História do Pateta, de 1974.
Aqui papai combina alguns de seus temas favoritos em um criativo mistério policial de ficção científica. Há um pouco de tudo, nesta história: um convite aparentemente inocente para o museu, uma referência ao clássico da literatura “Dom Quixote” (também conhecido como o cavaleiro da triste figura), sugestão hipnótica, sonhos induzidos e até mesmo um estranhíssimo invento tecnológico, o “televisor de sonhos”.
Como nas melhores histórias de suspense e mistério, tudo se inicia de uma maneira bastante tranquila, aparentemente inocente. É só lá pela segunda página que o leitor atento vai começar a achar que algo está errado. E a sensação de estranheza vai se intensificar ainda mais quando nossos heróis voltarem ao museu para falar com o diretor do lugar.
O plano do vilão não é de todo ruim, mas ele logo descobre que “ler sonhos” não é a mesma coisa que controlar sonhos. A indução hipnótica foi bem sucedida em fazer o Pateta e seu sobrinho Gilberto sonharem, mas o vilão Dr. Estigma não contava com o fator da sugestão, que pode ter desdobramentos imprevisíveis. O vilão vai perceber, da pior maneira possível, que não há garantia nenhuma de que a vítima da bisbilhotice dos sonhos vai sonhar aquilo que ele quer ver.
Interessante é o fato de os dois, tio e sobrinho, sonharem juntos a mesma coisa. Isso é aparentemente impossível, mas há relatos de eventos paranormais dessa natureza. O Gilberto pode ser mais inteligente e ter mais estudo formal do que seu tio, mas tudo indica que ele é tão sugestionável quanto o outro. Mas neste caso, pelo menos, essa vai ser a sorte deles.
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