História do Zé Carioca, de 1979.
Já que o Pedrão não pode, este ano, ser o Rei Momo da Escola de Samba Unidos da Vila Xurupita por motivo de viagem, a turma vai precisar arranjar outra pessoa para substituí-lo. O problema vai ser, em um lugar tão pobre, encontrar alguém gordo o suficiente para a função.
É então que, diante da absoluta falta de outro candidato, e por não querer usar enchimentos que poderiam cair durante o desfile e tirar pontos da Escola, o Zé resolve fazer o “sacrifício” de engordar (e aproveitar para tirar a barriga da miséria) às custas do caixa da agremiação.
Pode-se argumentar que hoje em dia existem muito mais pessoas obesas nas favelas do Brasil, e há quem possa se sentir tentado a relacionar o fenômeno com algum tipo de melhora nas condições financeiras das populações mais pobres, mas a verdade é que, no final dos anos 1970, o brasileiro em geral não tinha o tipo de acesso a tantos alimentos industrializados e calorias vazias como o que temos atualmente.
Interessante será o método usado para fazer o nosso amigo ganhar peso. Nos quadrinhos, a crítica de livros de auto ajuda e de dietas, por exemplo, é a de que os métodos ensinados neles no mínimo não funcionam, quando não acabam tendo o efeito contrário.
Assim, a cada nova história de Carnaval papai vai examinando um aspecto diferente da festa, a cada vez sob um novo enfoque.
Apesar de não estar ainda creditada no Inducks, ela é dele, sim. O que aconteceu foi que ele só se lembrou de anotar seu nome na Lista de Trabalho quando ela foi republicada, em 1988.
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Prestes bem atenção nos grupos musicais, séries, etc, dos anos 1970. Todo mundo era magro, esquálido mesmo. Gordo era raro, motivo de gozação. Contrasta muito com o tipo físico atual.