História do Professor Pardal, de 1973.
Depois do humilde e acidentado início do chapéu voador, a segunda história feita para a engenhoca nos mostra um grande desenvolvimento: o dispositivo se populariza em Patópolis, e vira uma “coqueluche” que rivaliza até com a popularidade do Morcego Vermelho.
Até o herói, aliás, vai adotar a hélice em sua touca, e finalmente se transformar no Morcego Voador que sempre sonhou ser. Ele, e todo o resto da população de Patópolis, é claro. Papai aproveita para “passear” com o conceito do chapéu, ou melhor, “deitar e rolar”, e vai explorando todas as possibilidades de uso da coisa. No final, até os passarinhos da cidade estão usando as hélices em lugar das próprias asas.
Tem o cavalheiro que tira o chapéu para a moça e leva um tombo, tem o homem que vai dependurado na alça do chapéu como quem anda de ônibus, por força do hábito, e até a Maga Patalójika adere à moda.
Referências nas falas dos personagens também são fartas. Coisas como “É a glória, é a glória”, bordão de comemoração do Morcego Vermelho, as carteiradas, no estilo “você sabe com quem está voando?”, gritos de “barbeiro”, e até uma referência ao Monumento às Bandeiras, em São Paulo, apelidado de “Vê se não empurra”, à medida que o céu acima da cidade se enche cada vez mais de cidadãos.
Esta história foi republicada recentemente no almanaque Disney Especial Os Aviadores, com uma pequena modificação: o preço da invenção sofreu com a inflação desde 1973, e passou dos 50 cruzeiros originais para atuais 200 patacas patopolenses. Interessante.
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