Bronka À Carioca

História do 00-ZÉro e Pata Hari, publicada pela primeira vez em 1979.

Esta é uma típica comédia de erros, passada no Rio de Janeiro e com a participação do Zé Carioca e de sua turma.

De férias no Rio após derrotar a Bronka, os agentes secretos logo dão de cara com o Zé e o Nestor, que vivem em “férias permanentes”. O pouso como sempre desastrado da nave mutante, e sua mutação nada convincente em guarda sol de metal faz os cariocas pensarem que os espiões são alienígenas. Já os visitantes, ao ver o Zé, se convencem de que estão ás voltas com o Barão de Bazófia, mais um personagem criado por papai e usado em exatas quatro histórias. A última delas, por sinal, é esta.

O Barão é um papagaio muito parecido com o Zé, mas de personalidade totalmente oposta: é rico, bem educado, e vive muito bem vestido, sempre acompanhado de seu chofer e guarda costas. Obviamente, sua maior “utilidade” nas poucas histórias em que aparece é ser confundido com o Zé, ou usar o Carioca como dublê, ou alguma variação da coisa.

Começa assim uma louca perseguição que vai da praia ao morro, os agentes secretos em estilo “Surfista Prateado“, aliás.

ZC Bronka

A perseguição também é pretexto para o Zé e o Nestor darem uma volta pela vizinhança, interagindo com seus vizinhos de maneiras hilárias. Para tentar despistar o Lobo, o Zé se vale até da coleção de gatos do Afonsinho:

ZC Bronka1

Depois de muita confusão e coisas quebradas, o mal entendido é desfeito e a paz volta a reinar. Afinal, não existem espiões na Vila Xurupita (não é?), e a Bronka está acabada… ou será que está, mesmo?

Uma das graças da história fica por conta das várias brincadeiras com a palavra “alienígena”. Assim, vemos a turma do morro chamando os visitantes de  “ali sei lá o quê”, “alienados” e “alienistas” (alienista é, aliás, o profissional que trata de alienados, como no livro de Machado de Assis. Papai certamente esperava que seus fãs fossem procurar no dicionário o sentido das palavras, ou que percebessem a conexão com o romance clássico.).