Os adoradores de INTI

Guardei para hoje, na postagem número 666 deste blog, a última das histórias de terror de papai que tenho guardadas aqui no arquivo. Sei que existem outras, mas não as tenho em minha coleção. Assim, até que eu consiga completá-la, um dia, talvez, quem sabe, esta ficará conhecida como “a última”.

Com roteiro de Ivan Saidenberg e desenhos de Júlio Shimamoto, foi publicada na revista Histórias Sinistras – Seleções de Terror. Como tenho apenas as páginas soltas (e está faltando uma, ainda por cima), não sei o número nem o ano.

INTI é o Deus Sol da religião Inca, e foi muito cultuado em todo o continente americano em épocas pré-colombianas. O elemento da religião dos Incas, Astecas e afins que mais causava aversão aos europeus era certamente o dos sacrifícios humanos.

O que eram esses sacrifícios? Para quê serviam? Eram apenas macabras ações simbólicas, ou seriam, em tempos remotos, poderosos atos mágicos? Poderia o Deus Sol realmente atender às preces daqueles que realizassem essas cerimônias de sacrifício de uma maneira “correta” e já esquecida por todos? Ou será que alguém ainda se lembra de como se faz?

As expedições à amazônia do início do Século XX, onde pesquisadores bem intencionados mas totalmente incautos se embrenhavam na selva inóspita para nunca mais voltar, também tinham um profundo efeito macabro no imaginário dos brasileiros.

Combinando os dois temas com uma pitada de mistério em estilo quase policial e terror psicológico, papai nos brinda com mais um clássico do terror em quadrinhos.

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O Dia Dos Mascarados

História do Mancha Negra, de 1973.

Esta não é, de modo algum, uma história de Carnaval, mas seu título é uma brincadeira com o nome da canção “A Noite dos Mascarados”, lançada por Chico Buarque em 1967.

O fato é que há um novo “mascarado” em Patópolis, e em franca competição com o Mancha, ainda por cima. Ele usa um capuz negro que se auto-replica ao ser retirado, de modo que ninguém jamais será capaz de desmascarar o bandido. A coisa é tão eficiente que nem mesmo ele consegue mais ver o próprio rosto. O nome “Tomaz Carado” dispensa explicações, sendo mais um dos famosos trocadilhos que papai usava para criar os nomes de seus personagens coadjuvantes.

Pateta Mascarados

Para piorar, e para o desgosto do Coronel Cintra, o Mickey está fora da cidade. Assim, o Pateta resolve investigar o caso no lugar do amigo, usando o Manual do Mickey como guia. No processo, ele se compara com detetives famosos, como “Berloque Gomes” (Sherlock Holmes) e Hércules Poirot, chegando até mesmo a se auto-intitular “Hércules Patetô”.

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Os métodos um pouco, digamos, “tradicionais demais” de investigação do Pateta não renderão, é claro, o resultado desejado, mas isso não quer dizer que os dois bandidos não vão se dar mal no final. O interessante, como sempre, é ver exatamente como.

Além de humor, também não falta ação nesta história. Desde a cruel guerra travada entre os dois bandidos e até a perseguição que levará à prisão dos dois, a confusão será grande.

A mesma revista onde esta história foi publicada pela primeira vez contém mais uma de papai, curtinha, de uma página só, que faz piada com as tentativas de assalto dos Irmãos Metralha à Caixa Forte do Tio Patinhas. Ela pode ser vista no site do Inducks, aqui.

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Ataque De Surpresa

História do Peninha, de 1973.

Fiscal de preços, pesquisador de mercado… o Peninha arranja um bico diferente a cada dia. E a cada novo sub-emprego a confusão aumenta, especialmente quando o tal “mercado” a ser fiscalizado é o mercado de peixes de Patópolis, é claro, pois é aí que o Ronrom aparece literalmente do nada na esperança de conseguir pegar alguma coisa.

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O problema começa, é claro, quando é essa “alguma coisa” que pega o Ronrom.

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A palavra “surpresa” é usada nesta história como um acrônimo para o nome do órgão controlador de preços de Patópolis, a Superintendência Regional de Preços dos Serviços Autônomos. A ideia é sugerir que os ficais sempre agem “de surpresa” surpreendendo os peixeiros desonestos, mas neste nosso caso, vão sobrar surpresas para todos os envolvidos, e para o leitor também.

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O Hotel Do Zé

História do Zé Carioca, de 1975.

Logo de saída, o Zé está deitado em sua rede lendo revistas em quadrinhos. Isso é algo que ocorre em várias das histórias de papai, em parte para associar este hábito bem brasileiro ao papagaio, já que, naquela época, todos liam quadrinhos, e também para melhor caracterizá-lo como fã de HQs, e especialmente das do Morcego Vermelho, o que é o ponto de partida para a criação e caracterização do Morcego Verde.

A história em si é um daqueles mistérios em estilo policial nos quais o leitor é convidado a investigar, e mais até do que os personagens, já que o Zé só vai perceber o que realmente está acontecendo lá pela metade da história. Afinal de contas, como se diz por aí, “se algo parece bom demais para ser verdade, é porque provavelmente é mesmo”. Ninguém deixa um hotel, assim, do nada, para um primo em segundo grau. O leitor atento não demorará a perceber que algo está muito errado.

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Valendo-se do fato de que todos os papagaios são mesmo muito parecidos, papai não se encabulava em criar sósias e mais sósias para o Zé Carioca. O nome “Currupaco Papaco” é uma onomatopeia do som que essas aves emitem. Este primo, aliás, aparece somente nesta história. Não há dúvida, portanto, de que ele foi criado por meu pai. E esta é a primeira história (de duas) na qual o Bando dos Urubus aparece. A segunda, “O Detetive que veio do Frio”, também é de papai e já foi comentada aqui.

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O nome da localidade “Xique-Xique da Serra” pode ser uma referência a Xique-Xique, na Bahia, enquanto “Mogi das Corujas” e “Pedradas” podem ser referência a Mogi das Cruzes e Pedreira, ambas no estado de São Paulo.

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Amigo É Pra Essas Coisas

História do Pateta, de 1980.

Esta história combina vários dos temas que papai gostava de trabalhar: narrativas das origens ou da infância dos personagens, brincadeiras de crianças dos tempos de infância dele, e temas inspirados na História do mundo e nos clássicos da literatura.

Aqui vemos Pateta, Mickey e sua turma quando crianças, enfrentando os valentões do bairro, um bando de gatos gatunos comandados por um jovem João Bafo de Onça. O Pateta é alvo de bullying mas, mesmo com todas as trapalhadas que faz, tem no Mickey um amigo inteligente e sensível que finalmente o fará sentir-se acolhido. Com esse histórico, fica fácil de entender o motivo de tanta amizade e parceria na idade adulta.

Pateta amigo

A brincadeira de “Legião Estrangeira” é um tema retirado do cinema e da literatura (bons tempos aqueles nos quais as crianças liam livros) para enriquecer as brincadeiras de mocinho e bandido. Naqueles tempos era comum as crianças montarem algum tipo de barricada com qualquer material que tivessem à mão, como tábuas velhas e caixas de papelão, à qual davam o nome de “forte” (podia também ser Forte Apache, ou Caverna dos Piratas) como um refúgio para descansar um pouco da brincadeira e território a defender, atirando mamonas com seus estilingues nos “bandidos” de plantão. Ir “se alistar na Legião Estrangeira” era também o plano da maioria dos meninos que cismavam em querer fugir de casa por motivos de “dá cá essa palha”.

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Operação Resgate

História do Capitão Valente publicada pela Editora Abril na revista Pic Pic número 11, de 1981, com argumento de Ivan Saidenberg e desenhos de José Claudino Gomes.

O avião “homenageado” da vez, impresso em cartão colorido e pronto para ser destacado e montado pelo jovem leitor é o Tupolev TU-22 “Blinder”, um bombardeiro a jato de segunda linha fabricado pela antiga União Soviética e muito usado até os anos 1990 por ditadores muçulmanos no Norte da África em suas constantes guerras regionais.

Mas a história de hoje do Capitão Valente não tem nada a ver com o avião descrito acima. O Capitão, desta vez, sai à procura de um Cessna, que teria desaparecido misteriosamente sobre uma densa floresta enquanto transportava uma cientista nuclear, de nome Dra. Frankemberg, e seus planos altamente secretos.

O leitor que tem acompanhado as histórias deste personagem até aqui, acostumado com histórias de contatos alienígenas e cientistas malucos, deve estar se perguntando, juntamente com o Capitão, qual será o motivo do desaparecimento. Serão os OVNIs, um sequestro, uma sabotagem?

Pela primeira vez vemos nomes de localidades brasileiras sendo mencionados no decorrer da história. Até este momento havia um grande cuidado de tentar retratar um aviador de uma força aérea “genérica”, que não se limitasse a regiões específicas. Mas, refazendo a trajetória do avião, nosso herói descobre que ele desapareceu entre as cidades de Alto da Serra e Riacho Grande, que ficam, as duas, aqui no Estado de São Paulo. Papai só aumentou “um pouco” (200 Km ao invés de 30) a distância entre as duas localidades, para efeito dramático.

CV Operacao

Um toque muito legal na trama é a participação de um operador de Radioamador, que ajuda o herói em sua missão como, aliás, acontecia muito na época em que esta história foi escrita.

Já a surpresa final será justamente a total falta de causas sobrenaturais para o desaparecimento. É somente um caso de resgate, perfeitamente mundano, mas nem por isso menos interessante. Afinal, quem disse que, só porque a série se iniciou com histórias sobrenaturais, todas elas têm, obrigatoriamente, que ser assim?

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É Duro Ser Dedo-Duro

História dos Irmãos Metralha, de 1977.

O Metralha Dedo Duro é um chato de galochas, mas nem sei se é possível chamá-lo de “ovelha negra” de uma família que já é composta por tantos bandidos. Ele não é honesto, como a Tia Ana, mas assim mesmo se arvora a “dedo duro” da polícia, sempre consultando o Código Penal e pronto a entregar seus primos por qualquer motivo.

Este é mais um dos “adotados”, de papai. Foi criado no exterior em 1975 e usado lá em exatas duas histórias. Aqui no Brasil foi usado em mais duas, ambas escritas por meu pai. (Sim, apesar de ainda não estar creditada no Inducks, a história chamada “Que 10-Leal” também é dele, e será comentada aqui algum dia).

Metralha dedo duro

Nesta história ele “chega chegando”, e vai logo começando a querer dedurar. Na verdade, isso é somente um método para chantagear os primos e conseguir algumas vantagens, como um bom tratamento, por exemplo. Mas é claro que nenhum plano maléfico pode ter muito sucesso em uma história Disney, nem mesmo quando todos os personagens são vilões.

A presença do jogo de bolas de gude é mais um resgate de antigos jogos e brincadeiras brasileiros que papai gostava de fazer, como o jogo de palitinho nas histórias do Zé Carioca, as gincanas das crianças, e por aí vai.

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Zé Capoeira

História do Zé Carioca, de 1977.

Ao que tudo indica, o rival do Zé nesta história é mais um dos “adotados” de papai. Ele foi criado por Júlio de Andrade alguns meses antes da criação desta história, já com a característica de oferecer flores à Rosinha e deixar o papagaio louco de ciúmes.

Para papai este novo rival veio a calhar, já que ele poderia ser afugentado mais facilmente do que outros rivais mais “clássicos”, como o esnobe Luis Carlos, que aliás não se prestaria ao humilde papel de oferecer flores colhidas no mato na cerca do quintal da periquita. Assim, quando o Zé finalmente o coloca para correr com suas novas habilidades de luta, é para sempre. Ele nunca mais foi usado por ninguém em história alguma, especialmente depois do aparecimento do Zé Galo.

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Para enfrentá-lo, o Zé é convencido pelo Nestor a frequentar a academia de capoeira de uns amigos dele para aprender uns golpes, apenas o suficiente para fazer parecer que ele sabe lutar. Mas é claro que só isso basta, porque o vilão realmente não é de nada. E nem esse é o final da história. Terminar assim seria óbvio demais, e não teria graça alguma. É somente quando o Zé começa a se sentir realmente confiante que o caldo engrossa…

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Na verdade, os mestres Galo e Hércules eram amigos de papai em Campinas (lembro-me também de ter ouvido falar de um Mestre Tarzan, dessa mesma turma e época, mas não sei se houve aqui uma troca de nomes para não haver confusão, já que “Tarzan” é um personagem clássico dos quadrinhos, ou se realmente não havia “espaço” no quadrinho para mais um personagem mestre de capoeira), e a Academia de Capoeira Beira Mar existe por lá até hoje. Se ficava sabendo de alguma manifestação cultural e artística popular ou folclórica em Campinas, fosse um grupo de teatro, dança ou esportivo, meu pai fazia de tudo em seu (limitado, é verdade) poder para promover e incentivar.

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Quadrinhos e Adivinhos

História do Donald e Peninha na Redação de A Patada, de 1974.

Hoje vemos uma série de coisas interessantes: em primeiro lugar, a demissão do astrólogo do jornal, por pedir aumento, dá início à produção de quadrinhos de A Patada, que renderia tantas ótimas histórias ao longo dos anos.

Outra coisa interessante são os talentos do Peninha: além de desenhar, ele parece ser bom em adivinhar o futuro. Teria a criatividade amalucada do personagem alguma relação com essa intuição percebida? O Peninha parece não ter “freios” ao livre fluxo de ideias vindas do inconsciente, o que dá a ele esse “jeitão” e talentos todos. Essa criatividade toda que papai “emprestava” ao Peninha era certamente algo que ele almejava ardentemente para si mesmo.

Assim, além de desenhista das novas histórias, que em princípio deveriam ter como argumentista o Donald, ele (sem nem ao menos precisar consultar mapas astrológicos, e por meio da mais desvairada intuição) vira também um acertadíssimo escritor de previsões, algumas das quais dão certo até demais.

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E mais, hoje ficamos conhecendo os signos dos principais personagens. Assim, o Tio Patinhas é de Libra (apropriado, não?), o Donald de Leão (por força do nascimento a 13 de agosto) e o Peninha (não vamos esquecer que ele sempre foi “meio hippie”) é de Aquário (algo assim como em “era de aquário”).

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Dos dois personagens inventados hoje, o Pena Kid (pelo Donald) e Xaxam, o Invencível, (pelo Peninha), só o primeiro “sobreviveu”.

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O Mancha Cinzenta

História do Mancha Negra, de 1974.

Na história de hoje o Mancha Negra é tudo, menos o vilão. O problema é que ele não pode ser o herói, tampouco… Vai daí que a coisa acaba complicando consideravelmente para o lado dele.

A intenção expressa de papai sempre foi maltratar bandidos de todos os tipos o máximo possível, com especial “zelo” dedicado aos Irmãos Metralha. Mas ele também gostava de ridicularizar o Mancha, e tanto, que acabou se tornando bastante habilidoso nisso.

O problema é que não basta fazer o vilão se dar bem a história toda e depois o mandar para a cadeia no final, como nas novelas da TV. Isso não é dissuasão nenhuma, e só faz o espectador (ou o leitor, no nosso caso) achar que, se ele estivesse no lugar do bandido, se daria melhor, não cometeria erros, e daria um jeito de escapar.

Não importa se ele se deu mal no final, até mesmo porque ninguém sai deste mundo vivo, o que só cria uma glamourização e até mesmo um incentivo (talvez não intencional, mas incentivo do mesmo jeito) ao mau comportamento. Chegamos a um tal extremo dessa deturpação dos valores, que hoje em dia todo mundo sonha em poder viver como um vilão de novela. Assim, a solução é realmente passar a mensagem de que o crime não compensa em vários níveis, e tentar mostrar o vilão como o ser miseravelmente patético, ridículo mesmo, que ele realmente é.

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Desse modo, vemos que o Mancha, recém escapado da cadeia após o que parece ser um tempo bastante longo, já foi alegremente esquecido pela população de Patópolis (quem precisa se lembrar de coisas ruins, não é mesmo?). O problema é que há um novo “mancha”, um copy cat de cor cinza, que está tocando o terror na cidade em seu lugar, o que só faz aprofundar o esquecimento no qual o vilão caiu.

Mas, apesar do afã de eliminar a concorrência e retomar seu “posto” como pior bandido de Patópolis, ele só vai conseguir se humilhar ainda mais, para seu supremo desgosto e diversão do leitor. Ele passa por várias situações vexatórias durante a perseguição ao rival e até mesmo uma esmola é jogada na direção dele, em um de seus piores momentos na trama, só para reforçar a humilhação. Ele realmente não está com nada, hoje.

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O nome “Mancha Cinzenta” me lembra um clássico dos Quadrinhos nacionais, “A Garra Cinzenta“, mas a referência para por aí.

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