Resultado “Chutado”

História do Zé Carioca e Nestor, publicada pela primeira vez em 1973.

Como explicar a Loteria Esportiva para quem não faz ideia do que seja isso? (Algum tempo mais tarde, aliás, o papel desempenhado aqui pelo Nestor cairia como uma luva para o Afonsinho).

A trama aborda todo o folclore que cerca esse tipo de aposta, desde a profunda decepção de quem faz 12 pontos e tem de ver outra pessoa ganhar o prêmio que passou tão perto e ao mesmo tempo tão longe, até a “sorte de principiante” de quem “chuta” todos os resultados na base do palpite e se dá bem, passando pelos prognósticos e cálculos matemáticos de quem tenta prever o imprevisível.

Já pior do que acertar 12 palpites, ou não acertar nenhum (e dizem que isso é matematicamente mais difícil até mesmo que fazer todos os pontos), é acertar todos os 13 e ainda assim não ganhar porque não pagou pela aposta. Isso, aliás, é até hoje desesperadoramente comum, e volta e meia vemos nas notícias casos de gente que deixa de ganhar uma bolada porque os funcionários da lotérica cometeram algum erro, ou do azarado que por acaso ficou de fora de um bolão do qual ele sempre participava, só para ver os amigos ganharem o prêmio sem ele.

Mas o mais pitoresco nesta história é o registro histórico de um tempo em que o funcionário da lotérica precisava perfurar manualmente o volante para poder depois passá-lo pelo “jurássico” computador que iria então registrar a aposta.

Nestor volante