História do Urtigão, com nove páginas, escrita e rascunhada em 03/04/1993 e nunca publicada.
Ela provavelmente foi devolvida para reformulação, e acabou não sendo comprada. Naquela época havia a revista do Urtigão, e o clube das “Solteironas Anônimas” foi uma ideia que veio do estúdio para papai desenvolver.
Aqui ele faz mais um dos cross-overs que gostava de criar, misturando personagens de universos diferentes. A comparação entre as solteironas e a (também solteira) bruxa Madame Min não é nada lisonjeira, é claro. Toda essa coisa de fazer o velho matuto ser perseguido por um bando de mulheres a fim de casar também é bastante machista, mas se era isso que o estúdio queria… fazer o quê?
Os ingredientes da poção, na segunda página, lembram bastante os de outra “poção de amarração” que a Min preparou em 1982 para o Mancha Negra na história “Os Sete Anões Maus”, já comentada aqui. São eles: cola-tudo, visgo, goma arábica, fita adesiva, bigodes de gato vesgo e pó de agarrar marido.
Outro detalhe interessante está ao pé da página 4. É uma das famosas instruções que ele costumava dar ao desenhista (que, naquele momento, papai nem sabia quem seria), neste caso dando a ele liberdade para mudar a aparência da bruxa, caso considerasse que o Urtigão já a conhece bem. Afinal, eles já se encontraram pelo menos uma vez nas histórias de papai, como em “As Urtigas da Ira”, de 1983, também já comentada aqui.
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