Um Bandido Metido A Besta

História do Morcego Vermelho, de 1977.

Hoje teremos uma verdadeira aula sobre uma modalidade de arqueria pouco conhecida, já que o bandido da vez usa uma besta como arma e instrumento de utilidades.

MOV besta

Na verdade o nome da arma é lido “bésta”, mas pouca gente sabe disso. A pronúncia mais comum é com o “E” fechado mesmo, o que dá ensejo a várias conotações e trocadilhos. Mas entre bestas, besteiros e besteiras, o leitor já aprendeu mais alguma coisa para incrementar a sua cultura geral.

MOV besta1

Nesta história vemos o Morcego tentando instituir a “conta morcego”, já que vive tendo de pagar os estragos que frequentemente faz pela cidade ao perseguir os bandidos. Como papai não dava ponto sem nó em seus roteiros, esse fato também terá importância na hora da prisão do bandido. Afinal de contas, se você fosse o dono de uma loja e algum maluco mascarado, que pode ser qualquer pessoa, lhe pedisse para fazer fiado, você aceitaria? Pois é.

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Na Gota D’Água

História do Mickey e do Pateta, criada em 1974 e publicada em 1977.

É um caso policial clássico, com abundantes pistas deixadas para que o leitor atento possa juntar os pontinhos e resolver o mistério por si mesmo. Já de saída os nomes dos personagens, Dr. H. Doizó (uma brincadeira com a fórmula da água – H2O) e Dr. Tramoia, dão uma boa ideia sobre quem seria o vilão da história.

Eu me lembro que mais ou menos nessa época papai comprou um microscópio para brincarmos em casa, com a água dos vasos de flores. Outra inspiração pode ter vindo de antigas histórias de ficção científica como Viagem Fantástica, filme de 1966, e congêneres. Tenho a impressão que, desde a invenção dos microscópios, sempre houve quem sonhasse poder se embrenhar nesse ambiente das coisas minúsculas.

O vilão aqui é até esperto, mas comete o erro da maioria dos vilões de Agatha Christie ao subestimar a inteligência do detetive. Ou dos detetives, porque até o Pateta consegue desta vez desvendar o mistério com certa facilidade.

Mickey gota

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Uma Tijolada na Ideia

História da Patrícia, personagem de Ely Barbosa, escrita em março de 1988 e publicada na revista Patrícia em Quadrinhos número 18 em junho de 1988 pela Editora Abril.

Esta é a segunda e última história com a participação do Doutor Sílvio Pestana, o psicólogo infantil maluco que foi inspirado em um parente nosso. A Patrícia está, novamente, com problemas de memória, e é levada mais uma vez ao doutor para uma consulta. Mas é claro que nesse encontro acontece de tudo, menos um tratamento psicológico.

Para começar, nenhum dos dois acerta o nome do outro. Se a paciente não está lá muto bem da cabeça, o doutor também não está. O que os salva é o fato que eles são dois “malucos beleza”. Afinal de contas, um pouco de maluquice nunca fez mal a ninguém, e esse tipo de distração pode até ser um sinal de criatividade, dizem os cientistas.

Patricia tijolada

O interessante é que o doutor propõe para a Patrícia (e para o leitor) um problema para resolver que de maluco não tem nada. Maluco será o método que a menina e o psicólogo usarão para tentar resolver o problema, coisa que o leitor, é claro, não precisará fazer. Eis aqui a pergunta:

Patricia tijolada1

A resposta estará na página que criei para homenagear papai no Facebook, é só acessar e curtir: photos/p.389497374578583/389497374578583/?type=3https://www.facebook.com/saidenbergivan

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Tortas E Pastelões

História do Peninha, de 1974.

Eu já comparei, em postagens anteriores neste blog, certas histórias de papai a receitas culinárias: basta combinar as características já conhecidas dos vários personagens da maneira correta, temperar com um pouco de humor, mistério ou drama, dar uma agitada e voilà! Temos uma história em quadrinhos.

E ele também tinha plena consciência dessa analogia, e aqui não é diferente. Pense bem, leitor: se misturarmos o Peninha, o Ronrom, uma torta de peixe e um concurso de culinária, o que teremos? Uma comédia pastelão, é claro!

O concurso é concorridíssimo, e todo mundo que cozinha, ou acha que cozinha em Patópolis está concorrendo. A Vovó Donalda com sua famosa torta de maçãs, o Donald com uma torta gigante, e até o Tio Patinhas, com uma torta econômica que não leva ovos, nem leite, nem recheios caros. Cada personagem tem uma torta ao seu estilo, e que combina com a sua personalidade predefinida.

Como mais uma pitadinha de humor, os cacófatos e trocadilhos abundam nos nomes dos jurados, bem ao estilo de papai.

Peninha tortas

Piadas recorrentes, como as várias cenas nas quais o gato é escorraçado de perto da torta do Peninha também são salpicadas aqui e ali como se fossem sal ou até algo mais fino, como lascas de trufas negras. Por fim, a ideia fixa do Ronrom por peixes vai eliminar qualquer possibilidade de que esta história não termine em confusão.

Peninha tortas1

O leitor atento já deve ter adivinhado como esta história termina, afinal, não se pode colocar uma torta salgada para assar e esperar retirar do forno um bolo doce, mas até aí isso é o de menos, e a própria previsibilidade faz parte da graça.

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Minha biografia de papai “saiu do forno” recentemente e está à espera de vocês nas melhores livrarias, sonhando em ser vendida tão facilmente quanto biscoitos fresquinhos. E faltam só dois dias para a tarde de autógrafos na Livraria Monkix em São paulo no próximo sábado, dia 27 de junho:

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Amor, A Contas Me Obriga…

História do Zé Carioca, escrita em 1977 e publicada em 1980.

Por amor à Rosinha o Zé faz qualquer coisa, até trabalhar. Especialmente quando ela ameaça não falar mais com ele enquanto ele não arrumar uma ocupação.

ZC contas

A graça toda da história está na ironia, no inusitado e no insólito da situação: o único emprego que o Zé consegue arrumar na Vila Xurupita é de… cobrador! Justo ele, que sempre teve problemas com contas atrasadas, e que tem até mesmo uma associação de cobradores especializada em cobrar somente a ele.

E pior, ele é bom nisso. Sem dó nem piedade, vai cobrando até os amigos, um a um. Nem o medo de perder as amizades o faz parar, e isso mostra a importância que a periquita tem na vida do papagaio. Se alguém ainda duvidasse do amor do Zé, agora não duvidaria mais.

ZC contas1

A história também mostra bem a evolução da Vila Xurupita, de favela encarapitada no alto do morro mais alto do Rio de Janeiro a bairro de casas de alvenaria, completo até com a sede de uma Associação Comercial. Se fosse em São Paulo, o lugar já seria praticamente uma subprefeitura.

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A Ameaça Dos Térmitas

História do Tio Patinhas, de 1973.

O velho pato muquirana está constantemente pensando em novas ideias para ganhar mais dinheiro gastando menos, mas o fato é que o barato pode sair caro. Em todo caso, de acordo com a definição clássica do personagem, mesmo quando o Tio Patinhas perde, ele sempre acaba ganhando de alguma maneira.

Um dos grandes desafios de mineradores de todos os tipos é conseguir saber onde, afinal de contas, começar a cavar para encontrar os materiais preciosos que procuram com pouco esforço e gastos, de preferência. Os métodos de prospecção para isso são muitos, dos mais científicos aos mais esotéricos, e uma empreitada de mineração pode custar bem caro.

A ideia do ricaço é certamente criativa, mas pouco prática (e é sobre essa base de impraticabilidade que papai constrói o roteiro): colocar insetos para cavar a terra, e depois mandar analisar o material trazido de graça por eles à superfície em busca de traços de algo que se possa minerar. O problema é que, em condições normais, isso demoraria demais, inviabilizando o projeto.

O Professor Pardal é chamado para ajudar, e a solução que ele apresenta se transforma em um problema, somente para logo em seguida se transformar, por uma sucessão de coincidências e golpes de sorte, novamente em uma solução (ou, pelo menos, em mais uma fonte de lucros, já que o Patinhas não veio ao mundo para perder dinheiro).

Para aguçar a curiosidade do leitor e tentar expandir um pouquinho seus conhecimentos gerais, papai colocou no título da história uma palavra pouco usada em Português do Brasil, mas aparentemente bastante comum em Portugal para denominar certos tipos de cupins, especialmente aqueles que cavam a terra, mais do que os que roem madeira.

TP termitas

Há uma forte influência de Carl Barks no roteiro, mas o limite de 10 páginas imposto pela editora para a maioria das histórias (esta tem 8) impede um desenvolvimento mais ousado da trama, que certamente poderia chegar a proporções mais épicas com muito pouco esforço por parte do roteirista.

Curiosa é a diversidade de ecossistemas que cercam a cidade de Patópolis: praia, montanhas, área rural agriculturável, floresta enfeitiçada, e agora um deserto bastante próximo.

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A Montanha Enfeitiçada

História dos Escoteiros Mirins, de 1982.

Voltamos à Floresta Negra, onde (pelo menos nas histórias de papai) acontece a maioria das coisas misteriosas nas cercanias de Patópolis. Como todos sabem, é uma floresta enfeitiçada habitada por bruxas e outras pragas, na qual se passa boa parte da história da Branca de Neve e onde até as árvores costumam agarrar e morder os desavisados.

A missão dos meninos é chegar do Pico do Rola-Rola, que nunca foi escalado com sucesso. (No processo descobriremos também por que a montanha tem esse nome.) Os alpinistas que já tentaram juram que a montanha é enfeitiçada, mas os nossos racionais Escoteiros não acreditam em bruxarias. (O problema é que não acreditar nunca protegeu ninguém delas…)

Me parece que papai é um dos poucos que usam sempre os títulos de “G.E.N.E.R.A.L” e “C.H.E.F.E” como código para uma descrição bem mais detalhada das patentes dos adultos. O primeiro é “Grande, Enérgico, Nobre Escoteiro, Realmente Apto a Liderar”. O outro é “Combatente Heroico e Entusiasta Formidável do Escotismo”.

Uma vez iniciada a escalada coisas estranhas começam a acontecer, como pedras e tocos de árvores rolantes  que aparecem do nada, e vão machucando e tirando menino após menino da aventura. À medida que os obstáculos vão ficando cada vez mais misteriosos e perigosos, o leitor começa a se sentir convidado a investigar o que está acontecendo.

Mas é só quando os meninos são atacados por um misterioso pássaro que o leitor atento vai matar a charada. Há uma determinada bruxa que é mestra em transformações, mas que nunca consegue disfarçar muito bem a sua cabeleira cor de lavanda. E se nem os Escoteiros conseguem identificar o tipo do pássaro, é porque boa coisa não pode ser:

Escoteiros Montanha

Desta vez papai coloca o General e o Chefe para trabalhar também, eles que na maioria das histórias só ficam de longe observando com seus binóculos e distribuindo medalhas ou broncas. Que façam um pouco de esforço, para variar. E que, de quebra, deem de cara com aquelas mesmas coisas nas quais eles não acreditam. Afinal de contas (e como diz o velho ditado) “não creio em bruxas, mas elas existem sim”.

Escoteiros Montanha1

E agora, uma palavrinha de “nossos patrocinadores”: na revista Edição Extra número 137, onde esta história aparece pela primeira vez, temos um anúncio em forma de história em quadrinhos das Meias Lupo, de duas páginas. Esta história, e todo o desenvolvimento do personagem Coelhinho de Mola, também é de papai. Pelo que me consta, ele escreveu três destas peças promocionais, intituladas “A Lebre e a Tartaruga”, “Uma História de Amor” e “O Bicho Saltador”.

Lupo Bicho Lupo Bicho1

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Lista de Trabalho – II

Só para lembrar, nem tudo o que é mencionado nestas listas foi publicado. Algumas coisas são apenas ideias, outras são testes, ou outros tipos de projetos. Nem tudo está em ordem cronológica: às vezes, ele ia anotando conforme se lembrava de um projeto mais antigo. Além disso, algumas histórias foram compradas e nunca publicadas. Outras eram compradas e publicadas, mas com nomes diferentes, a critério do editor. E mais, nem tudo são quadrinhos. Há colunas para jornais e revistas, projetos de publicidade e vários outros tipos de textos.

De modo geral, primeiro vem o nome da história, seguido do nome do personagem principal e do número de páginas. “Rep” significa “Republicada”, e “Ref” ou “p/ Ref” é “para reformular”. Numerais romanos simbolizam a versão (I, II, III…) de uma história que voltou, foi reescrita, e em seguida enviada de volta.

O leitor atento verá, na lista de hoje, alguns títulos de histórias da Turma da Mônica. Por favor, não vá perguntar ao pessoal da MSP sobre elas, porque eu já fiz isso. Me parece que foram testes, ou ideias, ou algo assim, já que papai e o Maurício eram amigos, mas nada consta nos arquivos deles como tendo sido comprado ou publicado.

De Fevereiro de 1973 a Abril de 1973:

  • Resultado Chutado – Zé Carioca 7 (Republicada)
  • Festança Na Roça – Zé Carioca 8
  • No Reino De Pindaíba… – Zé Carioca 7 (Republicada)
  • O Águia – Zorro 12
  • Em Busca Do Zorro – Zorro 15
  • O Grande Golpe – Metralhas 7
  • Mancha Em Patópolis – Mancha 10
  • Mancha Em Buga-Buga – Mancha 10
  • Mancha Em El-Arak – Mancha 11
  • Mancha Em Bengala – Mancha 11
  • Mancha Em Ping-Pong – Mancha 11
  • Mancha Em Pago-Não-Pago – Mancha 10
  • Mancha No Faroeste – Mancha 13
  • Mancha Em Copacabana – Mancha 12
  • O Capitão Feio Ataca Novamente – Cebolinha 12
  • Bugu, O Novo Herói – Bugu 5
  • Papel Pega Cebola – Cebolinha
  • As Criaturas do Gelo – Horácio 14
  • Bloco na Lua – Cebolinha
  • A Ajuda do Tio Glunk – Piteco 13
  • Pop! Pop! Pop! – Rolo
  • A Coisa – Mônica 12
  • O Salto – Bidu 1
  • Regando o Jardim – Cebola 7
  • O Banho – Cascão 1
  • A Roupa Nova – Cebolinha
  • Isso Não Existe – Cebolinha
  • Pulando Amarelinha – Cebolinha
  • Roda, Pião – Cebolinha
  • Super, Mesmo – Cebolinha
  • No Continente Africano – Curiosidades 1 (Não HQ) – Almanaque Disney
  • O Morcego Do Mar – Morcego Vermelho 4
  • O Pior Atirador do Oeste – Pepe Legal 10
  • Por Quê Foges Tanto Assim, Rapaz? – Wallis Gator 8
  • Atire a Primeira Pedra – Flintstones 6
  • O Beco do Perigo – Manda Chuva 8
  • Quem Nunca Comeu Melado – Zé Colméia 8
  • Salvando a Linda Donzela – Tuchê 6
  • O Mistério Misterioso – Olho Vivo 8
  • Um Dia de Folga de Jorge Jetson – Jetsons

De Abril de 1973 a Junho de
(200 trabalhos alcançadas em 3/4/73)

  • Na Terra do Espelho (Reaproveitada)
  • Enganando as Formigas – Cebolinha
  • Triplo Mesmo! – Mônica
  • O Chato ao Telefone – Cebolinha
  • Uma Missão Espinhosa – Pena Kid 9
  • O Novo Livro De Bruxarias – Maga 3
  • Além Da Imaginação – Maga 7
  • Mal Me Quer, Bem Me Quer – Morcego Vermelho 8
  • A Praça é do Povo – Mônica 9 PG
  • Os Detetives Da Moleza – Zé Carioca 8
  • O Morcego Voador – Morcego Vermelho 8
  • O Monstro De Piche – Morcego Vermelho 5
  • A Casa Maluca – Morcego Vermelho 8
  • Fórmula Zero – Zé Carioca 9 (Republicada)
  • O Esportista – Zé Carioca 7 (Republicada)
  • Estrada De Ferro Patopolense – Peninha 8
  • Restaurando O Restaurante – Pardal 5
  • A Visita Dos Manchinhas – Mancha Negra (Refeita)
  • Zé Pelé – Zé Carioca 8
  • Pepe Legal – Pepe Legal 6
  • A Pesca… Ria – Zé Carioca 1
  • A Fonte Da Velhice – Peninha (Reaproveitada)
  • Férias e Feriados – Cebolinha
  • Fale, Baixinho – Cebolinha
  • Os Super-Cupins – Superpateta 8 (Republicada)
  • O Pior Aluno da Classe – D. Educação
  • Guerra Que Não Houve – Vupt 6
  • O Espião Que Entrou Numa Gelada – Peninha 9
  • O Homem Elástico – Morcego Vermelho 7
  • O Cão Siamês – Banzé 4
  • Comédia e Tragédia dum Donatário – Vupt 6
  • Vovô Deville – Peninha 9
  • Um Certo Capitão Pero de Goés – Vupt 6
  • Um Orangotango Em Patópolis – Morcego Vermelho 7
  • Polícia Desmontada – Peninha 8
  • Qualquer Semelhança… – Margarida (Reaproveitada)
  • Quem Tem Medo Do Lobo Mau? – Lobão
  • A Verdurite Aguda – Lobão 5
  • Quem Tem Medo Do Morcego Vermelho? – Morcego Vermelho 6
  • A Volta Do Morcego Vermelho – Morcego Vermelho 15

De Junho de 1973 a Agosto de 1973:

  • O Morcego Vermelho – (Reaproveitada)
  • O Adão Pernambucano 6 – Vupt
  • Como são as coisas em Aquamoka? – Vavavum 8
  • O Telefone Morcego – Morcego Vermelho 1
  • O Monstrengo – Morcego Vermelho 9
  • Um Grilo No Trânsito – 7
  • O Diabólico Kid Mônius – Morcego Vermelho
  • Um Morcego Em Copabacana – Morcego Vermelho 7
  • Morcego Vermelho Contra Mancha Negra (Livro)
  • Motorista Congestionado – Grilo Falante
  • Superpateta X Metralhas – Livro 40
  • Minha Vida Daria Um Livro – Peninha 7
  • Pesquisa Através Do Tempo – Peninha 7
  • A Vovó Da Chapeuzinho – Morcego Vermelho 8
  • O Primeiro Rei Negro – Vupt 6
  • Tio Patinhas Contra Maga Patalógica – Livro 40 Pags
  • Um Sabor de Aventura – Crás! 5
  • Os Discos Voadores – Crás! 2 pgs
  • A Minhoca Atômica – 3
  • Adivinhão! – Zé Carioca 6
  • Os Sobrinhos X Os Manchinhas – Livro 40
  • O Manual Do Peninha (Republicado)
  • Ser Pedestre É Uma Parada – Grilo Falante (Republicada)
  • O Cavaleiro Da Patética Figura – Pateta E Gil 9
  • Presente De Grego – Metralhas 7
  • A República de Palmares – Vupt 6
  • Um Morcego Do Outro Mundo – Morcego Vermelho 8
  • O Rocambole Que Deu Bolo – Morcego Vermelho 7
  • O Novo Aprendiz De Feiticeiro – Peninha 7 (Republicada)
  • Esquálidus X Coisa Estranha – Livro 40
  • O Carteiro Voador – Peninha 7 (Republicada)
  • Arsene Lobão – Lobão 6 (Republicada)
  • Tico E Teco E O Teco-Teco – Tico e Teco 6 (Republicada)
  • Que Bolada! – Zé Carioca 8 (Republicada)
  • Superpato X Homem Elástico – Livro 40
  • O Aquário Dos Patos – Peninha 8
  • A Noite Do Curupira – Lobão 6
  • Zé Penetra – Zé Carioca 3
  • Zé E A Loteca – Zé Carioca 1
  • Zé E O Bolão – Zé Carioca 1
  • A Embaixada – Zé Carioca 1

Agosto de 1973 a novembro de 1973:
(300 trabalhos em setembro de 1973)

  • Ladrão! – Zé Carioca 1
  • Zé Juiz – Zé Carioca 1
  • Zé Cracão – Zé Carioca 1
  • Zé Comilão – Zé Carioca
  • Zé Frangueiro – Zé Carioca 1
  • Zé Torcedor – Zé Carioca 1
  • O Morcego Espião – Morcego Vermelho 7
  • Tortas E Pastelões – Peninha 6
  • Dormindo No Ponto – Peninha 6
  • No Rítmo Da Bruxa – 7 Anões 8
  • Olhe Bem Nos Meus Olhos – Morcego 7
  • Na Terra Dos Espelhos – Morcego 7
  • Lampadinha Ou Lampiãozinho? – Pardal 6
  • Zé Mandraque – Zé Carioca 7
  • O Desmancha Concursos – Os Aristogatas 6
  • Turistas Em Férias – Zé Carioca 6 (Republicada)
  • Metralhópolis – Metralhas 9 (Republicada)
  • Robin Grude – Zé Carioca 10
  • O Segredo Do Zé – Zé Carioca (Reaproveitada) 2 Anos!
  • O Biriba Esteve Aqui – Morcego Vermelho 7
  • As Mil Faces Ocultas – Morcego Vermelho 7
  • Patetoque, O Detetive – Pateta 8
  • O Invento De Esquálidus – Esqualidus 8
  • Experiência Anterior – Ron-Ron
  • 50 Anos Felizes – Walt Disney 15
  • Feliz Natal – Morcego Vermelho 1
  • Salve A Seleção! – Donald (Republicada)
  • Zé Técnico – Zé Carioca 1
  • Zé Massagista – Zé Carioca 1
  • O Príncipe Subterrâneo – Morcego Vermelho 7
  • Monotonópolis – Pardal 8
  • O Roubo Da Diligência – Zorro 14
  • Um Povoado Pacato – Zorro 13
  • A Grande Gincana De Patópolis – Metralhas 8
  • Traje Esporte – Pateta 1
  • Pena Kid Ataca Novamente – Pena Kid 8
  • A Volta De Robin Grude – Zé Carioca 8
  • Um Entregador Sob Encomenda – Peninha 6
  • Bruxópolis – Peninha 5
  • Retrato Falhado – Peninha (Reaproveitada)
  • O Fantasma Do Castelo – Pateta 9
  • Zé E O Barão De Basófia – Zé Carioca 9
  • É Duro Ter Cartaz – Zé Carioca 3
  • Na Terra Dos Minimuns – Morcego 6

De Novembro de 1973 a Janeiro de 1974:

  • O Fabuloso Anel Dos Sete Encantos – Donald 21
  • As Garatujas Abomináveis – Morcego Vermelho 5
  • O Pequeno Aeronauta – Lampadinha 3
  • Papéis Trocados – Lobão 7
  • Nem Prática, Nem Habilidades – Peninha 6
  • Pra Ver A Banda Passar – Ron-Ron e Peninha 6
  • O Monstro Do Lago – Morcego 10
  • O Segredo Da Garotada – Sobrinhos 2
  • Professor Pardal X Homem Elástico – Livro 40
  • Barão Do Porão E A Assombração – Peninha 7
  • Quem Tem Manual, Tem Tudo – Zé Carioca (Reformulada)
  • Patetópolis – Pateta 9
  • Kung-Fu-Zão – Morcego 7
  • Nem Tudo Na Vida São Flores – Pererê 7
  • Bruxedos E Trapalhadas – Peninha 9
  • Um Monstrengo Incomoda Muita Gente – Morcego Vermelho 8
  • O Detetive Peninha – Peninha E Ron-Ron 8
  • Robinson Peninha – Peninha e Ron-Ron 8
  • O Cavaleiro Escarlate – Robin Grude (Zé Carioca) 9
  • O Mágico Do Mal! – Morcego 11
  • Mancha Na História – Mancha Negra 6
  • Mancha Na Idade Da Pedra
  • Mancha No Antigo Egito – Mancha 11
  • Mancha Na Grécia Clássica – Mancha 10
  • Mancha Em Roma – Mancha 15
  • Mancha Na Idade Média – Mancha 9
  • Mancha Na Pirataria – Mancha Negra
  • Mancha No Tempo Colonial
  • Mancha Na Volta – Mancha Negra 6
  • Nomes Do Velho Oeste – Curiosidades 1 (Não Hq) – Almanaque Disney
  • Na Ilha Da Páscoa – Curiosidades 1 (Não Hq) – Almanaque Disney
  • Nos Mares Do Sul – Curiosidades 1 (Não Hq) – Almanaque Disney
  • Os Balões – Curiosidades 1 (Não Hq) – Almanaque Disney
  • A Face Oculta do Cosmos – Lançamento e Personagem Não Disney
  • Só Invente Se For Inventor – Pardal 7
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  • Os Visitantes – Zé Carioca 4
  • A Árvore Do Zé – (Reaproveitada)
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Noite de São João

História da Patrícia, personagem de Ely Barbosa, escrita em dezembro de 1987 e publicada na revista Patrícia em Quadrinhos número 18 em junho de 1988 pela Editora Abril.

É Noite de São João, e a Patrícia convida sua turminha para uma festa na fazenda do pai dela. Mas enquanto a maioria das crianças prepara a festa e as brincadeiras, o Terremoto (o pestinha da turma) faz planos para tentar dar sustos na turma e estragar a diversão dos outros.

 

 

Assim, enquanto os meninos acendem a fogueira, as meninas vão planejando as adivinhações tradicionais para se saber com quem se vai casar, como a da clara de ovo no copo, ou a da faca na bananeira. Até “causos” de assombração e lobisomem as crianças escutam, contados por um dos peões da fazenda.

Patricia sao joao

A história é mais um resgate das antigas tradições juninas do que outra coisa. Até mesmo as tentativas do vilãozinho de pregar peças nas outras crianças, com coisas como a “caveira de mamão” com uma vela dentro, estão de acordo com os costumes da noite.

Patricia sao joao1

É certamente uma lembrança da infância de papai na fazenda, e da magia das festas juninas de outros tempos.

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O Poço Misterioso

História do Zé carioca, de 1975.

Lá vamos nós, novamente, para um subterrâneo. Principalmente nos primeiros anos de sua produção de quadrinhos Disney, papai recorria bastante a cavernas e outros tipos de ambientes sob a terra para criar uma “realidade alternativa” na qual geralmente existia um reino perdido comandado por um rei excêntrico e de baixa estatura, para efeito cômico. Aqui não é diferente.

O subterrâneo acaba sendo uma metáfora para a mente subconsciente, aquele “lugar” do qual vêm a criatividade e a imaginação das pessoas. É como o “medo do escuro” das crianças pequenas. Na luz há tudo o que podemos ver com os olhos físicos. Mas a escuridão é um mistério, que pode ter Bicho Papão, jacaré debaixo da cama, e outros tipos de monstros e assombrações. Tudo de acordo com o que a imaginação mandar.

Outro tema recorrente é a mania do Zé Carioca de “fazer turismo” pegando carona no reboque de um caminhão, em longas viagens que atravessam os sertões deste “Brasilzão velho e sem porteiras”. Pode-se dizer, inclusive, que isto é uma espécie de “turismo de aventura”, já que todo mundo sabe como começa, mas ninguém sabe como vai acabar.

Outra característica do Zé nas histórias de papai é a “grande boca” dele: o que ele diz geralmente o coloca em apuros, ou acaba sendo uma espécie de presságio sobre o que está por vir. Hoje temos, também, um Nestor bastante ranzinza. A impressão que dá é que ele sempre concorda em acompanhar o Zé em suas aventuras somente porque não quer deixar o amigo sair por aí se arriscando sozinho, mas ele mesmo preferiria mil vezes o “conforto” de sua cama de caixotes de madeira e colchão de palha na favela.

E temos também um terceiro companheiro de viagem/aventura. Tião o Destemido, o motorista do caminhão. (Destaque para o clássico “para-choque de caminhão”, com os dizeres: “feliz foi Adão, que nunca teve um caminhão” no primeiro quadrinho. É papai, mais uma vez, fazendo todo o possível para representar a cultura brasileira nas histórias do mais brasileiro dos personagens Disney). Ele aparece apenas desta história, e ao que tudo indica concorda com a presença dos outros dois em seu veículo. Além disso, ele participa ativamente da história.

ZC poco

Por fim, temos o clichê do povo desconhecido que aparentemente vive cercado de riquezas, como por exemplo os habitantes do mundo de Esquálidus, mas para o qual os valores são outros.

ZC poco1

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Outra coisa que é muito preciosa para mim é a minha biografia de papai. Ela pode até não ser cravejada de brilhantes, mas está à espera de vocês nas melhores livrarias:

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