É Fogo Na Roupa!

História do Pena das Cavernas, de 1986.

Esta versão pré-histórica do Peninha é mais uma divertida variação do personagem criada por papai. As histórias que têm o passado remoto como tema muitas vezes servem para mostrar como pode ter sido a origem das coisas, sempre com muito humor.

O título, usado também em uma história que papai fez para os Escoteiros Mirins dois ou três anos antes, faz referência a uma expressão popular que significa algo como uma situação difícil, inquietante e que demanda uma solução urgente. 

E se, em “Os Metralhas Olímpicos”, vimos uma origem do fogo explicada com base na mitologia grega, hoje vemos uma explicação mais “científica”, que está mais de acordo com as teorias dos arqueólogos e historiadores.

Partindo da teoria consagrada que vê o primeiro contato da humanidade com o fogo por meio de um incêndio causado pela queda de um raio, papai mostra o Pena das Cavernas, com sua imaginação sempre à frente de seu tempo, tentando repetir o feito da natureza (ou “dos deuses”) com vários métodos bastante plausíveis.

Ele eventualmente conseguirá o que quer, mas meio por acidente, como sempre acontece nas histórias do Peninha e de suas variantes de todos os tipos.

Há também uma referência ao conto de Hans Christian Andersen chamado “A Roupa Nova do Rei” e mais uma cena de nu de um personagem Disney.

Por fim, logo no primeiro quadrinho temos uma piada visual que explora um clichê dos antigos filmes mudos sobre a pré-história que mostravam homens das cavernas convivendo com dinossauros, o que influenciou os desenhos animados, como os Flintstones e o Vale dos Dinossauros, e as próprias histórias em quadrinhos.

No campo científico a teoria da convivência de humanos com dinossauros na mesma época é controversa, e uma na qual papai não acreditava. Para ele, dinossauros e humanos na mesma cena era mesmo coisa de ficção.

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O Novo Aprendiz De Feiticeiro

História do Peninha, de 1974.

Este é um interessante exercício de imaginação, uma variação sobre o tema do Aprendiz de Feiticeiro, com resultados surpreendentes.

Até mesmo o grande Feiticeiro está sujeito a errar uma palavra mágica ou duas (ou três ou quatro) de vez em quando, com resultados desastrosos. Essa, aliás, é outra das regras da magia dos quadrinhos: as palavras mágicas devem ser pronunciadas corretamente para que haja o efeito desejado. Palavra trocada, efeito trocado.

O interessante é que o Feiticeiro é muito valente enquanto pensa que está no controle da situação, e se dá ao luxo de tratar o Peninha bem mal enquanto o captura para servir de aprendiz.

Mas quando as coisas dão errado de novo e ele se vê sem seu livro de magias, ele se torna apenas um velhinho frágil vestido com roupas esquisitas. Já o Peninha, ao que parece, daria um aprendiz melhor do que o próprio Mickey, no final das contas. Pelo jeito, ter “um parafuso a menos” é uma vantagem, quando há magia envolvida.

Isso, aliás, é algo que papai trabalharia bastante com o Peninha ao longo dos anos: essa predominância do “lado direito do cérebro” que dá ao pato uma criatividade quase mágica, seja como quadrinista, publicitário, adivinho/vidente, ator, ou herói mascarado.

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Patos E Sapatos

História do Peninha, de 1975.

Patos usam sapatos? A resposta a esta pergunta vai depender de quem são esses patos, é claro. Em Patópolis, por exemplo, a maioria dos patos não os usa. Donald e Peninha andam descalços, o Tio Patinhas usa polainas (um tipo de proteção para as pernas, feita de lã ou até mesmo de couro, que geralmente fica sobre os sapatos) nos pés nus, e somente o vilão Patacôncio anda calçado.

A coisa toda é uma brincadeira com as palavras “sapato”, “pato” e “chato”. Por exemplo: o Patacôncio usa sapatos, é pato, e também é muito chato. Será que ele poderia ser considerado um pato “chato de galochas“?

Outro elemento da história é a espionagem industrial, com o Peninha como publicitário das Indústrias Patinhas e alguns figurantes no papel de equipe criativa do Patacôncio (um dos quais, de cabelo comprido e liso, lembra um pouco as representações feitas de papai em várias outras histórias).

Isso, aliás, é algo recorrente nas histórias de papai: para conseguir copiar (e de maneira medíocre) o que o Patinhas faz com a ajuda de um sobrinho ou dois, seja no campo dos quadrinhos ou da publicidade, o Patacôncio precisa contratar toda uma equipe de profissionais renomados.

O principal espião desta história, o Zé Ratinho, é uma ratazana falante que participa de exatas quatro histórias, todas de autoria de meu pai, e contracena geralmente com o Doutor Estigma contra o Morcego Vermelho, mas também já foi parceiro de malfeitos do Professor Gavião. Ao que parece, ele não é o ajudante fixo de nenhum vilão, mas sim um malfeitor “de aluguel”.

Interessante (e hilária) é a decisão do Peninha de “pagar espionagem com espionagem”. Mas a “espionagem” do pato é feita menos para saber o que o vilão está planejando, e mais para infiltrar e causar confusão, quase como uma espécie de punição.

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História Pra Boi Não Dormir

História do Biquinho, de 1986.

O título se refere a uma velha expressão popular: “história”, ou melhor, “conversa (mole) para boi dormir” é o mesmo que inventar mentiras em sequência para tentar enganar alguém.

Hoje papai associa o conceito com as histórias noturnas contadas às crianças pequenas pelos pais ou tios com a característica do Biquinho de ser difícil de colocar para dormir e com um antigo conto de fadas chamado “Os Três Cabelos de Ouro do Diabo”, dos Irmãos Grimm.

Há toda uma arte e uma ciência por trás dessa coisa toda de se contar histórias para dormir, na verdade. Mais do que o teor da história em si, especialmente para crianças bem pequenas, o que realmente vale é manter um tom de voz calmo e pausado, para que a pessoinha ali na cama se acalme e durma. Daí a associação com a conversa para boi dormir.

Para crianças mais velhas um pouco, a repetição de uma mesma história, noite após noite (ou várias vezes em seguida em uma mesma noite) também tem um efeito calmante por causa justamente da previsibilidade. Saber a história de memória, poder prever o que vai acontecer e até declamar os diálogos, dá à criança uma sensação de segurança. (Mas, até que a história se torne realmente familiar, alguns “acidentes de percurso” podem acontecer.)

Mas é claro que para toda regra existe uma exceção, e hoje ela se chama Biquinho. E papai “empresta” ao patinho toda a criatividade que ele mesmo tinha quando criança, nos tempos em que inventava finais alternativos (e frequentemente muito mais engraçados) para as histórias que ouvia.

Só que, para o Biquinho (e para a diversão do leitor), isso nem sempre é uma coisa boa.

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As Aventuras De Pen-Hur

História do Peninha, de 1984.

Também poderia facilmente se chamar “As Desventuras de Pen Hur”, pela quantidade de encrencas pelas quais o herói terá de passar, mas “Aventuras” também está ótimo.

A inspiração vem do clássico filme “Ben Hur”, de 1959, estrelado por Charlton Heston. Juntamente com “Cleópatra” e outros do gênero, este foi um daqueles filmes épicos que marcaram várias gerações, chegando aos anos 1970 e 1980 ainda com a mesma fama e capacidade de cativar os espectadores.

A trama de papai como de costume consegue transformar um grande drama em uma comédia, mas ainda assim é razoavelmente fiel ao original. Quem conhecer a história do filme e ler a HQ, ou, ao contrário, ler a HQ e depois for ver o filme, certamente reconhecerá boa parte da história.

Os nomes dos personagens são todos adaptados, é claro, para um maior efeito cômico. Assim, o centurião Messala, principal vilão da história vira “Xatus Pacas”, por motivos óbvios, e o “centurião bom”, de nome Arrios, acaba virando “Arrius Equus”, em uma brincadeira com a expressão “arre, égua” e uma alusão ao amor dos romanos antigos por seus cavalos.

Alguns elementos são mantidos, como a mocinha por quem o herói é apaixonado sendo prometida contra a vontade a outro, as galés e a corrida de bigas, pontos fortes do filme. Outros elementos são atenuados, como a tentativa de suicídio do centurião bonzinho, que vira um acidente de quase afogamento no mar, e ainda outros são totalmente eliminados, como a existência da mãe e da irmã do herói, a doença delas e as referências ao Cristianismo. Essas partes mais trágicas e religiosas não “cabem” no estilo da Disney nem no número de páginas proposto para as histórias.

Como sempre, é um bom ponto de partida para que o leitor vá pesquisar mais um pouco, e de preferência ler um livro ou assistir a um filme ou dois.

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O Tenebroso Dr. Plástico

História do Morcego Vermelho, de 1975.

Eu tenho a impressão de que a Glória só não sabe que o Morcego Vermelho e o Peninha são a mesma pessoa porque não quer. Ela bem que desconfiou durante um tempo, mas, certamente por amor ao Peninha e para não correr o risco de revelar tudo por engano, ela simplesmente nem pensa no assunto.

Afinal de contas, uma moça esperta como ela logo entenderia por quê há um (prodigioso, para aqueles tempos) telefone sem fio tocando dentro da cesta de piquenique do Peninha durante um feriado, apesar das desculpas esfarrapadas do pato.

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De resto, o vilão da vez se chama “Plasto, o homem de plástico” (em uma referência ao tempo em que o tema de abertura do programa Fantástico, da TV Globo, tinha letra), e é mais um dos robôs maléficos do Dr. Estigma, uma espécia de “primo” do homem elástico, ou um “parente distante” do monstro de piche. Outros robôs de papai, em histórias semelhantes, são “o invencível Mancha Negra”, ou mesmo as cópias que o Professor Gavião fez de si mesmo em “Fica Assim de Gavião”.

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O método para vencer o robô também será parecido: já que não se pode lutar diretamente contra ele, que atira bolas de plástico pegajoso contra seus oponentes para imobilizá-los, o jeito será ser mais inteligente e procurar um caminho menos direto.

Esse tipo de arma não letal, aliás, é algo que já está em uso hoje em dia por forças policiais de todo o mundo. Eu já disse que a imaginação de papai estava uns 30 anos à frente de seu tempo? 😉

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Um Natal Do Passado

Publicada pela primeira vez em dezembro de 1982, a história mescla acontecimentos do tempo presente com as lembranças de Natais passados da Vovó Donalda.

Assim, temos os personagens que já conhecemos, juntamente com suas versões mais jovens e outros, apresentados hoje ao leitor, que são antepassados dos atuais, mais ou menos como aconteceu na saga da História de Patópolis (que foi publicada, aliás, no mesmo ano). Seria esta uma história de Natal não oficial da série?

Não há menção à Pedra do Jogo da Velha, mas temos um mapa das minas de ouro da cidade, encontrado e muito bem oculto pelo jovem Patinhas que, na época, era apenas um patinho, assim como a Donalda. Outros personagens são tios avós dos metralhas atuais, e alguns parentes da Vovó, como sua própria avó, de nome Hortênsia, e um tio chamado Donaldo.

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O trunfo da história, o detalhe central que denota a esperteza precoce do Patinhas e leva à derrota dos bandidos, gira em torno do boneco de neve que a jovem Donalda, na época com 5 anos de idade, está fazendo quando a história começa. Papai confia na atenção do leitor para que ele perceba o que está acontecendo.

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O resto é a história da luta de uma família desarmada contra bandidos ferozes, com o uso de um engraçado detalhe, que é o que vai finalmente colocar os vilões para correr sem que os patos precisem recorrer à violência. Uma vez derrotados os bandidos, a história pode então terminar enquanto começa a festa de Natal da Família Pato, com direito a votos de Boas Festas aos leitores.

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Penameu E Glorieta

História do Peninha, publicada pela primeira vez em 1985.

Mais do que uma brincadeira com o tema de Romeu e Julieta, de Shakespeare, esta é uma história sobre identidades trocadas. Para começar, o nome do personagem principal é “Pena”. Somente Pena. Mas, do jeito que ele fala quando perguntam, todo mundo entende “Penameu”.

Peninha Glorieta

O nome da cidade de Verona é mantido, por uma questão de se deixar claro sobre o que é a sátira, mas até os sobrenomes das famílias rivais são trocados: os Capuleto viram “Capeletti”, e os Montecchio são os “Macarroni”. A intenção, além de romancear os nomes, é também fazer uma brincadeira com a cultura e a gastronomia da Itália.

Mas o “Pena, Meu” não é integrante de nenhuma das duas famílias. Ele é simplesmente um forasteiro que chega à cidade e de repente se vê no meio da bagunça. Por uma série de coincidências, é “adotado” pelos Macarroni, e é nessa condição que ele acaba indo parar no baile dos Capeletti.

De qualquer maneira, como no Ato II, Cena II da peça, ele não é “nem um, nem outro”, e isso é uma referência à fala do próprio Romeu. Outras referências e citações estão espalhadas ao longo das páginas, algumas de Shakespeare, outras de outros poetas e até mesmo de contos de fadas, como por exemplo uma menção à fábula de Rapunzel, uma brincadeira com a cena do balcão e menções ao rouxinol e à cotovia.

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Apesar das gargalhadas que a paródia de papai provoca, é preciso lembrar que a peça original é uma tragédia, que no espaço de 5 dias narra um mal fadado romance entre um rapaz de 17 anos de idade e uma menina de 13, e termina com cinco mortos. Por isso é óbvio que esta história também não poderá ter um final feliz, ainda que não termine em morte, coisa que não “cabe” em uma história Disney.

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As Caçadoras da Arca Perdida – Parte 2 – Inédita

Esta terceira e última “história testamento”, escrita em 04/07/1993 e jamais publicada, não deixa nada a desejar até mesmo em comparação com as histórias de Natal Premiadas de papai: até milagre vai ter, no final, com direito à descoberta definitiva da Arca da Aliança e a revelação da verdadeira identidade do Professor Said Mulla.

A página de rafe da Editora abril é um pouquinho larga demais para o meu scanner, mas ele deixou várias notas com instruções nas margens. Na primeira página, por exemplo, o lado israelense do Rio Jordão é verdejante, enquanto o da jordânia é puro deserto. O que parece um coqueiro, na terceira página, é na verdade uma tamareira. E na página 9, os metralhas sobre camelos usam a Cafia jordaniana, quadriculada em vermelho e branco.

Na segunda página, toda a história que o Professor Said conta é verídica. Essa é a verdadeira lenda judaica de como a “Arca Perdida” se perdeu. Mas a partir do momento em que o Pardal chega a Israel, a história toda toma um rumo mais fantasioso. Mas tudo bem, afinal, não há prova alguma sobre a atual localização dos objetos sagrados do povo judeu.

No final, o “Professor Said” revela ser, na verdade, o “Professor Zaid”, arqueólogo judeu e diretor do Museu de Jerusalém. Essa é uma maneira romanceada que papai achou para explicar sua mudança de país e de nome, com toda a carga cultural e emocional que isso acarreta.

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Bruxedos E Trapalhadas

História da Madame Min, de 1974.

Uma coisa interessante na qual nem todo mundo repara é que o Ronrom, o gato do Donald que tem por passatempo seguir o Peninha sempre que ele vai pescar, e o Mefistófeles, o feroz familiar da Madame Min, são quase idênticos.

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E é basicamente neste fato que papai se baseou para criar esta história. Mas o caso de identidade trocada, aqui, não será exatamente entre os gatos (seria óbvio demais). A bruxa conhece muito bem o seu bichano, e não iria se confundir assim tão facilmente.

Mais do que o Ronrom, a “vítima” da história é o Peninha, que passa a trama toda se dando mal de várias maneiras diferentes. E já que tanto o Mefistófeles quanto o Ronrom gostam de peixe, essa será a “linha” que vai costurar a coisa toda, da primeira página ao último quadrinho.

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A diferença entre os gatos, aliás, é que o animal da bruxa pelo menos ganha o seu peixinho de vez em quando. Já o Donald só dá leite ao seu, o que faz com que ele esteja sempre disposto a se encrencar para ver se consegue algo mais substancioso para comer.

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