Dançando na Corda Bamba – Inédita

História do Zé Carioca, criada em 17 de maio de 1993 e nunca publicada.

De todos os planos do Zé Carioca para levantar uma graninha com pouco esforço, este é certamente o “menos honesto”, e isso dá a esta história um estilo um pouco mais “alternativo” do que à maioria das outras criadas por papai.

É provavelmente por isso mesmo que ela nunca foi comprada, nem na primeira e nem na segunda vez em que foi apresentada à turma da Abril.

Mas, como diziam os antigos, “a mentira tem asas, mas tem pernas curtas, e a verdade é uma velhinha que mora no fundo de um poço”. Quando a verdade finalmente consegue sair do poço, sempre escalando as paredes com muito esforço, a mentira perde suas asas e, por ter pernas curtas, não consegue mais fugir.

A trama de hoje, mais do que ser somente sobre o plano do Zé, é inspirada por um antigo samba de Ismael Silva chamado “Antonico“. O nosso anti-herói canta a primeira estrofe todinha na primeira página. “Dançar na corda bamba” era uma antiga gíria que queria dizer “passar por grandes dificuldades na vida”.

Já a cena mais engraçada desta história certamente está na página 05: os Anacozecos não apenas nunca conseguiram cobrar o Zé, como desta vez darão dinheiro (!) a ele. No final, é tudo um grande elogio e uma homenagem ao Nestor, o amigo fiel para todas as horas, pois aqui vemos o quanto ele é querido por todos na Vila Xurupita.

O Nestor é, aliás, tão “boa praça” que em momento algum nesta história fica bravo com o Zé por causa da trapaça que o papagaio tentou aprontar.

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