O Roubo Da Copa Do Mundo

Continuando nossa semana temática, apresento hoje a terceira história que papai escreveu para a Copa do Mundo na Espanha, em 1982.

Como vocês podem ver, ele fez pleno uso da tabelinha da copa, que foi oferecida como “poster” central na revista:

ZC Copa 2

Enquanto isso, na trama, as coisas se complicam.

Papai certamente quis se referir ao roubo da Taça Jules Rimet que havia ocorrido em 1966, na Inglaterra, e recontar essa história do jeito dele, é claro. O que ele não poderia prever (pelo menos, não de modo consciente) é que essa mesma taça, que estava guardada no Brasil, seria roubada e derretida em 1983, um ano apenas após a publicação desta história.

No mundo paralelo criado por papai para homenagear a Copa do Mundo da Espanha temos a “FUFA” (Federação Universal de Futebol Associado), e seu presidente “João A. Valanche”.

Quando o Zé resolve investigar o mistério em nome da “Agência Moleza”, que ele tem em sociedade com o Nestor, acaba sendo confundido com o Mickey, esse sim um detetive de primeira linha, que estava sendo esperado mas se atrasou.

Se aproveitando da confusão, o Zé toma vantagem do tratamento VIP (sob discretos protestos do Donald e do Panchito) para descolar um bom almoço, pelo menos, e com isso acaba descobrindo as primeiras pistas para a solução do mistério. Tanto, que quando o verdadeiro Mickey chega, acompanhado do Pateta, ele pede aos Três Cabaleros que continuem ajudando na investigação.

Eis que o ladrão da Copa é ninguém menos que o Mancha Negra, mestre em disfarces, e arqui-inimigo do Mickey.

Começa assim uma perseguição que usa trens e o serapé voador (e nesta história aprendemos que um serapé é uma espécie de poncho mexicano, e que portanto chamá-lo de “tapete” é realmente um equívoco), e que acaba com a captura do Mancha Negra na região da Mancha, na Espanha, a terra dos moinhos de vento e de Dom Quixote.

Dessa maneira, papai nos leva a um “passeio” pela Espanha, seus lugares famosos, e seus tipos peculiares, como criadores de touros e ciganos, que certamente não deve nada a uma visita real.