Um Dia, Um Gato…

História do Zé Carioca, de 1979.

O conceito do “gato que imita passarinho” é antigo, e já foi assunto para muitas piadas. Há quem diga que é lenda urbana, que gato nenhum consegue realmente imitar um pássaro, enquanto outras pessoas associam as vocalizações dos felinos quando avistam um pássaro próximo (mas obviamente inacessível) com alguma espécie de imitação ou chamado para a improvável presa.

Os muitos sons que os gatos produzem já foram exaustivamente estudados pelos mais diversos cientistas e especialistas em animais, mas ainda assim muita coisa sobre eles permanece um mistério.

A história de hoje se baseia em uma antiga piada sobre uma pessoa que leva seu gato a um show de calouros com a alegação de que o bicho saberia imitar passarinhos. Quando o animal não consegue cantar a pessoa é expulsa do palco sob gargalhadas, antes que possa demonstrar o “outro” talento do animal que se parece com o comportamento de um pássaro.

A graça da piada se baseia no fato de que a maioria das pessoas associa “imitar passarinho” com a reprodução do canto do pássaro em questão, mas a verdade é que aves têm mais características que podem ser imitadas, além dos sons que produzem.

O gato preto de miado diferente apelidado de “Duzentão” (por ser o ducentésimo gato adotado pelo Afonsinho) e levado na coleira em uma noite de lua cheia logo levantará as suspeitas do leitor atento, ainda mais quando coisas esquisitas começam a acontecer em sua presença. Parece que ele sabe fazer bem mais do que simplesmente “imitar passarinho”.

Mas tudo isso não quer dizer que os gatos em geral, e especialmente os pretos, ao que parece, não consigam produzir sons realmente admiráveis, como este gato no link que sabe latir como um cachorro.

Em todo caso, “saber falar mais de um idioma” não é privilégio dos gatos. Certos pássaros também vocalizam sons inusitados que imitam palavras humanas, cantam, sabem contar, rir, chorar e até mesmo “devolvem a gentileza”, imitando gatos e cachorros.

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Operação Resgate

História da Patrícia, de Ely Barbosa, composta em maio de 1987 e publicada pela Editora Abril na revista da personagem número 3 em novembro do mesmo ano. A anotação na lista de trabalho registra que a ideia foi de minha mãe.

O interessante, aqui, é que a Patrícia fala com os animais. Há uma história de outro autor na mesma revista que também revela esta característica da personagem, o que me faz pensar que é algo pensado pelo próprio Ely, mas que parece ter caído em desuso com o tempo.

Sempre prestativa, a menina só pensa em ajudar. O problema é que essa boa vontade toda só vai levar a mais confusão, em uma espiral crescente de complicações.

A mensagem para as crianças é clara: “não tentem isso em casa”. Pode até ser fácil subir na árvore para tentar buscar o gatinho, mas descer pode se tornar um problema para todos os envolvidos.

Surpreendentemente, é o Terremoto quem tem a ideia salvadora e faz a coisa certa: ele chama os bombeiros, que é o que toda criança deve fazer ao ver um gatinho em apuros.

Mas, para efeito da história em quadrinhos, esta boa ação não livrará o pestinha de um castigo por ter (em um primeiro momento) deixado os coleguinhas em cima da árvore sem oferecer ajuda.

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Polícia Desmontada

História do Peninha, de 1974.

Com o Peninha, é tudo “des”: ele é da polícia “desmontada”, é o espírito que “desanda”, ele é desmiolado, desajustado, desastrado, desengonçado… Mas certamente nunca desonesto.

Já o Ronrom tem um problema de “ideia fixa”: depois de escutar a palavra “peixe”, ele não consegue pensar em mais nada e fará qualquer coisa para por as garras em um peixinho. (E hoje ele até conseguirá, ainda que brevemente). Mas ele não será exatamente o vilão da história, apesar de fazer suas traquinagens e causar uma enorme confusão. Há vilões piores em ação.

Que a polícia montada de Patópolis se parece muito com a do Canadá eu já falei. Papai voltaria ao tema no ano seguinte com “Patrulheiros e Escoteiros”, já comentada aqui. As duas histórias têm em comum o tema da proteção das florestas e a recomendação de que não se deve julgar mal aos outros sem antes nos certificarmos muito bem do que está realmente acontecendo.

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Mas enfim, o Ronrom é apenas um gato e, apesar da boa vontade, não é um bom detetive. Quem conhece os personagens, e especialmente a risada do Peninha, logo vai entender onde é que o Ronrom errou em suas deduções. Em todo caso, o castigo por suas traquinagens virá “a cavalo” (pelo menos figuradamente) na piada recorrente desta história, na qual ele terá a cauda queimada repetidas vezes.

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Mas nem tudo será dor para o gato, pelo menos nesta história. Bem ou mal, ele estava tentando ajudar, e será recompensado pelo esforço.

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Gato E Sapato

História do Ronrom, de 1974.

“Fazer de gato e sapato” é uma antiga gíria que significa “maltratar e abusar” de alguém. Papai aqui usa a expressão como um trocadilho para brincar com o Ronrom e fazer a conexão do animal de estimação do Donald com o resto da história.

A situação apresentada no início da trama, com o Donald oferecendo um almoço em sua casa para os colegas de A Patada (que são também sua namorada, primo e sobrinhos), é algo que papai fez algumas vezes com os seus colegas da Editora Abril, especialmente por ocasião das Festas Juninas. Uma fogueira era acesa no quintal, e eram servidos churrasco e as demais comidas e bebidas típicas.

É possível que a inserção da “piada interna”, já que o leitor não teria como adivinhar o que se passava na residência do autor (mas qualquer um na redação saberia imediatamente do que se tratava), tenha sido uma maneira encontrada por papai para agradecer aos colegas pela presença e “imortalizar” a festa.

Mas o que não acontecia, é claro, era essa intromissão do chefe de redação (que aliás também costumava participar das festas lá em casa) com antipáticas ordens para interromper tudo e ir trabalhar. Essa é certamente uma vantagem do quadrinista sobre o jornalista: enquanto o primeiro é geralmente um freelancer que pode fazer os próprios horários, o segundo raramente tem um horário fixo, trabalhando ao sabor das notícias que se apresentam.

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Mandados ir cobrir a “FIP”, Feira Industrial de Patópolis, a Família Pato resolve não abandonar o espírito do feriado patopolense e pelo menos tentar se divertir um pouco enquanto trabalha. Um sinal daqueles tempos é o “trabalho infantil” dos sobrinhos do Donald, coisa comum na época, mas impensável de se mostrar com tanta naturalidade hoje em dia.

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E o elemento surpresa que entra para fazer bagunça e adicionar graça à coisa toda é o gato Ronrom, é claro. Sempre ávido por comer peixes, coisa que ele adora mas não ganha de seu dono, o felino resolve bancar o “repórter” também, com resultados hilários e um final feliz onde todos saem ganhando, apesar de tudo.

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O Gato Gatuno

História dos Irmãos Metralha, de 1980.

O plano da vez parece bem bolado. Mas só parece… Ele é, inclusive, inteligentemente baseado em princípios científicos, como a Teoria do Reflexo Condicionado de Pavlov. Pois é… Eu já disse que quadrinho é cultura? Para papai era, e ele não perdia a chance de tentar ensinar alguma coisa de útil a seus jovens leitores.

Metralhas gatuno

A trama é toda baseada em jogos de palavras e referências a diamantes famosos. Assim, a palavra “gatuno” lembra “gato” mas é sinônimo de “ladrão”, em uma alusão à tendência que certos bichos de estimação têm de pegar coisas ou atacar alimentos quando acham que seus donos não estão vendo.

Outro jogo de palavras nada aleatório é o nome da joalheria a ser assaltada: não é por nada não que ela se chama “Falso Brilhante”. O leitor atento vai ficar com a pulga atrás da orelha quando o vendedor mostrar sua mercadoria aos falsos clientes. Afinal, os famosos diamantes “Orloff“, e “Cullinan” já têm dono, e o “Grão-Mogol” (também chamado de “Grande Mogul”) está desaparecido desde o século XVII.

Metralhas gatuno1

O resto da graça da história fica por conta das habituais falhas bobas na implementação dos “planos perfeitos” do Metralha Intelectual, e da reação do gato Percival a elas. Ao que parece, ele é realmente um gato com mentalidade de ladrão, e o velho ditado que diz que “não há honra entre ladrões” é seguido também por ele.

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Tenho o prazer de anunciar um novo livro, que não é sobre quadrinhos, mas sim uma breve história do Rock and Roll. Chama-se “A História do Mundo Segundo o Rock and Roll”, e está à venda nos sites do Clube de Autores agBook

Pra Ver A Banda Passar…

História do Peninha, de 1976.

Com o Ronrom no papel de vilão, a inspiração para esta história vem de duas canções brasileiras.

O título é uma referência a “A Banda”, de Chico Buarque. Todos saem à rua para ver a banda passar, mas o gato, sempre ranzinza, não está muito interessado. Em todo caso, esse desinteresse todo dura somente até ele ouvir dizer que a banda está indo tocar na cerimônia de abertura da FEPEPA, a Feira de Pesca de Patópolis.

Interessante é essa facilidade de criação de acrônimos interessantes, sugestivos ou hilários que caracteriza o idioma português, e que papai sempre explora para efeitos muito engraçados.

Peninha banda

Depois de apresentado o tema “banda”, a partir do momento no qual o interesse do gato do Donald é despertado, a trama passa a ser algo como uma dramatização da canção infantil chamada “Tem Gato na Tuba“.

O problema é que um dos músicos da banda, mais exatamente o “homem da tuba”, é o Peninha. O gato não gosta nem um pouco do pato, e a recíproca é perfeitamente verdadeira, mas, para conseguir entrar na tal feira e ter acesso aos peixes, o Ronrom é capaz de absolutamente tudo, com consequências hilárias.

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Operação Oriente

História do 00-Zéro, de 1976.

Se estivesse vivo, hoje papai completaria 75 anos de idade. A você que lê estas linhas, peço por favor um momento de oração.

O 00-Zéro, Pata Hari e o Grande BRONKA parecem ser criação de Dick Kinney, dos EUA. Mas aqui no Brasil, papai foi o “adotante” inconteste dos personagens, já que a maioria absoluta das histórias nacionais onde eles aparecem é dele.

Ao que parece o Gato do Grande BRONKA aparece nesta história pela primeira vez, o que o torna criação de papai. O raciocínio é o seguinte: se o Zéro é um agente secreto nos moldes de James Bond, por que motivo o seu vilão e principal adversário não pode se espelhar em Ernst Stavro Blofeld, o vilão criado por Ian Fleming para antagonizar seu herói? Sinal claríssimo da influência é justamente o fato de só aparecerem o gato branco e as mãos do vilão, exatamente como no filme.

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Além disso, os gatos, por sua natureza muito mais contida do que a dos cães, sempre foram (injustamente!) associados aos mais variados vilões das mais variadas formas de ficção, entre eles o mafioso Vito Corleone, para citar apenas um.

De resto a história segue a linha dos destinos exóticos em países distantes, de preferência no Oriente Médio ou Ásia, com suas piadas clássicas e seus clichês: a correria no bazar/souk árabe, os potes quebrados, e o esconderijo (completo com masmorras para os desafetos) localizado em velhas ruínas.

O tema da correria no mercado árabe e uma cena em especial viriam a ser usados no futuro (com algumas modificações, é claro) no filme Indiana “Jones e os Caçadores da Arca Perdida”, na cena onde o macaquinho malvado come uma tâmara envenenada. Seria uma premonição de papai? Ou só mais um clichê usado até a exaustão?

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O Gato Que Sabia Demais

História das bruxas, de 1975.

Vai haver mais um concurso de bruxarias em Bruxópolis, e desta vez a intenção é testar o adestramento e a obediência dos gatos das bruxas. O prêmio de mil asas de morcego da Pomerânia nem é realmente a principal motivação delas, mas sim o prestígio que a ganhadora conquistará aos olhos do povo da cidade das bruxas.

A Maga Patalójika tem o seu “Lúcifer”, um gato vesgo preto e branco que é perfeitamente obediente, e é com ele que ela pretende participar.

Bruxas gato

Já o Mefistófeles, o gato pardo da Madame Min, não está se sentindo particularmente dócil no momento. Não quer ir ao concurso, não quer participar de nada, nem colaborar com nada. Mas, chegado o grande dia, lá está ele em Bruxópolis, desacompanhado de sua dona e absolutamente bem treinado. A participação dele no concurso é espetacular, mas quem conhece bem a Madame Min sabe que algo está muito errado…

Bruxas gato1

O título da história é baseado no nome de um filme de mistério, suspense e espionagem de 1956, “O Homem que Sabia Demais”, dirigido por Alfred Hitchcock. Mas as semelhanças param por aqui. Na verdade, o “demais” no título se refere mais a algo que é “bom demais para ser verdade” do que outra coisa.

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A União Faz… O Susto

História do Tico e Teco com participação especial do Ronrom, publicada uma única vez em 1974.

Hoje todos os personagens principais são bichos, e precisarão unir forças para solucionar seus problemas, que para nós parecem insignificantes, mas para eles são enormes. Os esquilos estão tendo dificuldades com o peso das nozes, mas o gato está bem mais encrencado. O seu dono, Pato Donald, está bravo porque ele não consegue pegar um rato que invadiu sua casa.

O interessante é que os animais nunca falam com os humanos, nas histórias Disney (eles apenas pensam o que gostariam de dizer, quando muito), mas podem perfeitamente conversar entre si. Assim, temos uma rara oportunidade de ver o Ronrom agindo de um jeito completamente diferente que na maioria das histórias.

Quem conhece o gato do Donald sabe que ele não é nenhum “gato de almofada”, e pode ser bastante arisco quando necessário. É um gato que, decididamente, sabe mostrar as unhas. Mas o problema é que o rato em questão também não é de fritar bolinho:

Ronrom susto

É nessa hora que a criatividade, e principalmente as patas dianteiras preênseis dos esquilos virão bem a calhar. Assim, eles ajudam o amigo gato a afastar o rato (que aliás também é adepto dos livros de “faça você mesmo”), e recebem dele a retribuição do favor, para a completa surpresa do Pato Donald, que nesta história faz apenas uma pequena participação.

Ronrom susto1

É uma história curta, criativa e meiga, que merecia ter sido publicada mais vezes. A verdade é que nem eu, nem papai, nem qualquer outro artista dos estúdios Disney no Brasil nunca ganhou qualquer coisa a mais (além do pagamento pelo trabalho inicial de fazer a história) por qualquer republicação, nem ganhará, enquanto as regras continuarem as mesmas. É verdade também que, mesmo aceitando essas regras, papai se sentia meio incomodado com as sucessivas republicações. Mas eu não me incomodo nadinha, já que a republicação é uma maneira de continuar mostrando o ótimo trabalho dele e de seus colegas às novas gerações, mantendo viva a memória dos quadrinhos Disney no Brasil.

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Edgar, O Desmancha-Concursos

História dos Aristogatas, de 1974.

Os gatos do beco formaram um conjunto musical para participar de um concurso, mas o mordomo Edgar, por pura maldade, se aliou à “turma da margem esquerda” para impedi-los. Essa outra turma é composta por um bando de cães que também pretende participar do concurso, mas não quer ter de enfrentar a superioridade musical dos gatos.

A “margem esquerda é uma referência ao Rio Sena. Em Paris, o Rio Sena divide a cidade em duas partes, com os bairros do lado direito do rio sendo mais chiques e sofisticados, e os do lado esquerdo mais boêmios e artísticos/intelectuais. Na época em que a história dos Aristogatas acontece, essa divisão se refere também ao lado mais rico e mais pobre da cidade, respectivamente.

“Desmancha concursos” é algo assim como um “desmancha prazeres”. Dedicado a infernizar a vida dos gatos, ele cria uma confusão no meio da qual todos os instrumentos são quebrados, e depois passa a tentar impedir que os bichanos consigam novos.

Gatos concurso

Disfarçado, ele passa a perseguir os gatos e sabotar suas tentativas de trabalhar para comprar novos instrumentos, em uma ação prepotente que lembra um pouco a fábula “O Lobo e o Cordeiro” de Esopo. Aqui papai confia mais uma vez na perspicácia do leitor atento, que não precisará de muitas explicações para perceber onde está a desonestidade do vilão.

Gatos concurso1

Mas é claro que a bondade dos bons é sua própria proteção, e nada realmente poderá impedir os gatos de participar do concurso, já que o coração deles é puro, e sua intenção é honesta.

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