Publicada pela primeira vez em 1976, esta história do Morcego Verde é uma boa comédia de erros.
“Sob a influência” das revistas do Morcego Vermelho, e desesperado para bancar o herói e ajudar alguém, o Zé (digo, o Morcego Verde) acaba aprontando a maior confusão no cais do porto.
A participação do super charmoso Soneca, que nesta história está acompanhando o Nestor, é quase um cameo, uma “pontinha” apenas, mas sua presença é uma constante em todas as histórias de papai para este personagem.
Mas o que torna esta história interessante, não está na trama nem na participação do Soneca. Está nos detalhes.
Um exemplo é a constatação do Zé, no início e no final da história, como uma profecia que se realiza a si mesma, que “os heróis não têm o mesmo cartaz de antigamente”.
Outro detalhe engraçadíssimo está na “estratégia de marketing” e nas plaquinhas ao redor da banquinha do Zé, tanto no início como no final.
Coisas como “ganhe uma flâmula” (algo que foi bastante usado no passado pelo comércio na vida real, até que ficou tão “batido” que foi abandonado) e “só até sábado” (essa muito usada até hoje) são exemplo das campanhas publicitárias mais sem imaginação do mercado. Já “limonada grátis” chega a ser coisa de criança, de tão bobinho.
Mas a maior piada da história, para mim, é a tabela de preços no último quadrinho “rua errada”, sinceramente, “não tem preço”.