História de guerra publicada na revista Almanaque do Combate Nº 14, da editora Taika, com argumento de Ivan Saidenberg, letras de Marcos Maldonado e desenhos de Salatiel de Holanda.
O início se passa na Europa durante a Segunda Guerra Mundial, com o enfrentamento entre os nazistas da SS e os guerrilheiros da resistência. É sabido que muitos dos membros da resistência eram jovens judeus que conseguiam escapar de serem capturados e que, muitas vezes sob nomes falsos, decidiam fazer o que pudessem para se opor aos nazistas. Mas guerra é guerra, e muitos desses partisans, como eram chamados, acabavam capturados novamente e enviados a campos de trabalho ou extermínio.
Nossa história já começa na frente do pelotão de fuzilamento dos nazistas, que estão tentando extrair confissões dos capturados. Um deles é Iohan Kolek, “nom de guerre” de Iohan Koler, um judeu da resistência. Atemorizado, ele acaba confessando e entregando seus líderes aos nazistas.
Por isso, ele passa a história toda cheio de remorsos, torturando a si mesmo por sua “covardia”, e sendo maltratado pelos seus colegas sobreviventes. “Iohan”, aliás, é um nome europeu que tanto pode ser traduzido por João quanto por Ivan. Outro nome citado, o do líder delatado por Iohan, é Karl Krugek.
Durante a história toda, sempre que os partisans tentam uma ação contra os nazistas, eles percebem que foram delatados por alguém, e que os vilões já estão sabendo de seus planos de antemão, o que faz com que eles sejam derrotados todas as vezes. Apesar de toda a carnificina, alguns poucos sobrevivem para ver o final do conflito.
A história termina anos após a guerra, quando o sobrevivente Iohan já está morando e trabalhando em São Paulo, no Brasil. Ao ir para o trabalho, certa manhã, ele se depara com um “fantasma” de seu passado, o ex líder partisan que ele achava que havia traído covardemente e enviado para a morte. Era Karl Krugek, ou melhor, Karl Kruger, na verdade o agente duplo que os estava entregando aos nazistas toda vez, durante a guerra.
Como ele próprio, Karl havia adotado um sobrenome falso, mas com intenção inversa: a de se passar por judeu para melhor traí-los. Assim que ele entende o que realmente havia acontecido, tudo o que ele passou durante a guerra volta à sua memória, e faz seu sangue ferver. É nessa hora que ele ataca o verdadeiro traidor de sua causa a socos e pontapés no meio da rua paulistana. Nesse dia, o colaborador nazista recebe o que merece, e Iohan lava sua alma com o sangue do verdadeiro traidor covarde.
***************
E não se esqueça que o meu livro está esperando por você.
Marsupial: http://www.lojamarsupial.com.br/ivan-saidenberg-o-homem-que-rabiscava
Comix: http://www.comix.com.br/product_info.php?products_id=23238