Fórmula Zé-Ro

História do Zé Carioca, de 1973.

As corridas de automóveis estavam entre os esportes prediletos de papai mas, ao contrário do Xadrez, isso era algo que ele não praticava. Fã do Emerson Fittipaldi, ele apenas gostava de assistir e se inspirar na perícia dos pilotos, mas nem tanto na velocidade, para dirigir defensivamente e acompanhar a manutenção dos vários carros que teve ao longo da vida.

Esta história tem como tema central a vontade do Zé de agradar à Rosinha, já que às vezes ela se cansa um pouco do estilo de vida folgado do namorado malandro. E como ela gosta de corridas (e de corredores), nada melhor do que se tornar corredor também. Mas, é claro, isso é algo que é mais fácil falar do que fazer.

A trama começa a ficar interessante quando o Zé se vê obrigado a improvisar, sempre com a ajuda do Nestor, o amigo que nunca o deixa na mão.

Já a “Gincana Surpresa”, organizada por um canal de TV, a “TV Visão”, é inspirada não apenas na Fórmula 1, mas também na Corrida Maluca e em histórias como “O Carrinho Fantástico”, que serviria de inspiração também para as histórias do Vavavum publicadas mais tarde na Revista Crás! e “O Pequeno Campeão” da revista Destaque e Brinque, todas já comentadas aqui.

O “Fórmula Zé-ro” (Fórmula 0) no nome da história seria uma referência às capacidades automobilísticas do Zé, já que, como piloto, ele realmente “não é de nada”. E, é claro, a gincana também não se chama “surpresa” por acaso…

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O Zorrinho Não É De Fritar Bolinho

História do Zorrinho, de 1982.

Hoje papai aborda o tema das brincadeiras infantis, que era um de seus favoritos, de um modo um pouco diferente. A pergunta que se faz é: existe brincadeira “de menino” e “de menina”? Ou: por que os meninos não podem brincar de casinha com as meninas? Que mal há nisso?

A verdade é que, e isso logo ficará muito claro, somente meninos muito maus, como os Metralhinhas, enxergam algum problema na situação. Outra verdade é que os meninos bonzinhos só não brincam mais frequentemente com as meninas por medo de serem ridicularizados pelos outros.

“Ser de fritar bolinho” é uma expressão popular que significa: não ser de nada; ser incapaz; ser fraco. Ela é usada aqui para mostrar, justamente, que um menino não é, necessariamente, “de fritar bolinho” só porque está brincando com as meninas.

As próprias meninas também não são “de fritar bolinho” só porque estão, bem… fritando bolinhos. Não há demérito algum em ser menina, em brincar de casinha, ou em ser um menino que brinca de casinha. Além disso, frigideiras podem ser usadas para um pouquinho mais do que simplesmente cozinhar, e as meninas logo vão mostrar que também sabem brigar tão bem quanto os meninos, quando necessário.

Nada, nesta história, é exclusividade só dos meninos ou das meninas. Todos são iguais, na hora da brincadeira e também na hora da briga, para o azar dos maus.

Nesta revista temos novamente a aparição de uma história promocional de papai para as Meias Lupo, chamada “O Bicho Saltador”, que chegou a aparecer bastante nas revistas Edição Extra da época.

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Operação Resgate

História da Patrícia, de Ely Barbosa, composta em maio de 1987 e publicada pela Editora Abril na revista da personagem número 3 em novembro do mesmo ano. A anotação na lista de trabalho registra que a ideia foi de minha mãe.

O interessante, aqui, é que a Patrícia fala com os animais. Há uma história de outro autor na mesma revista que também revela esta característica da personagem, o que me faz pensar que é algo pensado pelo próprio Ely, mas que parece ter caído em desuso com o tempo.

Sempre prestativa, a menina só pensa em ajudar. O problema é que essa boa vontade toda só vai levar a mais confusão, em uma espiral crescente de complicações.

A mensagem para as crianças é clara: “não tentem isso em casa”. Pode até ser fácil subir na árvore para tentar buscar o gatinho, mas descer pode se tornar um problema para todos os envolvidos.

Surpreendentemente, é o Terremoto quem tem a ideia salvadora e faz a coisa certa: ele chama os bombeiros, que é o que toda criança deve fazer ao ver um gatinho em apuros.

Mas, para efeito da história em quadrinhos, esta boa ação não livrará o pestinha de um castigo por ter (em um primeiro momento) deixado os coleguinhas em cima da árvore sem oferecer ajuda.

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O Poderoso Al Carione

Hoje falaremos de uma revista, a Zé Carioca Edição Especial Colgate número 4, de 1982.

Duas das histórias contidas nela são republicações de histórias de papai: “Serenata ao Luar” e “Zé Dinamite”, já comentadas aqui. Uma terceira história, “o Cobrador”, é de Julio de Andrade Filho. A capa também é “republicada”, tendo aparecido na revista Zé Carioca número 1245, de 1975.

Ela foi distribuída gratuitamente a quem comprasse a pasta de dentes e continha uma história extra com a temática da saúde dental, além de jogos e brincadeiras. Além dessa, mais três revistas fizeram parte da série: uma para o Mickey, outra para o Tio Patinhas, e mais uma para o Pato Donald.

O interessante é que esta história promocional de 4 páginas, chamada “O Poderoso Al Carione”, é uma paródia da História do mafioso Al Capone e também foi escrita por papai. O desenho é de Carlos Edgard Herrero. O Inducks dá a história como publicada na edição do Pato Donald, mas ela certamente fazia parte de todas as revistas.

Os diálogos da quadrilha das cáries têm qualquer coisa dos Irmãos Metralha, especialmente nas discussões e na distribuição liberal de tapas pelo chefe da quadrilha. E a marca registrada de papai, uma referência à realidade brasileira da época, está presente na fala de um dos bandidos: “chame o ladrão” vem de uma canção de Chico Buarque (ou melhor, seu personagem Julinho da Adelaide, que ele usou para burlar a censura) de nome “Acorda Amor“, uma crítica ao Estado Policial dos anos 1960 e 1970.

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Pena Kid, O Bandidão

História do Pena Kid, de 1976.

Todo herói dos quadrinhos que se preze tem seu dia de bandido, e com o Vingador do Oeste não poderia ser diferente. Mas não é só o herói que vai ficar malvadão: todos os habitantes de Pacífica City terão suas personalidades invertidas.

O interessante é que papai nos oferece duas explicações para o fato. Uma advinda da redação de A Patada, e outra contida na história que “o Peninha” está escrevendo, que está mais de acordo com as soluções apresentadas em filmes e HQs: na maioria dos casos mais clássicos ou é fingimento do herói como parte de um plano para infiltrar uma quadrilha de bandidos, ou ele é coagido a agir assim por chantagem e para proteger alguma pessoa inocente que é refém dos vilões, ou é vítima de algum elixir ou raio de controle da mente.

Mas a verdade é que inversões de personalidade em massa, como a que vemos hoje, são bem mais raras de acontecer. Afinal, se o mocinho pode, às vezes, ter um bom motivo para ficar temporariamente mau, os bandidos quase nunca se convertem em bons.

Papai, como sempre, vai distribuindo pistas pelas páginas na esperança de que o leitor atento vá saber identificá-las e solucionar o mistério da inversão de papéis.

Não que isso realmente importe, aqui. Mais importante do que o roteiro da história do Pena Kid em si é mostrar como uma história em quadrinhos é feita ou, mais exatamente, satirizar alguns métodos de criação de quadrinhos, e especialmente os mais espontâneos (quando o escritor inicia uma história sem ter decidido como ela vai terminar e se guia pela livre associação de ideias – o que pode levar a soluções forçadas), ou os que se apoiam demais em clichês e se tornam previsíveis.

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Robin Grude

História do Zé Carioca, de 1974.

Esta é a primeira da trilogia de “Robin Grude”, um Robin Hood “alternativo” encarnado pelo Zé Carioca na companhia da Rosinha e do Nestor com uma “ajudinha” do Doutor Estigma.

É um exercício de imaginação interessante de papai, que elimina o herói original, coloca o Zé em seu lugar e o faz passar por mais ou menos as mesmas situações da história clássica, mas sem descaracterizar o Zé. Ou seja, ele continua o mesmo malandro falastrão de sempre.

Em todo caso, como o coração é puro e a intenção é boa, o Zé e seus amigos acabam conseguindo ajudar os renegados da floresta em sua resistência contra o Rei João, o Usurpador, enquanto também lidam com a armadilha preparada para eles pelo inventor do mal.

O interessante é que, depois de derrotar também o Doutor Estigma, o Zé e seus amigos ficam de posse da invenção, que colocarão para bom uso, é claro.

Assim a máquina dimensional, uma espécie de “teletransporte do tempo”, permanece escondida no meio da floresta para uso posterior da turma. Na terceira história desta série (que eu infelizmente não tenho aqui) a máquina é levada pelo Zé para a própria casa dele, facilitando ainda mais as coisas.

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Cadê a Trapaça?

História do Palhaço Sacarrolha, de Primaggio Mantovi, composta em novembro de 1974 e publicada na revista do personagem número 26 pela Editora Abril em Setembro de 1975.

Neste universo de personagens temos dois circos rivais: o Gran Circo Kabum, ao qual pertencem o Sacarrolha e seus amigos do bem, e o Circo Trapassa, composto por encrenqueiros que se dedicam (mais do que à arte circense) a atrapalhar as atividades do primeiro grupo, inclusive seguindo-os para todo lado.

Assim, onde quer que estejam, os integrantes do Circo Kabum sabem que seus rivais trapaceiros estarão sempre por perto e cheios de más intenções. Ou será que estarão, mesmo? E, se não estiverem, isso será um alívio, ou mais uma preocupação?

Quando a turma do bem olha em volta e não vê os maus, a incerteza aparece e começa a crescer. Afinal, onde estarão os trapaceiros? O que será que eles estão tramando? Tudo parece calmo demais… Onde está a trapaça? A tensão chega a crescer tanto, que acaba paralisando as atividades normais dos artistas.

Tão incômodas quanto sejam algumas pessoas e situações na vida, elas certamente são mais fáceis de aguentar quando a gente sabe com o que está lidando e consegue ver o problema com clareza. Por pior que seja, uma certeza é sempre “menos ruim” do que uma incerteza.

Ao mesmo tempo, papai vai nos mostrando alguns dos elementos dos bastidores de um circo: a montagem da lona, a preparação dos animais (eram os tempos, fazer o quê?), e até mesmo coisas como o avião que alguns circos têm e fazem circular sobre as cidades com uma grande faixa, tocando uma buzina, e anunciando com alto-falantes.

Quando os personagens chegam ao auge da preocupação, de repente tudo se resolve de maneira surpreendente, o que causa alívio em todos e faz o leitor rir. Às vezes, as preocupações nos fazem ver problemas onde eles não existem, e sofrer por antecipação com uma tragédia que talvez só exista em nossas cabeças.

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O Vale-Tudo Em Vale Seco

História do Tio Patinhas, de 1980.

No universo Disney é comum que os membros mais velhos das famílias contem histórias aos mais jovens, especialmente sobre antepassados ou lembranças de suas aventuras da juventude.

Mas o que aconteceria se os membros de diferentes famílias tivessem a mesma história para contar? Afinal, Patópolis é uma cidade relativamente pequena, todo mundo lá se conhece, e alguns personagens já estão dando seus pulinhos pela região há algumas décadas.

O interessante, e essa é a principal sacada de papai, é que toda história tem pelo menos dois lados, dependendo de quem a conta. Na maioria das vezes a versão que fica é a dos mocinhos, ou a dos vencedores.

Também é verdade que, ao contar uma história sobre si mesma, a maioria das pessoas tenta “adaptar” os fatos para aparecer bem na fita. Ninguém vai se acusar de um crime, por exemplo, nem reconhecer que fez algo de que não deveria se orgulhar. Além disso, se alguém já desconfiava de que o Vovô Metralha vai inventando as histórias sobre os antepassados à medida que as vai contando, agora não vai mais ter dúvidas. E, ao que parece, o Patinhas também também não é lá muito santo, nesse quesito.

Hoje temos o relato de um assalto, no qual um jovem “vovô” Metralha, aqui sob seu antigo nome de “Grande Metralha”, tenta roubar uma valiosa carga de água potável que um jovem Patinhas está transportando pelo meio do deserto.

E esta é a segunda grande sacada de papai para esta história, pois o fato é que, durante a corrida do ouro nos EUA e Canadá, nem sempre eram os mineiros que ficavam ricos. Na realidade, a maior parte do ouro extraído ia mesmo parar nas mãos de comerciantes de todos os tipos.

Muita gente que chegou a essas áreas para minerar logo percebeu que valia mais a pena suprir as necessidades dos outros aventureiros do que se esfalfar de sol a sol por alguns gramas do metal precioso. Esse parece ter sido o caso também do Patinhas. Afinal, os mineiros também eram gente e precisavam comer, beber, se vestir, ter boas ferramentas, descansar e se divertir.

Por último, uma curiosidade: eu sei que os personagens Disney são na verdade eternos, mas os dois personagens principais estão muito bem conservados para os seus mais de 100 anos de idade, não? Vai ver, Patópolis tem um toque de “Terra do Nunca”, também.

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O Jeito É “Dar Chapéu”

História dos Irmãos Metralha, de 1980.

Inspirada nos melhores romances policiais de Agatha Christie, esta história é milimetricamente calculada para dar um baita chapéu também no leitor. Principalmente no leitor. Só mesmo quem passou anos lendo com atenção as histórias de papai vai conseguir decifrar esta de primeira.

Trata-se de mais um embate “do século” entre os metralhas francamente criminosos e os supostamente regenerados Sherlock e Doutor Metralha. A guerra de inteligências será, como sempre, terrível, com reviravoltas constantes. Algumas delas bastante inesperadas.

Mas comecemos do começo:

Logo no primeiro quadrinho temos a menção do “endereço” dos metralhas: “Rua que Sobe e Desce, Número que Não Aparece”. Esta é uma velha brincadeira para significar um endereço genérico ou não sabido. Poderia ficar em qualquer lugar, e ao mesmo tempo não fica em lugar algum. Já no nosso caso, fica em Patópolis.

O endereço do Sherlock Metralha, obviamente, é inspirado no do Sherlock Holmes: “Sobreloja da Rua do Beco, número 17-B”. E se o Sherlock Metralha se inspira no xará britânico, o Doutor Metralha é fã de Agatha Christie e se identifica com Hercule Poirot.

A expressão “dar chapéu”, no título, é tomada do jargão do futebol e significa um tipo de drible. Além disso, sempre que há referência a chapéus em histórias de meu pai é bom lembrar outro velho ditado que ele citava sempre: “(tal coisa) é como comprar um chapéu – ou vai de embrulho, ou fica na mão ou leva na cabeça”. Ou seja, é uma situação que não pode acabar bem.

O nome do diamante a ser roubado, Kuly-Náryo, é inspirado no do Diamante Cullinan, um dos maiores e mais famosos do mundo.

Mas o mais interessante de tudo, e que vai colocar a pulga atrás da orelha do leitor atento para pular loucamente é a guinada na trama que começa quando o Sherlock telefonar ao Inspetor Joca para denunciar o plano maléfico:

Se o Intelectual está preso, então alguém está se fazendo passar por ele. Mas, quem?? É neste momento que papai nos apresenta mais um Metralha obscuro. Tão obscuro, na verdade, que aparentemente só aparece nesta história. Em todo caso, mais do que considerá-lo uma criação de papai, eu não posso deixar de notar uma grande semelhança do “Veterano 002”, como é visto aqui, com algumas versões estrangeiras (principalmente italianas) de ninguém menos que o Vovô Metralha. É papai, mais uma vez, resgatando personagens e “dando um alô” (ou um chapéu, como queiram) na direção de Carl Barks, sua grande inspiração.

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O Supermorcego Vermelho

História do Morcego vermelho, de 1983.

Papai gostava de distribuir os superamendoins do Superpateta entre os outros personagens Disney. Todos os anos ele criava uma história ou duas nesse sentido, cada uma com um “premiado” diferente.

Hoje chegou a vez do Morcego Vermelho que, diga-se de passagem, sempre se sentiu frustradíssimo por não ter poderes especiais como os outros heróis de Patópolis. O interessante, como sempre, é a solução que papai encontra para fazer o pato engolir um superamendoim sem sequer entender o que está acontecendo, nem ver com quem trombou logo antes de virar super.

Mas, apesar de tudo, se o Superpateta ainda consegue prender um bandido de vez em quando com o uso de seus poderes, a única coisa que o Morcego vai conseguir fazer com eles é mais confusão ainda. Em todo caso, há quem goste.

Interessante, também, é a maneira como a segunda página da história vai ditar muito do que vai acontecer, e também o final da trama. Afinal, a mulher gorducha de lenço na cabeça combinando com a saia e com o cachorro e o papagaio não é uma dona de casa qualquer. O leitor atento que perceber com quem ela se parece já terá metade do final da história resolvido.

E não, desta vez a coisa não vai terminar bem para o Morcego, decididamente. Talvez seja mesmo melhor para ele não ter superpoderes, no fim das contas.

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