Outra dos Irmãos Metralha, publicada em 1981.
A genialidade desta história está em transformar uma ideia muito simples em algo complexo e cheio de ação, com um desfecho ao mesmo tempo lógico e surpreendente.
O vilão Professor Gavião, no afã de querer roubar o mais novo invento do Professor Pardal, que ele nem sabe o que é, cria uma fórmula para encolher os Metralhas e os força a ir à casa do inventor do bem para roubar o projeto.
Papai então usa os Metralhas e o Lampadinha para criar a maior confusão, e ao mesmo tempo em que faz o leitor rir, desvia sua atenção do problema dos metralhas (como voltar ao normal) e da natureza da invenção do Pardal.
A verdade é que os dois inventores, o do bem e o do mal, são igualmente criativos e capazes (afinal, o Gavião não precisou roubar para ter a fórmula do redutor. Ele mesmo a inventou). O que faz o Gavião ser sempre mal sucedido é a sua maldade, e já sabemos que toda maldade é burra e contraproducente.
Quando a finalidade do invento do Pardal (voltado para a agricultura e a solução para a escassez de alimentos no mundo, um nobre propósito digno de um inventor do bem) é revelada, soluciona-se também a trama, e o Gavião se dá mal quando os Metralhas finalmente voltam ao seu tamanho normal.