Os Jardins Da Morte

História de terror com argumento de Ivan Saidenberg e desenhos de Júlio Shimamoto, escrita e desenhada em 1961 e publicada em uma das revistas da série Histórias Macabras, da Editora Outubro. Não tenho a revista em si, apenas as páginas soltas e um pouco maltratadas.

Bastante apropriada para uma noite de Halloween, ou, como é mais conhecida no Brasil, Dia das Bruxas ou Dia do Saci, esta é uma história de vampiro: uma vítima é encontrada morta na frente do portão que dá para um local conhecido como “Jardins da Morte”, e um rastro de sangue leva até lá. Será que é ali que se esconde o monstro?

Um homem se propõe a investigar. Lá dentro, se apresenta como jornalista do Jornal “A Tarde” a um outro homem que encontra, este vestido de “Conde Drácula”, que é conhecido como “Conde Drake”. Conversa vai, conversa vem, e o fantasiado se revela como sendo apenas um homem rico e entediado que criou aquela “casa maluca” cheia de efeitos especiais eletrônicos, estátuas de cera e um jardim tão macabro quanto magnífico, apenas pelo prazer de assustar as pessoas. Não passa de uma criança grande, que resolveu viver um eterno Halloween.

As atrações da casa são tantas, e tão sofisticadas, as descrições do dono do lugar são tão envolventes, que o leitor chega até a esquecer que há um vampiro à solta. Dadas as explicações, entre sustos no rapaz e gargalhadas do Conde, o repórter se retira. Ok, é uma história interessante, mas afinal, cadê o vampiro???

Isso é o que o nosso fantasiado amigo Conde Drake vai descobrir, um pouco tarde demais… (Cuidado, leitor: não vá sair por aí se fantasiando e brincando com coisas que você não entende, só porque é Dia das Bruxas. Para todo idiota que se faz de monstro, existe um monstro que se faz de idiota.)

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Ronrom Ataca De Surpresa

Esta história do Peninha “faz par” com outra, ambas escritas em 1972. Enquanto a primeira foi publicada já em 1973, esta só foi impressa em 1978.

Quem diria, o Peninha, além de super herói, é também agente secreto. E o mais engraçado é que o seu parceiro e ajudante é ninguém menos que o Ronrom. A “agência secreta” neste caso é chamada de “Surpresa: Superintendência Regional de Preços, Serviço Autônomo”, um mero órgão fiscalizador de preços que se vale de ficais disfarçados para não chamar a atenção.

Hoje aprendemos que Patópolis tem uma espécie de “mercadão”, um local de comércio atacadista da cidade conhecido como Pataca, certamente porque é ali que muitas Patacas Patopolenses trocam de mãos todos os dias.

Nossos fiscais secretos estão ali, curiosamente disfarçados de babá e bebê, por causa de denúncias de irregularidades numa empresa chamada “Bafesto S.A.” os donos são João Bafo de Onça e João Honesto, e o nome da empresa é um anagrama dos nomes deles. Os carregadores, por coincidência ou não, são muito parecidos com os Irmãos Metralha. Será que se regeneraram todos?

Enquanto o pato está fiscalizando os preços e tentando entender o que está errado com a empresa atacadista, o gato chega a ter pensamentos menos nobres. A intenção dele, como assistente de agente secreto, é “fiscalizar” os peixes do mercado. Mas seus planos são bruscamente interrompidos quando o Peninha é descoberto e sequestrado pelos bandidos, que estão praticando contrabando, não comércio. Seu chefe é o Porcolino Leitão, que até tenta bancar algo parecido com o Grande Bronka, mas sem sucesso algum.

Peninha Surpresa

Nesse momento, o gato é encorajado por sua consciência (gatos têm isso??) a deixar os peixes e os pensamentos mais egoístas para lá e tentar salvar o amigo. Se bem que essa consciência de gato não é lá muito santa…

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A partir daí o Ronrom se transforma no personagem principal da história, agindo sozinho e desencadeando uma série de acontecimentos na qual uma coisa leva à outra, o que leva os bandidos a acabarem na cadeia quase por si só. Quem diria que um mero gatinho seria capaz de tanta coisa?

A Invasão Dos Monstros

História do Morcego Vermelho, publicada originalmente em 1977 e republicada recentemente.

Nesta história vemos a criação de um novo inimigo para o nosso herói: um abutre corcunda com vocação para inventor do mal, que cria uma máquina que usa todo tipo de lixo para criar monstros aterrorizantes. Seu nome, “Apolo Issão”, é uma brincadeira com a palavra “poluição”, matéria prima de seu maligno invento.

A confusão é tanta que o Peninha acaba obrigado a se vestir de Morcego Vermelho dentro de uma cabine telefônica, “como um super-herói comum”, uma super alfinetada de papai no Super Homem.

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O bandido e o herói vão, assim, se confrontando pela cidade e trocando de posição. Ora um está vencendo, ora o outro. A lata Morcego é invadida, o herói quase acaba preso ao ser confundido com um monstro, e até a cabine telefônica é usada mais de uma vez, pelos diferentes personagens. Os elementos da história vão se revezando, já que nada está lá por acaso.

Como o problema é tecnológico, o Morcego vai consultar o Professor Pardal. Numa pequena maldade de papai, o Lampadinha também aparece, em 4 exatos quadrinhos, só para no fim levar um tabefe e desaparecer da história de novo.

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No final o invento do Pardal se mostra útil, e até o vilão prova um pouco de seu próprio veneno. Que o vilão vai sair perdendo todo mundo sabe, e nem poderia ser de outro modo. O divertido é ver como, exatamente.

O Amigo Da Onça

História do Zé Carioca, publicada em 1984.

Mais uma vez o papagaio malandro se vê às voltas com uma onça, e com um rival. Apesar de o Zé Galo já existir desde o ano anterior, papai preferiu usar aqui o Luis Carlos, certamente por causa da ligação do personagem com a amazônia e aventuras de caça na floresta.

Desde “A Onça e o Valente”, já comentada aqui, sabemos que o Zé não simpatiza muito com esses felinos, para dizer o mínimo. Para dizer a verdade, ele tem tanto pavor de onças como tem de jacarés e crocodilos, ambos animais recorrentes em suas aventuras mais selvagens.

Para fazer frente ao Luis Carlos (que na verdade nem é tão valente assim, mas costuma fingir melhor do que o Zé) e sua arma de dardos tranquilizantes, e principalmente para não fazer feio na frente da Rosinha, o nosso herói resolve usar sua fanfarronice em proveito próprio, com a ajuda dos amigos. O plano é caçar um “amigo da onça”, ou melhor, um amigo do Zé disfarçado de onça, para tentar desmoralizar o rival e impressionar a namorada. O problema é que uma trapaça dessas nunca poderia dar certo numa história Disney, e o Zé e seus amigos Nestor e Afonsinho são logo desmascarados.

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É na hora em que o Zé está mais desmoralizado (e a gente sabe que a Rosinha está realmente chateada quando ela começa a chamar o papagaio de “Senhor José”), e quando ninguém mais está esperando, que aparece… a onça! Quando a Rosinha está em perigo de verdade o Zé vira bicho, e esquece que tem medo até da própria sombra.

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Mas não é “só” porque foi obrigado a cumprir o que prometeu, salvou a namorada e realmente pegou uma onça a unha, que ele vai poder colher os louros da vitória e da glória, ou contar vantagens. A história termina como começou, com o Zé dormindo na rede acompanhado de seu cachorrinho de estimação, o Soneca, mas não exatamente por preguiça.

“Amigo da Onça”, é uma expressão que significa uma pessoa traiçoeira, uma espécie de “quinta coluna”, que trai os amigos e favorece os inimigos. Foi também um personagem clássico dos quadrinhos nacionais.

O Golpe Da Bruxa

História do Tio Patinhas contra a Maga Patalójika, de 1973.

O “esporte favorito” do velho muquirana é andar. Além de economizar gasolina, ele ainda pode achar alguma moeda no caminho.

É aí que entra o golpe da Maga Patalójika, que teve uma ideia bem cruel, desta vez: explorar a diversão do quaquilionário para obrigá-lo a entregar a Número Um. O truque á enfeitiçar uma moeda qualquer para causar uma terrível dor nas costas a quem se abaixe para tentar recolhê-la, e então se disfarçar de médica para influenciá-lo.

O leitor atento talvez não faça muito caso de uma moeda que aparece “pulando” pela calçada de uma maneira bastante inusitada, mas certamente ficará com a pulga atrás da orelha com o consultório médico que aparece de repente do outro lado da rua: não é preciso marcar horário, e justamente naquele dia o atendimento é de graça. Não é um pouquinho de coincidência demais, não?

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O nome da falsa médica, Dra. Patachoka, é uma brincadeira com “pata choca” que, além de descrever uma pata com ovos no ninho, é um pejorativo para pessoas (especialmente mulheres, como sempre) que não se levantam do lugar para nada. Além disso, o pseudônimo da bruxa contém o “K” de Patalójika, em mais uma pista bastante clara.

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Em dado momento tudo realmente parece estar perdido, mas o Patinhas (além de ter uma sorte das grandes) não é bobo, e também tem os seus truques e soluções criativas. É a tecnologia do Professor Pardal fazendo frente à magia secular da Maga, mudando as regras do jogo e virando o feitiço, literalmente, contra a feiticeira.

Um Problema de Memória

História da personagem Patrícia, de Ely Barbosa, publicada na Revista Patrícia 6, de 1987.

Assim como o Ziraldo e o Daniel Azulay, o saudoso Ely Barbosa também teve as suas histórias publicadas pela Editora Abril, por algum tempo. E como aconteceu com eles, a Abril escalou a papai, dentre os seus melhores artistas, para participar desses projetos. Nessa época, aliás, depois de tanto tempo lidando com quadrinhos, a família toda já participava em conjunto do processo criativo, e papai insistiu para que isso se refletisse na página de “expediente” das revistas.

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O sistema de trabalho era o mesmo da Disney, ou dos Estúdios MSP, por exemplo: o criador dos personagens tinha o seu nome estampado por todos os lados, mas os créditos aos artistas contratados envolvidos eram sempre muito tímidos, para se dizer o mínimo.

Neste caso temos uma referência a um primo querido, aqui retratado como um psicólogo infantil esquecido, que entre outras coisas esquece as chaves trancadas dentro do carro frequentemente. Isso realmente chegou a acontecer algumas vezes com o nosso primo nos anos 1980, mas é claro que toda a abordagem à figura dele aqui é altamente caricata e exagerada, para aumentar o efeito cômico da situação.

A placa do calhambeque do Dr. Pestana, quase um carro de palhaço de circo e começada em 13, é uma alusão à placa do carro do Pato Donald.

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Patrícia chega ao psicólogo porque está demonstrando sintomas de esquecimento e confusão mental, e apesar das reservas da mãe ao ver que o Doutor também não bate lá muito bem da bola, a menina se dá bem e se diverte com ele, jogando o jogo da memória.

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O Polichinelo

História do Mickey, de 1977.

Esta é mais uma clássica trama de mistério policial de papai, inspirada nas melhores histórias policiais dos melhores autores da literatura, como Agatha Christie e Arthur Conan Doyle. Esta história em particular contém aliás uma boa dose de elementos de “Os Assassinatos da Rua Morgue“, de Edgar Allan Poe.

Papai como sempre espera que o leitor consiga resolver o mistério por si só, seguindo as pistas espalhadas pelas páginas.

O Polichinelo é um personagem do teatro medieval e renascentista italiano, e nesta história é representado como uma criatura baixinha vestida de vermelho, com uma longa cauda com um guizo pendurado na ponta (eu disse cauda?), e que se movimenta rapidamente aos grandes pulos, inclusive se esgueirando por pequenos espaços e galgando muros altos facilmente.

O Mickey como sempre suspeita do Mancha Negra, especialmente porque a letra e o borrão de assinatura no bilhete deixado no local do último crime são dele. O problema é que o Mancha está preso, e bem preso desta vez. Pode ele ser realmente o responsável pelos ataques do Polichinelo? Afinal, ele é alto e magro, o que não corresponde em nada à descrição do principal suspeito. Isso tudo faz parte da estratégia usada nesse tipo de história de mistério, de se lançar pistas verdadeiras misturadas com falsas, tudo para tentar confundir o leitor.

MK polichinelo

Enquanto isso, o mais novo ladrão de jóias da cidade está dando os seus pulinhos, e praticando crimes cada vez mais estranhos: em dado momento, ele ataca o carrinho do verdureiro e foge com um monte de frutas. Por quê diabos um ladrão de jóias fantasiado de personagem do teatro clássico estaria interessado em frutas? Além disso, de repente ele parece estar em todos os lugares ao mesmo tempo.

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Acho que até aqui está claro quem, ou mais exatamente o quê é esse “Polichinelo”, e que inclusive existe mais de um. Mickey estava certo: tudo não passa de mais um plano maléfico do Mancha Negra, comandado de dentro da cadeia. Mas não sou eu quem vai dizer exatamente como.

O Pé De Feijão

História do Tio Patinhas, publicada uma vez só em 1975.

A trama é uma mistura entre as fábulas “João e o Pé de Feijão” e “O Príncipe e o Mendigo“, em duas linhas que se entrelaçam: ao mesmo tempo em que o pato muquirana está cansado de todos os pedintes que fazem fila na porta da caixa forte e pensando em tirar férias, as bruxas Maga Patalójika e Min estão pondo em prática mais um plano para se apoderar da Moedinha Número Um.

Até o Primo Nadinhas está na fila. Enquanto o pé de feijão mágico plantado pelas bruxas cresce, o Patinhas dá tratos à bola para encontrar um jeito de “escapar” por algum tempo, de preferência despercebido. Ele tem uma ideia, desce as escadas, e quando sobe de volta já está bem diferente, menos ranzinza, delegando tarefas, mais simpático… até folga ele dá aos empregados no final do expediente.

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Mais tarde ele sai para dar uma volta, e finalmente se depara com o pé de feijão em uma versão moderna, com elevador e tudo. Ávido pela galinha dos ovos de ouro ele sobe, e lá nas nuvens encontra o castelo, uma velhinha baixinha e um suspeito gigante de barba e cabelos roxos, que não enganam ninguém.

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O problema é que o suposto Patinhas topa fácil demais trocar “a moedinha” pela galinha, o que deve dar ao leitor, que até aqui já precisa estar com uma séria pulga atrás da orelha, a certeza de que este é ninguém menos do que o primo pobre do velho pato. Ao que parece, os dois são bem parecidos no que diz respeito a gostar de riquezas. Será que é o temperamento mais generoso do Nadinhas que o impediu de ficar rico? Enquanto isso, o verdadeiro Patinhas nem viu o pé de feijão, e está aproveitando seu dia de folga por aí, disfarçado de mendigo.

Esquadrilha Da Fumaça

História encomendada pelo Ministério da Aeronáutica em 1975, com a “participação especial” do Zé Carioca e dos sobrinhos Zico e Zeca. O roteiro e a pesquisa são de papai, e os desenhos de Ignácio Justo e Carlos Herrero.

Tenho a impressão que, com esta, já terei comentado todas as histórias desta série aqui neste blog. Nem há muito mais a dizer. O esquema é o mesmo, com o Zé e os meninos no papel de “legítimos representantes do povo brasileiro” (o que eles sempre foram, aliás, mais até do que os próprios governantes do país na época), sendo convidados a visitar a base aérea que abriga a Esquadrilha da Fumaça, onde aprendem e transmitem ao leitor tudo o que havia para se saber, naquele tempo, sobre a equipe de acrobacias da aeronáutica.

ZC fumaca

Temos, assim, as mesmas toneladas de informações, mapas, diagramas e infográficos de sempre, numa narrativa orquestrada de perto pelos clientes do departamento de projetos especiais da Editora Abril.

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A ingênua intenção dos militares, com ela, é a mesma das outras: ensinar um pouco sobre as instituições militares que na época governavam o Brasil, ao mesmo tempo tentando fazer um gesto simpático, melhorar sua imagem de ditadores, se aproximar mais da população, e fornecer a preço baixo um material que pudesse ser usado até mesmo pelos mais pobres como fonte de informações num trabalho escolar, por exemplo.

Mas é claro que ações cosméticas como esta nunca poderiam realmente ser uma “compensação” pela tomada violenta do poder, as prisões arbitrárias e os 21 anos de desmandos. Nada do que os militares no governo fizeram melhorou o país em absoluto (muito pelo contrário) nem afastou a possibilidade da tal “ditadura comunista”, que era a justificativa que eles nos deram para o golpe. E pior: todos esses anos depois, a direita continua nos perseguindo com esse fantasma, como se ele fosse possível numa democracia, mesmo com o governo “de esquerda” que aí está.

Se eles quisessem realmente dar um golpe semelhante, em 12 anos de governo já teriam tido tempo suficiente. A “ideologia” aqui no Brasil é outra: para quê “revolução”, se os políticos de todos os partidos e funcionários públicos em geral podem se locupletar do dinheiro público à vontade? Um improvável novo governo autoritário poderia “fechar as torneiras da mamata” e nenhum deles quer isso.

Mesmo com todos os problemas, com toda a discussão, com tudo o que pode nem sempre ir na direção que desejamos, papai preferia mil vezes viver numa democracia, onde o povo pode pelo menos escolher livremente os próprios governantes, promovendo o progresso do país mesmo que com alguns tropeços, por tentativa e erro (e eu concordo com ele).

A Cidade-Fantasma

História do Pena Kid, de 1975.

Todo “Velho Oeste” que se preza tem uma cidade fantasma no meio do caminho, abandonada por este ou aquele motivo, deixada para trás por seus habitantes para assombrar quem seja que tenha o infortúnio de passar por ela.

Esta é mais uma história do Peninha na redação de A Patada, e mais uma vez a trama vai se desenvolvendo de acordo com os palpites do Tio Patinhas. Depois de uma primeira página pouco promissora, o chefe pede “ação, mistério e movimento”, porque é isso que ele acha que os leitores do Pena Kid querem ver. Se é isto o que ele quer, o Peninha se esforçará para dar a ele exatamente o que foi pedido, mas como sempre do jeito dele, inclusive forçando um pouco a barra, se preciso.

Isso fica evidente nos comentários pensados do Alazão de Pau, por exemplo. O autor está fazendo o que pode para mostrar ao tio e patrão que está fazendo o que ele pediu.

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Após um apavorante encontro com fantasmas, o Tio Patinhas reclama que o Pena Kid está medroso demais. Por isso de repente o personagem muda completamente de personalidade, de um quadrinho para outro, e o Peninha não perde a chance de deixar isso claro para o tio:

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No final nada é o que parecia ser, o velho da cidade fantasma não é tão inocente, e os fantasmas são falsos. O problema é explicar como os falsos fantasmas eram produzidos, e desta vez a desculpa esfarrapada do Peninha não convence o velho pato.

Além do tema da cidade fantasma, outros clichês dos velhos filmes de Bangue Bangue usados aqui são a arma do mocinho, que (apesar de ser um revólver comum) atira como uma metralhadora, nunca precisa ser carregada e é capaz de derrubar paredes a tiros, e a arma do vilão, que sempre falha no momento em que ele vai atirar no mocinho.

A cena abaixo é mais uma genial “tirada” de papai. A página de quadrinhos “ganha vida” nas mãos de quem a lê:

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