcego Vermelho, de 1976.

O nosso herói tem sido tão eficiente no combate ao crime em Patópolis que nem acontecem mais assaltos pelas ruas, o próprio Morcego mal tem tido o que fazer, e os bandidos estão se sentindo muito frustrados.

A sensação de segurança é tão grande, na verdade, que quando “Cara de Bebê” e “Cara de Babá” resolvem agir na tentativa de desmascarar o Morcego, o herói nem desconfia de que pode estar correndo perigo.

E a inocência dele, como sempre acontece em histórias Disney (aliada ao seu grande talento para trapalhadas) será sua própria proteção e salvação.

Hoje temos um novo vilão, o “João Ratão”, usado somente nesta história. Ele é similar ao Zé Ratinho, comparsa do Dr. Estigma, e seu nome lembra o de um dos personagens da História de Dona Baratinha, o Doutor João Ratão, o noivo guloso e afoito que tentou comer antes da hora e caiu na panela do feijão, desgraçando a si mesmo e à noiva.

Nesta história a função do João Ratão é ser o interlocutor do Cara de Babá enquanto o “bebê” está agindo, já que o diálogo entre os dois é parte integrante (e importante) da narração. É, em grande parte, por meio da conversa deles que o leitor fica sabendo dos detalhes do plano.

Papai poderia ter deixado o vilão grandão sozinho e usar balões de pensamento, por exemplo, mas aí a coisa toda não seria tão divertida.

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O Estúpido E O Comprido

História do Morcego Vermelho, de 1977.

Vender “proteção” (na verdade, extorquir dinheiro mediante ameaça, em troca de não causar danos a pessoas e suas propriedades) é um método antigo de máfias e criminosos em geral para “levantar um dinheiro fácil” pela exploração de comerciantes de rua ou pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Este é um crime que pode ser praticado em muitos níveis, do mais grosseiro ao mais sofisticado (desde a simples abordagem violenta até o uso de “fachadas” como a da agência de seguros desta história), e que é muito difícil de combater, já que raramente há provas materiais que possam incriminar o agressor.

Geralmente é a palavra da vítima contra a do bandido dissimulado, que fará de tudo para se colocar em posição de superioridade e desacreditar o extorquido, inclusive com o uso de técnicas de tortura psicológica como o “gaslighting“, por exemplo.

A tarefa dos heróis, hoje, será enfrentar os dois vilões e virar o jogo com inteligência e habilidade, evitando se enredar nas manipulações deles.

Já os bandidos em si guardam uma grande semelhança com personagens clássicos como “o Gordo e o Magro” em uma versão “do mal”. O título desta estória também é uma referência à novela “Estúpido Cupido“, a última novela em preto e branco exibida pela Rede Globo de Televisão em 1976-77.

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Um Lixo De Armadilha

História do Morcego Vermelho, de 1977.

A Lata de Lixo Morcego é realmente um esconderijo original. Reza a lenda que foi o desenhista Herrero quem sugeriu que o herói usasse esse tipo de objeto como base para suas atividades, mas certamente nem mesmo ele foi capaz de imaginar todos as situações insólitas que papai criaria com ela como tema.

Para começar, o uso do trocadilho entre as palavras “entalado” e “enlatado” se tornou frequente para adicionar graça às histórias, o que faz também o leitor pensar um pouquinho que seja sobre as palavras e seus significados, e perceber que é possível usá-las de maneira criativa.

Além disso ela é um objeto bastante “portátil”, que sai do lugar com facilidade. Isso até é uma coisa boa, pois assim o herói pode colocá-la a cada vez em um beco diferente da cidade, mas também pode ser uma desvantagem, pela facilidade com que ela acaba se envolvendo em acidentes de todos os tipos. Sair rolando ladeira abaixo é o mínimo.

Ela na verdade é uma sátira ao Super Homem, que se troca em uma cabine telefônica. O próprio Morcego já se viu forçado a se trocar em uma, “como um herói comum”, aliás. O interessante é que as cabines telefônicas já se tornaram perfeitamente obsoletas, mas as latas de lixo continuam por aí.

A grande sacada desta história é que o Morcego permanece enlatado, quer dizer, entalado, ou melhor, aprisionado dentro de uma lata de lixo robô do mal inventada pelo Dr. Estigma durante todo o tempo, e ainda assim consegue combater o vilão, mesmo que indiretamente. A mais engraçada cena é certamente o momento em que a criação se volta contra seu criador, com o herói dentro. Ninguém segura o Morcego Vermelho!

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O Supermorcego Vermelho

História do Morcego vermelho, de 1983.

Papai gostava de distribuir os superamendoins do Superpateta entre os outros personagens Disney. Todos os anos ele criava uma história ou duas nesse sentido, cada uma com um “premiado” diferente.

Hoje chegou a vez do Morcego Vermelho que, diga-se de passagem, sempre se sentiu frustradíssimo por não ter poderes especiais como os outros heróis de Patópolis. O interessante, como sempre, é a solução que papai encontra para fazer o pato engolir um superamendoim sem sequer entender o que está acontecendo, nem ver com quem trombou logo antes de virar super.

Mas, apesar de tudo, se o Superpateta ainda consegue prender um bandido de vez em quando com o uso de seus poderes, a única coisa que o Morcego vai conseguir fazer com eles é mais confusão ainda. Em todo caso, há quem goste.

Interessante, também, é a maneira como a segunda página da história vai ditar muito do que vai acontecer, e também o final da trama. Afinal, a mulher gorducha de lenço na cabeça combinando com a saia e com o cachorro e o papagaio não é uma dona de casa qualquer. O leitor atento que perceber com quem ela se parece já terá metade do final da história resolvido.

E não, desta vez a coisa não vai terminar bem para o Morcego, decididamente. Talvez seja mesmo melhor para ele não ter superpoderes, no fim das contas.

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Quem Tem Medo Do Bicho-Papão?

História do Morcego Vermelho, de 1978.

Como toda boa trama de terror (e de “terrir” também), esta história começa com uma paz enganadora. O nosso herói conseguiu vencer e mandar para a cadeia todos os bandidos de Patópolis. Isso é uma coisa boa, é claro, mas também deixa o personagem principal sem ter muito o que fazer.

Mas como esta não é uma história do Pena Kid, quando a paz for quebrada, será em grande estilo. (Eu disse “grande”?) É que “grande”, na verdade, é só o estilo, mesmo. O vilão da vez até que é bem pequeno.

Para o leitor atento vai ficar claro de imediato que não é nenhuma alucinação. Resta tentar adivinhar, então, quem, ou o que, é esse “Bicho Papão”. Pelo tamanho, poderia ser o bruxinho Peralta transformado, ou até mesmo um produto de sua maleta de monstrinhos. Mas qual interesse ele teria no Morcego Vermelho? Ou talvez seja alguma criação robótica de algum dos gênios do mal que o Morcego prendeu? Uma coisa é certa: seres sobrenaturais, como monstros, seres mitológicos e assombrações não existem. Ou será que existem?

Quando a “pulga atrás da orelha” do leitor já está coçando bastante, papai começa a jogar mais pistas nas páginas. A insistência do bicho em sugerir que o herói abandone a carreira é a principal delas. E o fato de na verdade serem três os monstrinhos lembra bastante as histórias do Zorrinho. Só que os sobrinhos do Donald podem ser um pouco levados de vez em quando, mas não cometeriam uma agressão dessas. Assim, quem eles poderiam ser?

A resposta, é claro, será revelada na última página, depois de uma intensa troca de sopapos entre os bons e os maus. Lembrem-se: foram os monstrinhos quem começaram a agressão, e para valer. Mas tenho a impressão de que esta história não seria aceita para publicação nos dias de hoje no formato em que está, justamente por causa da identidade dos vilões.

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A Quadrilha Fantasma

História do Morcego Vermelho, de 1975.

Grande inimiga do maior herói de todos os tempos, aquele a quem todos esperavam, a Quadrilha Fantasma foi criada por papai na mesma época da criação do Morcego e usada somente por ele em exatas duas histórias: esta, que comento hoje, e uma anterior, chamada “A Volta do Morcego Vermelho” e já comentada aqui.

Outro personagem criado por papai para participar das histórias do Morcego Vermelho é o Ratchinho, uma simpática ratazana que, com o tempo, acaba ganhando até asinhas. Mas, até agora, o único que entende o que seu ajudante está tentando dizer é mesmo o Professor Pardal.

(E falando nele…) A caçada à Quadrilha Fantasma não será fácil, ainda mais porque desta vez seus membros contam com a ajuda do terrível Dr. Estigma. Este gênio do mal parece ter pensado em tudo ao compor o seu plano maléfico, no esforço de não dar chance ao herói.

Sabendo que o herói é somente um pato fantasiado sem as invenções do Pardal, ele sabota os equipamentos-morcego e sequestra o próprio Professor, que é a única pessoa que poderia consertá-los.

E agora? Será este o fim do Morcego Vermelho? Conseguirá o herói levar a melhor sobre os bandidos mesmo sem seus prodigiosos aparelhos? Ou será que ele encontrará uma saída? O Peninha é abilolado e atrapalhado, mas não é burro, muito pelo contrário: ele é criativo e inteligente.

Interessante é a participação especial do Horácio, eterno namorado da Clarabela, primeiro como vítima de um assalto e, em seguida, como a testemunha que ajuda a polícia com valiosas informações em primeira mão.

O toque final da história também é bem legal. O “pulo do gato” é que, hoje, o herói contará com dois ajudantes, e não apenas um. Isso valerá ao Lampadinha até mesmo o direito de usar uma pequena fantasia-morcego, em reconhecimento.

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Nem Vendo Se Acredita

História do Zé Carioca, de 1981.

Quando lê revistas demais do Morcego Vermelho, o Zé se transforma no Morcego Verde e sai dando os seus pulinhos pela Vila Xurupita. Se ele resolve um caso ou prende um bandido, é por mera coincidência, e hoje não vai ser diferente. “Diferente”, sim, e surpreendente, será o final da história.

Curiosamente, depois de criar o personagem, foram poucas as histórias de papai para ele. Em compensação, vários outros autores não hesitaram em adotá-lo, com resultados variados. Já o charmoso cachorrinho Soneca será mais uma vez um misto de narrador da história, assistente de super herói e cão de guarda.

A trama colocará o Zé “entre a cruz e a espada”, por assim dizer: de um lado, ele se vestiu de herói em uma tentativa de despistar a Anacozeca, que está atrás dele para tentar cobrá-lo. De outro, se vê às voltas com o vilão Tião Medonho, um enorme pássaro bicudo de dois metros de altura e máscara ao estilo Irmãos Metralha que detesta heróis.

A cada vez que ele consegue fugir de um, é (quase) capturado pelos outros, e vice-versa. E é nesse acidentado “pingue-pongue de herói” que a história vai caminhando para o seu desfecho.

Interessante é a menção ao Brejo da Tijuca, para onde o Zé foge de seus perseguidores. Mais uma vez, papai demonstra seus conhecimentos sobre o Rio de Janeiro e tenta ensinar alguma coisa ao leitor. Quando se pensa nessa região da Cidade Maravilhosa, o mais comum é lembrar da Floresta da Tijuca, ou da Barra da Tijuca. Mas a verdade é que o nome do local, de origem indígena (“TY YUC”), significa “água podre, charco ou brejo”, e se refere às lagoas da atual Barra.

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O SuperBanzé

História do Banzé, escrita em 1974 e publicada pela primeira vez em 1978.

As histórias do cachorrinho e suas irmãs são sempre mais infantis e inocentes, em tramas de até quatro páginas e com aventuras que refletem aquelas de crianças bem pequenas.

Hoje papai revisita aquele “trauma de infância” que teve quando era pequeno, ao não conseguir se transformar em “super” após ler suas primeiras revistas em quadrinhos de super heróis, mesmo imitando todos os detalhes, usando uma capa vermelha, gritando palavras mágicas, etc.

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Assim, o Banzé começará a história pensando que basta somente usar a capa vermelha amarrada no pescoço para poder voar. Quando isso não funciona, ele grita “xaxam”, come amendoins, e finalmente coloca molas nas patas traseiras, como se fossem um “equipamento Morcego”.

A capa vermelha, aliás, é o que têm em comum o Capitão Marvel, o Superpateta e o Morcego Vermelho, entre outros heróis que se vê por aí.

De resto, o cãozinho pode até não conseguir os superpoderes que deseja, mas tem suficiente sucesso imitando o Morcego Vermelho. Isso não é por acaso: de todos os heróis citados, o Morcego é aquele que foi criado por papai, e dentre todos o seu predileto.

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O Tenebroso Dr. Plástico

História do Morcego Vermelho, de 1975.

Eu tenho a impressão de que a Glória só não sabe que o Morcego Vermelho e o Peninha são a mesma pessoa porque não quer. Ela bem que desconfiou durante um tempo, mas, certamente por amor ao Peninha e para não correr o risco de revelar tudo por engano, ela simplesmente nem pensa no assunto.

Afinal de contas, uma moça esperta como ela logo entenderia por quê há um (prodigioso, para aqueles tempos) telefone sem fio tocando dentro da cesta de piquenique do Peninha durante um feriado, apesar das desculpas esfarrapadas do pato.

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De resto, o vilão da vez se chama “Plasto, o homem de plástico” (em uma referência ao tempo em que o tema de abertura do programa Fantástico, da TV Globo, tinha letra), e é mais um dos robôs maléficos do Dr. Estigma, uma espécia de “primo” do homem elástico, ou um “parente distante” do monstro de piche. Outros robôs de papai, em histórias semelhantes, são “o invencível Mancha Negra”, ou mesmo as cópias que o Professor Gavião fez de si mesmo em “Fica Assim de Gavião”.

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O método para vencer o robô também será parecido: já que não se pode lutar diretamente contra ele, que atira bolas de plástico pegajoso contra seus oponentes para imobilizá-los, o jeito será ser mais inteligente e procurar um caminho menos direto.

Esse tipo de arma não letal, aliás, é algo que já está em uso hoje em dia por forças policiais de todo o mundo. Eu já disse que a imaginação de papai estava uns 30 anos à frente de seu tempo? 😉

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A Ameaça Dos Monstros

História do Morcego Vermelho, de 1975.

É noite de lua cheia! (Talvez seja até uma sexta 13) Monstros e mais monstros estão brotando do solo! (E desaparecendo misteriosamente logo em seguida) Nada é o que parece ser e vemos personagens mascarados, polícia ineficiente, uma empresa de fachada, um plano maléfico, um chefe misterioso, e um herói completamente confuso.

Poderia ser uma descrição da atual conjuntura política no Brasil (ou mesmo da que víamos 40 anos atrás, não há muita diferença, mesmo), mas é só uma história em quadrinhos.

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Papai estava inspirado quando compôs esta história, e a zoação reina solta: a principal vítima da gozação é mesmo o Morcego, mas o leitor também vai acabar meio zonzo, especialmente se começar a tentar descobrir o que está acontecendo.

Será que é coisa do Bruxinho Peralta e sua maleta de monstrinhos? Mas se é coisa das bruxas, para quê os vilões precisam usar máscaras para se disfarçar? Vai ser somente na quinta página, com o aparecimento dos Irmãos Metralha, que o leitor começará a entender o que está acontecendo.

Mas este plano está bem bolado (e – surpresa! – bem executado) demais para ser coisa só dos Metralhas. Quem é, afinal, o chefe misterioso que está dirigindo o caminhão da suposta empresa de sondagem de terreno (e supervisionando a tudo de muito perto)?

Se o leitor atento conseguir se recuperar do choque inicial, ele poderá finalmente ver uma pista importante sobre a identidade do “chefe”. Afinal, joalherias não são o alvo predileto dos Metralhas.

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A verdade é que este é mais um plano para “sutilmente” convencer o herói a tirar longas férias e assim poder roubar sem grandes impedimentos. Ele é tão bem sucedido que até o Coronel Cintra se convence de que o Morcego está vendo coisas e recomenda que ele vá ao cinema para se distrair. Não que o Morcego/Peninha não esteja realmente precisando de férias, ou pelo menos de pegar um cineminha, mas o tema dos filmes em cartaz realmente não ajuda.

Esta é uma história tão boa, tão engraçada, e com um mistério tão bem bolado, que papai sentiu a necessidade de “assinar” a obra. Assim, em uma época na qual isso não era permitido, pelo menos não oficialmente, ele se saiu com esta: sutil como uma tijolada na orelha.

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