Que Venga El Toro!

Seguindo com o tema “Copa”, começo hoje a comentar mais três histórias, publicadas originalmente em uma Edição Especial de 1982.

O gibi que tenho aqui, aliás, está todo anotado com a letra de papai, mostrando que ele usou a revista como parte do “material de torcida”.

ZC copa 1

Esta história dá continuação à trama da anterior, com a chegada dos Três Cabaleros à Espanha, viajando no serapé voador (não é tapete, insiste Panchito, mas sim serapé).

Ao avistarem do alto a arena de touros, o Zé diz uma frase que eu ouvi de papai a vida toda: “que venha o touro, mas que venha em bifes”. Era a piada que ele fazia, sempre que algum problema menor se apresentava. Podia até ser um touro, mas não apresentava ameaça.

A música que o Zé cantarola quando eles avistam o local das touradas é esta aqui, uma marchinha de carnaval de 1938. Esta é uma lembrança de papai do jogo pela Copa de 1950 no Maracanã, quando o Brasil venceu por 6 a 1. Nesse dia, todo o estádio cantava “Touradas em Madrid”.

Ao ser questionado sobre a diferença entre tapete e serapé, Panchito responde com uma linha de Chico Buarque: “No es lo mismo, pero es igual”.

E novamente os amigos pedem ao Zé para comprar algo, sem ter entendido ainda que ele não tem dinheiro algum. Mas desta vez ele resiste à tentação de vender o tapete (perdão, serapé), e ao invés disso inscreve a si mesmo e aos outros dois numa tourada para principiantes. O objetivo era entrar na praça de touros, certo?

O Donald a princípio resiste à ideia de enfrentar um touro, mas acaba aceitando para impressionar as recepcionistas do comitê da copa. Naquele tempo as touradas ainda não eram condenadas, como são hoje, pela crueldade com os animais, mas papai não perde a chance de fazer o touro levar a melhor, e chifrar todos os três.

Nesse meio tempo, percebe-se que os Irmãos Metralha também estão na cidade, e as intenções deles não podem, em absoluto, ser boas. No final tentam roubar o serapé, mas são afugentados pelo próprio objeto que tentavam roubar.

Até aí o Zé até que está se dando bem, apesar da chifrada. A coisa complica mesmo quando a Rosinha vê pela TV o namorado dela sendo beijado por outra moça, e resolve ir à Espanha pessoalmente tirar satisfações. É nessa hora que o Zé prefere passar a noite com os touros a enfrentar a fúria da Rosinha.