Tiôô! Eu Quero Ir Pra Escola!

História do Biquinho, de 1984.

O Peninha sempre foi adepto do empreendedorismo, abrindo todo tipo de negócio a cada vez que é despedido do Jornal A Patada. O fato de nenhum desses empreendimentos ter durado muito tempo, por vários motivos, só serve para tornar a coisa mais engraçada.

Em outros tempos, como em “Sauna, Suor e Lágrimas”, o pestinha que faria tudo ir por água abaixo seria o gato Ronrom, animal de estimação do Donald. Mas após a criação do Biquinho o gato perdeu seu posto de “terror do Peninha” para o patinho, que demonstrou ser muito mais terrível do que o próprio felino. (Quem diria que o Ronrom um dia teria um rival à sua altura e levaria o “troco” por todas as peraltagens. Não que isso tenha feito alguma diferença para o Peninha, é claro.)

Papai dizia que demorou um pouco para se acostumar com essa coisa toda de ir à escola. Chorou muito em seu primeiro dia de aula e resistiu o quanto pode, no caminho para lá, na tentativa de se safar da obrigação, mas é claro que não conseguiu.

O Biquinho, muito pelo contrário, sempre quis justamente ir para a escola, apesar de ser novo demais para isso (ou justamente por causa disso). Mas esse interesse todo pela escola não é exatamente por causa das aulas, diga-se de passagem, e nisso talvez o patinho amarelinho tenha sido até mais esperto do que seu criador.

Já a visão de papai sobre o que pode acontecer quando um professor deixa a classe sozinha, nem que seja por um minuto, me parece bastante acertada. Isso só vem para mostrar, aliás, que o Biquinho não é nem mais, nem menos pestinha que seus coleguinhas. Ele é apenas uma criança normal e cheia de energia como qualquer outra de sua idade. Mas é claro que isso não torna o trabalho dos adultos de criar e educar mais fácil.

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