O Outro

História do Terremoto, de Ely Barbosa, publicada pela Editora Abril na revista Patrícia em Quadrinhos número 3, de novembro de 1987.

Na lista de trabalho consta que a ideia foi de minha mãe, mas esta história também se parece bastante com “O Irmão Gêmeo do Biquinho”, escrita em 1984 e publicada no mesmo ano de ’87. É uma variação sobre o mesmo tema.

Como na outra história, esta também tem toques de temas como o “gêmeo mau” (e bem mau, diga-se de passagem) e referências à literatura como em “o príncipe e o mendigo”. O Terremoto chega até mesmo a ser perseguido pelas traquinagens do “outro”, e a pensar que está endoidando, mas só se encontrará com ele, oficialmente, no último quadrinho.

Mas ao contrário do Biquinho, que queria um gêmeo para poder “aprontar melhor”, o Terremoto só queria outro tipo de vida, com menos responsabilidades, e não exatamente um companheiro de traquinagens. Daí o choque.

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Um Monte de Abobrinhas

História da Patrícia, de Ely Barbosa, escrita entre setembro e outubro de 1987 e publicada pela Editora Abril na revista “Patrícia” número 12, do mesmo ano.

Na lista de trabalho consta que foi mamãe quem deu a ideia. “Abobrinhas”, naquela época, era a ubíqua gíria da criançada (e também de gente que nem era mais tão criança assim) para “bobagem”, ou “besteira”. Não me lembro exatamente como surgiu mas, de repente, era só isso que se ouvia em todos os lugares, do pátio da escola aos programas de TV.

Está certo que a Patrícia é “meio desligada” e frequentemente esquece quais são, exatamente, as instruções que recebe de sua mãe, causando a maior confusão, mas hoje as coisas saem um pouco do normal. “Normal”, para a personagem, é sair para comprar três quilos de abobrinha, e voltar com 10 quilos de mandioquinha, por exemplo. Mas isto aqui já é um pouquinho demais:

patricia-abobrinha

É só mais tarde na história que vemos a causa das abobrinhas todas: um ser estranho e sua máquina de raios dominadores da mente.

patricia-abobrinha1

Mas, ao que parece, o “desligamento” da menina tem um lado bom: toda essa falta de memória de curto prazo advém da incapacidade que ela tem de se concentrar por muito tempo, e isso a torna menos influenciável por esse tipo de plano maléfico.

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