Inauguração Com Muita Ação

História do Zé Carioca, de 1981.

Atingido na cabeça por uma máquina fotográfica antiga jogada janela afora pelo Nestor, o Zé se inspira para mais um de seus planos mirabolantes: resolve se infiltrar, juntamente com o amigo, na inauguração da “Boate Aligator”.

Eles aproveitam a chegada do carro do “Jornal de Hoje” para entrar na festa “na cola” dos jornalistas. Este era o nome de um jornal que existia em Campinas, e no qual papai tinha uma coluna na época, chamada “Palavra e Traço”.

“Ricardo Avaral”, chiquérrimo dono da boate na história pode ser uma referência a Ricardo Amaral, o assim chamado “rei da noite carioca”. E o nome que o Zé dá a ele, “Zé de Thormes”, é certamente uma alusão a Jacinto de Thormes, pseudônimo do jornalista Maneco Müller, pioneiro do colunismo social no Brasil.

Era dessa maneira que papai ia aproveitando eventos de sua própria vida nas histórias, além de fazer alusão a grandes nomes e fatos da cultura brasileira.

O resto são as confusões de sempre, que nem por isso deixam de ser engraçadas. A piada final (“precisava ficar tão bravo só porque não sabe a resposta?”) vem de uma piada de salão que papai costumava contar, onde o leão sai perguntando aos outros animais da floresta a respeito de “quem é o rei dos animais”. Os outros, sempre mais fracos, respondem que é o leão, é claro. Até que o leão se depara com o elefante, que por ser mais forte lhe dá uma surra em regra. É aí que o leão sai com essa “conclusão”.