Unidos, Perderemos!

História dos Irmãos Metralha contra o Sr. X e seu bando, de 1985.

Este é mais um daqueles casos em que o editor achou por bem mudar o nome da história na hora de publicar. Composta originalmente em janeiro de 1984 para os Irmãos Metralha com o nome “O Roubo Do Século”, ela voltou à mesa de papai para ser reformulada em fevereiro (quando passou para o domínio do Sr. X) e maio do mesmo ano, sendo então finalmente comprada.

Além disso, papai aparentemente se confundiu ao registrar o número final de páginas na lista de trabalho. São 12, não 9. Por tudo isso, o pessoal do Inducks provavelmente resolveu não arriscar e deixou a história sem autoria. (Ainda está em tempo, rapazes, podem creditar). Mas como também não há nenhuma história no Inducks com o nome de “O Roubo Do Século”, só restam duas alternativas: ou “O Roubo” nunca foi publicada e se perdeu entre os papéis, ou é mesmo esta aqui. (E a presença da revista na coleção é outra pista importante, é claro.)

Mais evidências são o uso que o Sr. X faz, por duas vezes, da expressão “roubo do século” (uma logo no primeiro quadrinho e a outra na página 6) e a menção às “Jóias da Coroa do Império da Bobilônia” como sendo o alvo do tal roubo. Este era um jogo de palavras bastante comum (misturando “bobo” com “babilônia”) no “estilo Said” de se fazer quadrinhos.

A trama bem costurada também é típica do estilo de papai, a começar pelo fato de que os dois bandos rivais têm a mesma ideia maligna ao mesmo tempo. Como sempre nada está ali por acaso, muito menos a infestação de pernilongos no esconderijo.

E acontece que o plano do Sr. X é tão sofisticado que conta até com um spray que é usado para descobrir focos de alarmes e outro de gás do sono para enfrentar a polícia. Mas o leitor atento já vai perceber que o plano não vai dar certo ao ver que há três latas de spray sobre a mesa, contando com o inseticida. A partir daí, não será difícil adivinhar o que vai acontecer.

Na verdade o leitor vai se divertir tanto, mas tanto, com as trapalhadas dos dois bandos de ladrões pés de chinelo cheios de si que talvez nem perceba que o Sr. X finalmente conseguiu pelo menos parte do que queria. Ele pode ainda não ter sido reconhecido como o “rei” do crime, mas foi finalmente preso, junto com sua quadrilha, por *tentativa de roubo*. Já é alguma coisa, para quem começou a carreira sem nem ao menos conseguir realmente cometer um crime, e muitas vezes até mesmo inadvertidamente ajudando a polícia.

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A Nova Investida Dos Metralhas

História dos Metralhas, de 1975.

Esta é outra daquelas preciosidades que foram inexplicavelmente publicadas uma vez só. O plano é roubar a Caixa Forte do Patinhas (o que mais poderia ser?) mas os vilões acabam se atrapalhando tanto que vão presos (obviamente, como não poderia deixar de ser) quase sem dar trabalho à polícia e sem nem ao menos conseguir chegar perto de seu alvo.

O desencontro entre as duas partes do bando, uma chefiada pelo Intelectual, que já está esperando perto da fortaleza, e a do Vovô, que está levando a dinamite e o detonador até lá, é algo que acontecia bastante nos tempos antes da invenção do telefone celular.

E, para aumentar a confusão, temos um agravante: hoje o Vovô, que já está meio gagá e às vezes (na maior parte do tempo, na verdade) se comporta como uma criança, está com uma hilária fixação por máquinas de chiclete.

Ele começa comprando os doces com uma moeda, como qualquer pessoa, mas ao receber somente duas bolinhas se frustra e começa a roubar, em um crescente de “violência”. A primeira máquina libera as guloseimas após levar uma mera chacoalhada, mas à medida em que elas vão ficando mais “teimosas” (há várias, espalhadas pelas esquinas das redondezas) o Vovô também vai “sofisticando” os seus métodos. Só que isso não quer dizer, é claro, que os resultados serão os esperados.

Papai tinha uma teoria de que, quanto mais velha uma pessoa vai se tornando, mais “criança” ela vai ficando. A coisa começa com pequenos esquecimentos e manias bobas, depois a pessoa vai ficando frágil, em seguida pode perder o controle sobre certas funções corporais, etc. Se ficar velha o suficiente, corre o risco de ficar tão dependente como um bebê. (O que não é, exatamente, um prospecto lá muito desejável, mas assim é a vida.)

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O Roubo Do Ursinho

História do Superpateta, de 1979.

Esta é mais uma variação sobre o tema do cientista maluco com o canhão de raios de controle mental, como trabalhado nas já comentadas aventuras do Falcon e do Capitão Valente. Desta vez o vilão é o Professor Gavião em colaboração com os Metralhas, o que adiciona também o elemento da falta de honra entre ladrões.

Eles realmente têm todos o mesmo objetivo, que vai além da mera colaboração para o roubo: tapear o outro lado para não ter de dividir o produto do crime também faz parte, inclusive com a arrogância de se achar esperto por sua deslealdade.

A particularidade do raio maligno da vez é a indução de um sentimento de profundo tédio (para não dizer de depressão) em suas vítimas, o que faz com que elas percam o interesse em bens materiais e se sintam “cansadas de tudo”. Assim, entregam o que os vilões demandam e também perdem a vontade até mesmo de dar queixa na polícia.

Como sempre o plano parece infalível, o crime perfeito, mas a sua implementação terá uma falha pequena e aparentemente inconsequente que acabará levando o herói até o esconderijo do bando e à prisão dos bandidos.

Papai só anotou o nome da história na lista de trabalho na data da republicação, em 1983. Por isso, ao que tudo indica, ela ainda não está creditada no Inducks. Mas é dele sim, podem confiar.

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Reunião Anual Dos Metralhas

História da Família Metralha, de 1975.

A sorte dos Metralhas é que o Superpateta costuma ser mais “pateta” do que “super”, na maior parte do tempo, o que dá a eles algum espaço para manobras. O azar deles é que, mais cedo ou mais tarde, os dois neurônios do herói acabam chegando a um acordo.

Hoje os malfeitores têm uma ideia para sair às ruas sem despertar a suspeita do Super, mas não têm um plano definido. Se, mesmo com um plano pensado nos mínimos detalhes eles conseguem fazer confusão, imagine só a bagunça causada por um “arrastão” a esmo de roubos do tipo “pé-de-chinelo”.

Além disso, papai também nos apresenta mais uma das festividades oficiais do calendário anual de Patópolis: a “Grande Festa”. Marcada por fantasias, desfiles em blocos, pandeiros e tambores, ela se assemelha bastante ao Carnaval. Assim, temos mais uma festa além do Natal (que não poderia faltar), o desfile do Dia do Aniversário da Cidade, e o dia do “Adivinhe quem vem para jantar” (uma espécie de Dia de Ação de Graças).

Interessante é a “participação especial” do Sr. X e sua quadrilha, em um quadrinho apenas. Seria muito fácil colocar meros figurantes desconhecidos para fazer este papel mas, convenhamos, é muito mais engraçado quando eles são conhecidos do leitor. E ainda mais se também forem bandidos. “Parece” que esse bairro não é lá muito bem frequentado.

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O Tenebroso Dr. Plástico

História do Morcego Vermelho, de 1975.

Eu tenho a impressão de que a Glória só não sabe que o Morcego Vermelho e o Peninha são a mesma pessoa porque não quer. Ela bem que desconfiou durante um tempo, mas, certamente por amor ao Peninha e para não correr o risco de revelar tudo por engano, ela simplesmente nem pensa no assunto.

Afinal de contas, uma moça esperta como ela logo entenderia por quê há um (prodigioso, para aqueles tempos) telefone sem fio tocando dentro da cesta de piquenique do Peninha durante um feriado, apesar das desculpas esfarrapadas do pato.

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De resto, o vilão da vez se chama “Plasto, o homem de plástico” (em uma referência ao tempo em que o tema de abertura do programa Fantástico, da TV Globo, tinha letra), e é mais um dos robôs maléficos do Dr. Estigma, uma espécia de “primo” do homem elástico, ou um “parente distante” do monstro de piche. Outros robôs de papai, em histórias semelhantes, são “o invencível Mancha Negra”, ou mesmo as cópias que o Professor Gavião fez de si mesmo em “Fica Assim de Gavião”.

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O método para vencer o robô também será parecido: já que não se pode lutar diretamente contra ele, que atira bolas de plástico pegajoso contra seus oponentes para imobilizá-los, o jeito será ser mais inteligente e procurar um caminho menos direto.

Esse tipo de arma não letal, aliás, é algo que já está em uso hoje em dia por forças policiais de todo o mundo. Eu já disse que a imaginação de papai estava uns 30 anos à frente de seu tempo? 😉

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O Presidente Das Bruxas

História das bruxas, de 1975.

Que não há honra entre ladrões, nós já sabemos. O que vamos aprender hoje é que, ao que parece, também não há honra entre as bruxas. Mas o pior, nós veremos, acontece quando misturamos bruxas com ladrões.

A Madame Min teve a ideia de fundar um Clube das Bruxas. A sede do clube, onde acontece a primeira reunião, fica na casa da Madame Min. Mas, mesmo assim, a Min não se sagrará presidente do clube sem antes haver muita discussão.

Para piorar, o Mancha Negra chega de repente e acaba se aproveitando da situação (e da paixonite que a Min tem por ele) para usurpar a presidência do clube e obrigar as bruxas a participarem de assaltos a joalherias. Elas podem até ser más, mas não são ladras, e isso acabará sendo a ruína do Mancha.

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Em meio ao androcentrismo da maioria das histórias Disney da época, que às vezes chegava às raias do machismo (essa era a cultura daqueles tempos, infelizmente), esta pode ser considerada até mesmo uma fábula “feminística”: é isso o que acontece quando as mulheres se desunem e dão um poder que deveria ser só delas ao homem errado. Afinal, nem mesmo bruxo ele é. Somente unidas elas poderão reverter a situação e usar as caprichosas “leis da magia” para destituir o “presidento”.

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O interessante, novamente, é ver a velha e boa intuição de papai em ação no comentário sobre se ter “um maluco” como presidente. Como sempre, ele estava 30 ou 40 anos à frente de seu tempo.

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Histórias Do Vovô

História da família Metralha, de 1975.

Em geral, as “vítimas” prediletas do Vovô quando ele resolve contar suas histórias são os Metralhas adultos, mas hoje, por falta dos mais velhos, quem vai escutar o “causo” são os Metralhinhas.

De qualquer modo, não é nenhum grande relato sobre os antepassados, mas sim sobre um plano de assalto bastante recente. Mas isso não quer dizer que a história não terá lá as suas reviravoltas. O leitor atento logo vai perceber que algo está errado quando vir que os próprios Metralhas não contaram a aventura aos meninos. Afinal, eles também gostam de se gabar de seus feitos.

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O plano não chega a ser ruim, mas como não existe crime perfeito, a execução será bem falha e com resultados surpreendentes. O problema é que passou-se muito tempo entre o planejamento e a execução.

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A verdade é que cidades são coisas muito dinâmicas: a loja que outro dia estava bem ali pode de repente não estar mais, pessoas mudam de endereço, e até mesmo coisas que não se mudam tão facilmente, como bancos e repartições públicas, também podem ser extintas ou mudar de endereço.

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Perdidos No Vale Do Eco

História do Mickey, publicada uma vez só em 1975.

Trata-se de um bom mistério policial. Ao mesmo tempo em que vai armando uma armadilha quase perfeita para o herói (eu já avisei que não existe crime perfeito?), papai vai deixando todas as pistas possíveis para que o leitor o solucione.

Logo no último quadrinho da primeira página nosso leitor atento já terá a certeza de que há algo muito errado acontecendo. Mesmo com o mapa e as placas aparentemente apontando o caminho certo para uma suposta “Estância Azul” (o Google me mostra vários equipamentos turísticos com esse nome pelo Brasil afora, mas eu não me lembro de ter visitado nenhum deles), será que a placa de advertência caiu sozinha ou foi retirada?

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Com a progressão dos quadrinhos, um sofisticado plano maléfico vai se revelando: mapas adulterados, placas trocadas, sabotagem no carro do Mickey, e finalmente a “cereja do bolo” – o bandido deu o telefone do próprio esconderijo ao herói para poder falar com ele como se fosse o dono da tal estância. Tudo isso para tirar o rato do caminho, levando-o para longe no meio do deserto, e poder praticar um crime.

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Por fim, o mapa adulterado contém em si a solução para o problema, e o leitor que souber lê-lo poderá ficar tranquilo na certeza de que o Mickey vai conseguir dar a volta por cima e prender os bandidos. Afinal, é mais fácil trocar alguns detalhes em um mapa já existente, do que desenhar algo completamente falso. Sendo assim, caberá ao leitor decidir quais elementos no mapa são falsos, e quais são os verdadeiros.

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O Invencível Mancha Negra

História do Mickey, de 1974.

Este é mais um ótimo mistério policial para o leitor resolver. O Mancha está foragido da cadeia mais uma vez (não devemos nos esquecer de que ele é um mestre em fugas), e todas as joalherias de Patópolis estão em alerta. Afinal, ele é também um notório ladrão de joias.

Uma delas chega inclusive a instalar um sistema anti roubos que tem aquele “jeitão” de ser coisa inventada pelo Professor Pardal, apesar de não se tocar no nome dele em nenhum momento. O problema é que ele será de pouco uso em uma sala cheia de convidados que não foram treinados para lidar com ele em uma situação de assalto.

A primeira e principal pista que papai deixa para o leitor é a sequência abaixo, onde o vilão não parece estar para muita conversa, repetindo sempre a mesma frase:

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Em seguida, temos mais uma pista quando o Coronel Cintra se lembra de que o Mancha estava “pensando em se regenerar”, e até mesmo fazendo um curso por correspondência. O problema é que ele não se lembra qual era, exatamente, a disciplina do tal curso.

Quando finalmente o bandido atravessa uma porta de metal como se ela fosse um biombo de papel, o que só serve para deixar a pulga atrás da orelha do leitor atento ainda mais agitada, o Mickey resolve armar uma emboscada para capturá-lo. A isca da vez será o Diamante Estrela do Sul, que existe de verdade e foi descoberto no Brasil. “Estrela” (de alguma coisa ou algum lugar) é um nome comum para diamantes no mundo todo, e uma tradição que papai continuou em muitas de suas histórias onde eles aparecem.

Por fim, não será apenas o Mancha que vai se surpreender com a reação da polícia no momento do segundo assalto. Isso certamente causará muitas risadas no leitor, logo antes da explicação lógica e solução do mistério.

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E depois ainda tem gente que diz que papai não tinha muito jeito para fazer histórias do Mickey…

E assim chegamos ao final de mais um ano. Desejo a todos os que acompanham este blog um Feliz Ano Novo e um 2017 de Paz e Prosperidade.

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O Metralhacóptero

História dos Irmãos Metralha, de 1976.

Uma coisa boa das aeronaves nas histórias em quadrinhos é que elas podem cair o quanto for, que ninguém nunca morre. O pior que acontece são algumas luxações e talvez até umas fraturas. Quem dera fosse assim também na vida real.

Trata-se de mais um plano maléfico dos bandidos que, com a ajuda do Primo Cientista, tentam aperfeiçoar o helicóptero da quadrilha. Mas não deixa de ser espantoso, aliás, que uma quadrilha de ladrões de galinha e batedores de carteira pés de chinelo tenham um helicóptero para chamar de seu.

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O Metralhacóptero já foi aparentemente usado por papai em outras histórias da quadrilha, como em “A Grande Gincana da Patópolis”, já comentada aqui. Mas era somente uma aeronave sem nome e sem muito destaque, pairando no céu à distância na expectativa de que o leitor atento percebesse que havia algo de errado ali.

Hoje ele será quase como um “personagem principal”, o ponto focal da história. Com uma arma dessas, digna das invenções usadas por heróis como o Morcego Vermelho, o que poderia dar errado, não é mesmo? Bem, na verdade, em se tratando dos bandidos, e de uma história de meu pai, muita coisa, sempre da maneira mais inusitada e hilária possível.

E note-se que o crime em si, apesar de toda a tecnologia empregada, continua sendo o mesmo golpe pé de chinelo de bater carteiras. De que adianta tanta sofisticação, se falta imaginação, ousadia e criatividade? A premissa é que somente os burros e os pobres de espírito se tornam bandidos, e é justamente por isso que nunca se dão bem.

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Afinal, com armas poderosas ou sem elas, o crime decididamente não compensa e, pelo menos nos quadrinhos, a polícia e os heróis estão sempre a postos para prender os bandidos e proteger a população.

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